“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste essas coisas aos sábios e
entendidos e as revelaste aos pequeninos.”
(Evangelho de Lucas 10,21)
Amigas e Amigos!
O portal UOL (www.uol.com.br) trouxe hoje uma nota sobre um projeto para a realização de um plebiscito – com uma carga de oportunismo que sempre esperamos dos ocupantes de cargos públicos – no próximo mês de outubro, com o seguinte teor:
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou nesta terça-feira (12) que apresentará ainda hoje um projeto de decreto legislativo para realizar um plebiscito no 1º domingo de outubro (no caso, 2 de outubro) sobre comercialização de armas e munição. [...] De acordo com Sarney, os eleitores de todo país iriam às urnas responder a seguinte questão: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. Caso vença a proibição, o Congresso pretende agilizar a elaboração de um projeto para modificar a lei e o que foi referendado em 2005.
Aparentemente, poderia ser uma proposta razoável de um parlamentar preocupado com o nível de violência atingido pelo recente massacre de Realengo, mas por todo o retrospecto parece mais o aproveitamento de uma oportunidade para aparecer na mídia – e, de repente, beneficiar algum parente ou amigo na condução ou divulgação da consulta popular. Até por conta dessas possibilidades, pode ser que outros companheiros não tenham sido convidados para essa “festa”, pois em outra nota no mesmo portal se pode encontrar que:
O anúncio do projeto de lei do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de realizar um plebiscito no 1º domingo de outubro sobre comercialização de armas e munição já provocou repercussões e argumentações contrárias à proposta.Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), ex-procurador da República, a ideia de alterar a legislação impulsionada pelo massacre que ocorreu na semana passada no Rio de Janeiro, quando 12 estudantes foram assassinados e 12 ficaram feridos por um ex-aluno.“Eu penso que qualquer legislação gestada e criada em um momento emocional não é bom. Isso aí é a chamada legislação de emergência. Nós temos que pensar a questão do desarmamento. Não é porque ocorreu este evento trágico no Rio de Janeiro que nós vamos, de afogadilho, fazer o referendo ou o plebiscito”, defendeu Taques. [...] Já a avaliação do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), é que o foco da discussão no Congresso é que está errado, porque a mudança na legislação atual poderia “tira a arma de fogo do ‘homem de bem’, e não a do marginal”. [...] A previsão de elevados gastos com campanha e a realização do plebiscito também foi alvo das críticas do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO). “O que iria custar isso, a gente poderia colocar muito mais detector de metais nas escolas e acabar com este negócio de arma em mão de menino”, argumentou. Questionado se seu argumento se referia ao fato de ele ter sido financiado durante a campanha por fabricante de armas Taurus e pela Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições, Mabel não mostrou constrangimento em defender este ramo industrial.
O que impressiona é a capacidade de nossos desocupados representantes de tirarem proveito de situações diversas sempre que as mesmas possam servir para seus propósitos, nem sempre claros para os eleitores. A idéia do plebiscito serve, provavelmente, para desviar nossa atenção, enquanto se espera a consulta e nossos representantes continuam com suas estressantes jornadas de trabalho entre as terças e quintas-feiras, criando leis que não resistem às investidas feitas pelos juristas. E o tempo vai passando.
Como o dia é de Oratório Campeiro, é bom lembrar que no próximo dia 16 (sábado) é dia de uma santa com uma belíssima experiência em sua infância, em Lourdes, na França, onde foi escolhida para aparições da Virgem Maria. Conforme o portal das Irmãs Paulinas (www.paulinas.org.br), sobre essa santa:
Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. [...] Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858. [...]O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: "Peça a essa senhora que diga o seu nome". A resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição". O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: "Imaculada Conceição". [...] Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.
A proposta para esta semana é que, acompanhados de Santa Bernadete - cujo corpo permanece incorrupto-, oremos invocando a Imaculada Conceição de Maria.
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ORAÇÃO PELA IMACULADA CONCEIÇÃO
Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem
Preparastes para Vosso Filho digna morada,
Nós Vos suplicamos humildemente que,
Assim como, em atenção
Aos merecimentos desse mesmo Filho,
Dignastes-vos preservá-la de toda mácula,
Concedais-nos igualmente, por sua intercessão,
A graça de chegarmos a Vós limpos do pecado.
Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém!
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Para acompanhar nossa oração, ainda lembrando as vítimas, e seus familiares, da chacina na escola do Rio de Janeiro, sugiro escutar Bruno & Marrone, cantando com Pe. Marcelo Rossi, a música “Nossa Senhora do Brasil”.
Até o próximo Oratório, aqui no Canto da Terra, e que a Paz de Cristo permaneça conosco!
Wilmar Machado