quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

TERTÚLIA NATIVA – EFEITO CASCATA OU O FEITO É “CASCATA”




O homem acredita mais com os olhos do que com os ouvidos.
Por isso longo é o caminho através de regras e normas,
curto e eficaz através do exemplo.
(Lucius Annaeus Seneca)



Amigas e Amigos,

Inicio esta Tertúlia Nativa comentando a greve dos policiais na Bahia que, conforme a Folha de São Paulo, pode se alastrar, por mais seis estados – RJ, PA, PR, AL, ES e RS, além de ser preocupação no DF – e que já chegou a seu oitavo dia. Para o governo federal, a situação mais crítica é a do Rio de Janeiro pela preocupação com cenas violentas nessa proximidade do Carnaval. Sobre o impasse na Bahia, a Folha publicou que: “Apesar do aparente distensionamento, a tentativa frustrada de acordo levou ontem manifestantes à rampa da Assembléia para gritar em coro: ‘Ôôô, o Carnaval acabou!’”.

Não tenho idéia da representatividade do Carnaval para a economia baiana, mas acredito – pelo que se pode observar nas coberturas jornalísticas – exercer um papel considerável. Sendo isso factual, não percebo a lógica de trabalhar pela possibilidade de reduzir a arrecadação – esvaziamento do Carnaval – para aumentar a despesa – pagamento dos salários dos policiais. Mas isso deve ter sido considerado na escolha do melhor período para a paralisação.

Outra notícia relacionada a esta foi a do jornal O Estado de São Paulo sobre a “epidemia” de greves que está levando a presidente Dilma a rediscutir direitos de servidores públicos à luz de um projeto engavetado por ela quando ministra da Casa Civil. No portal do referido jornal (http://www.estadao.com.br), pode-se encontrar que:
Ontem, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil (Ugeirm-Sindicato) do Rio Grande do Sul anunciou o início de uma operação padrão. No dia 15, PMs e bombeiros ameaçam entrar em greve no Espírito Santo. Líderes da PEC 300 (que aumenta o salário de policiais e unifica os pisos pelo País) informaram que Minas também já enfrenta focos de reclamação da categoria. No Rio, policiais e bombeiros marcaram uma assembleia para hoje e podem definir greve a partir de amanhã. Isso apesar da tentativa do governo de adiantar reajustes para evitar mobilizações. Levada ontem a Assembleia, a proposta foi considerada insatisfatória por associações e representações de classe, recebeu 78 emendas e saiu de pauta.  Líder do PSDB baiano, legenda que abriga o líder da paralisação, o deputado Antônio Imbassahy diz que o governo federal, "ao assumir a negociação na Bahia, da forma como foi feito, convocou os policiais de outros Estados a aderir ao movimento". O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse ontem que o Congresso está disposto a rediscutir o direito de greve. Mas reiterou que não vai pôr em votação a PEC 300. O projeto de lei de restrição ao direito de greve foi preparado pela Advocacia-Geral da União em 2007, mas parou na Casa Civil, que, então comandada por Dilma Rousseff, não levou a proposta adiante. [...] O texto inclui segurança pública entre os 19 serviços considerados "inadiáveis de interesse público", em que o estado de greve deverá ser declarado com antecedência mínima maior, de 72 horas. E a proposta limita a paralisação a 40% dos servidores de um órgão.

          Essa paralisação – em conjunto com as ameaças de paralisações avaliadas pelo governo federal – poderia ser em conseqüência dos salários exorbitantes recebidos pelos parlamentares brasileiros, configurando um efeito cascata a se refletir pelos diversos segmentos de trabalhadores do país.

         Outra idéia que não deve ser descartada, dada a acintosa parceria percebida entre governo e sindicatos, é a de que a paralisação é combinada para justificar um possível aumento para a sociedade pagadora de altos impostos. Ou até para facilitar a aprovação do PEC 300. E aí, o feito (ou a greve) é “cascata”...



         Como nem sempre o que parece é e o que é, às vezes, nem parece, na Tertúlia de hoje tem o causo “O Cavalo Verde”, do Luís Coronel, que é o título primeiro volume de uma trilogia desse autor, da qual fazem parte "O cachorro azul" e "O gato escarlate".

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O CAVALO VERDE
                                  Luís Coronel

Jovenciano Centeno era flaco de corpo e largo de alardes.

Num cair de tarde de quase janeiro, apeou na venda do Noquinha e foi molhar a palavra, como era de costume. Pé no cepo, cotovelo na mesa, por lá foi se ficando numa mais outra.

Quando o lusco-fusco já aquietava os cuscos, colocou a bota fora do portal e se deparou com o seu cavalo tordilho, pintado de verde.

Respirou fundo e entrou na venda, se plantando embaixo do lampião com pose de quero-quero.

– Se tem mãe de respeito, quem fez o desaforo que se apresente. – gritou Jovenciano.

Lá do fundo da venda, caminhando devagar como quem trafega atoleiro, vem vindo Salustiano, um “aspa-torta” com dois metros de altura e uma “feiúra de partir espelho”.

Vinha limpando as unhas com uma carneadeira luminosa.

– Pois um matungo na cor dos campos te serve melhor de montaria, seu maturrango! – falou e disse o desabusado.

 “Bêbado de susto” e atropelo, Jovenciano teve tempo apenas de aliviar os acontecidos.

– Êpa, êpa! – retrucou Jovenciano. – Eu só vim avisar que a primeira demão já tá seca, tchê!


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         Para terminar a Tertúlia, e amadrinhar o causo, deixo a música "Cavalo Crioulo", de Luiz Carlos Borges e Mauro Ferreira, interpretada pelo Borges, acompanhado do Mauro.

 

         Um grande abraço e até a próxima!


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ORATÓRIO CAMPEIRO – SEPÉ, UM SANTO POPULAR



Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo
vos estabeleceu como guardiães, como pastores da Igreja de Deus que ele adquiriu com o seu sangue.
(Atos dos Apóstolos 20,28)







Amigas e Amigos,

O dia de hoje carrega a marca da morte de Sepé Tiarajú, líder e herói maior do povo Guarani, ocorrida no ano de 1756. O missioneiro Sepé Tiarajú está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, conforme Lei nº 12.032, de 21 de setembro de 2009, ao lado de nomes como Tiradentes e Zumbi dos Palmares.

Pela época de seu nascimento e por estar em um país influenciado pelo catolicismo, o único documento que possibilitava a cidadania era a certidão de batismo, até hoje não encontrada, o que permitiria tornar conhecido o nome de seus pais, a data e o local de seu nascimento. Diversos escritores, em romances abordando a vida deste herói, citam que seu nascimento – sem qualquer comprovação – teria ocorrido na cidade missioneira de São Luís Gonzaga, onde teria vivido com os pais até os 8 anos de idade, quando estes morreram.



O orgulho de gozar da mesma cidadania de Sepé é tão grande em São Luís Gonzaga que a falta de comprovação é só um detalhe. Essa certeza extrínseca fez com que os são-luisenses erguessem um monumento de dois metros de altura na entrada da cidade, em homenagem ao assumido concidadão.  

Em uma entrevista publicada em maio/2010 na Revista do Instituto Humanista Unisinos (http://www.ihuonline.unisinos.br), o Irmão marista, formado em Letras Clássicas e em Direito pela PUC-RS, Antônio Cechin – fundador da CPT RS (Comissão de Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul) e da ONG Movimento Sócio-Ambiental Caminho das Águas – definiu que “Sepé é Santo porque ele nasce num povo organizado e santo. Foi o próprio Jesus Cristo quem disse: ‘Não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama’”.

Na publicação citada acima, o Irmão Cechin descreve Sepé, enquanto líder máximo da causa indígena no país e símbolo da resistência, com as seguintes palavras:
Diante da extraordinária figura do herói-santo, o índio missioneiro guarani Sepé Tiaraju, nossas gerações do presente e do futuro, a exemplo das passadas, devem se inclinar reverentes. [...] O Rio Grande do Sul não necessita criar uma figura imaginária. Pode oferecê-la ao Brasil, em carne e osso, na sua realidade histórica. Ela é tão grande, que sua grandeza sobressaiu da história para entrar na lenda, e não saiu da lenda para entrar na história. Sepé Tiaraju perece às portas dos Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai, à vanguarda dos índios missioneiros, enfrentando os exércitos imperialistas de Espanha e Portugal, em defesa do território da Pátria natural, ainda quase virgem do pé civilizado do europeu, madrugando para a América; pátria telúrica, politicamente indefinida, mas pátria; terra onde nascera, chão nativo, onde plantara seu rancho e acendera seu fogo. Sepé é o primeiro pronunciamento de uma consciência rio-grandense. Morreu lutando contra a Espanha e Portugal, por que a terra que defendia era sua e de seus irmãos, tinha dono, fora de seus pais e seria de seus filhos.

         Ainda na revista do IHU, o Irmão Cechin, questionado sobre a influência do provo guarani na constituição da cultura gaúcha, disse que:
O Povo de Deus, na Bíblia, num de seus poemas que são os salmos, canta: “Jerusalém foi construída sobre o monte santo... De Jerusalém (Sião), será dito: Todo homem aí nasceu!... E cantarão: Em ti se encontram todas as minhas fontes!”. O Povo de Deus hoje, do Rio Grande do Sul, que são todas as pessoas de fé, deve também dizer e cantar: “Nas Missões dos Sete Povos, não só nasceu São Sepé Tiaraju, mas também todos nós nascemos!” Aí estão nossas raízes da melhor cidadania com a possibilidade de um projeto de nação eminentemente solidária. A Constituição Brasileira afirma com todas as letras que o nosso Brasil é uma nação multi-étnica. O povo-raiz, para grande orgulho nosso é o povo guarani, o povo missioneiro. Nossos caminhos vão sendo iluminados por Tiaraju, o “Facho de luz”. É uma lástima que o “gauchismo” que anda por aí substituindo Sepé e as Missões Jesuíticas, nosso glorioso nascimento, pela revolução farroupilha que foi uma guerra entre os grandes fazendeiros em que o povo nada teve a ver, esteja tomando o lugar nobre de nossas origens. Aos poucos, com a força dos movimentos populares, estamos colocando as coisas no seu devido lugar. Se Deus quiser, faremos a reconciliação de nosso Rio Grande consigo mesmo que é a reconciliação com a cultura guarani de nossos primórdios, guarani e missioneira.
        
         A história de Sepé Tiaraju confunde-se com a própria história do Brasil colonial e vivifica o sentido de pátria no nascedouro dos países sul-americanos. É perceptível o nascimento do patriotismo no pensamento indígena e é também certo que ao longo do tempo a idéia de inferioridade dos índios mantém-se como pensamento inalterado ao longo da história. Ao não ser promovida a inclusão dos que já habitavam essas terras antes dos colonizadores pode ter resultado em um sentimento de amor pátrio desprovido de alguns fundamentos originais, presentes no pensamento guarani.

         Estamos no mês de fevereiro, iniciado com muita festa para Nossa Senhora. No último dia 2, festejamos a Mãe de Deus – padroeira da Arquidiocese de Porto Alegre-RS – com o título de Nossa Senhora dos Navegantes – padroeira da cidade de Porto Alegre-RS – e, como sugestão, fica hoje em nosso Oratório, uma Oração a Senhora dos Navegantes.



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ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

Ó Nossa Senhora dos Navegantes,

Mãe de Deus, Criador do céu, da terra,

Dos rios, dos lagos e dos mares,

Protegei-me em todas as minhas viagens.

Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas

Não perturbem minha embarcação

E que nenhum incidente imprevisto

Cause alteração e atraso à minha viagem

Nem me desvie da rota traçada.

Virgem Maria, Senhora dos Navegantes,

Minha vida é a travessia de um mar furioso.

As tentações, os fracassos e as desilusões

São ondas impetuosas que ameaçam

Afundar minha frágil embarcação

Nno abismo do desânimo e do desespero.

Ó Nossa Senhora dos Navegantes,

Nas horas de perigo eu penso em vós,

E o medo desaparece,

O ânimo e a disposição de lutar e de vencer

Tornam a me fortalecer.

Com a vossa proteção

E a benção de vosso Filho,

A embarcação da minha vida

Há de ancorar segura e tranqüila

No porto da eternidade.

Amém!


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Para acompanhar o Oratório Campeiro desta semana, escolhi no DVD "O Campo", de César Oliveira & Rogério Melo, a música "De São Miguel a Mercedes", onde os artistas recebem o autor Mano Lima, que prestou bonita homenagem a Sepé Tiaraju. 


 

Com votos de uma ótima semana, que a Paz de Cristo permaneça conosco!


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ABRINDO A PORTEIRA - MINISTÉRIO SUBSTITUI DENÚNCIAS



Mas o que a Cidade mais deteriora no homem é a Inteligência,
porque ou lha arregimenta dentro da banalidade ou lha empurra para a extravagância.
(Eça de Queirós)




Amigas e Amigos,

         Nesta segunda-feira, a porteira vai se abrindo para comentar as dificuldades de encontrar ministros nesta terra em que o poder está relacionado a alianças que ruborizariam até mesmo o Marques Donatien Alphonse.

         Hoje tem posse no Ministério das Cidades, de onde o anterior ministro Mário Negromonte – indicação do governador da Bahia, Jaques Wagner – afirma ter saído por “problema político”, após longo desgaste no cargo provocado por denúncias que se arrastavam desde o ano passado. O portal G1 (http://g1.globo.com), no último dia 2 de fevereiro, apresentou as denúncias contra Negromonte – o nono ministro substituído – com o seguinte texto:
Em agosto, reportagem da revista “Veja” acusou Negromonte de oferecer R$ 30 mil ao então líder do partido na Câmara para apoiar sua permanência no cargo. Em nota, ele negou a suposta oferta. No mesmo mês, reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” mostrava que, em menos de dois meses, o ministério havia liberado R$ 1,035 milhão para o município de Glória (BA), cuja prefeita, Ena Wilma, é mulher do ministro. Em novembro, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", ele pressionou funcionários do ministério a fraudar um parecer técnico que recomendava um sistema de transporte mais caro para Cuiabá na Copa do Mundo. Na época, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério, Luiza Gomide, negou a fraude. Negromonte determinou, então, a abertura de sindicância interna para investigar o caso. No mesmo mês, reportagem da revista “Época” dizia que o ministro usou o cargo para obter patrocínio estatal para a Festa do Bode, em Paulo Afonso, reduto eleitoral de seu filho, o deputado estadual Mário Filho, no interior da Bahia. [...] Em janeiro, o jornal "Folha de S.Paulo" trouxe nova denúncia sobre Cássio Peixoto, ex-chefe de gabinete do ministro e que já tinha sido apontado em outras denúncias. Segundo a reportagem, ele recebeu em seu gabinete um lobista e o dono de uma empresa de informática, que estariam interessados numa proposta milionária de informatização do ministério. O ministro teria participado de uma das reuniões, conforme o jornal.
         O problema político referido pelo ex-ministro, dada as denúncias não esclarecidas e a conseqüente “queda”, parecem bem configurados como “problema”, mas quanto ao “político” só parece associado ao mau uso do cargo (político), o que poderia ser configurado melhor por politicagem ou, de forma mais clara, falta de ética para o exercício da titularidade que lhe foi confiada.


Fonte: Diário Gaúcho

         O novo titular da pasta das cidades, Aguinaldo Ribeiro, que toma posse hoje, aparentemente preenche alguns “requisitos” pelo menos sui generis, pois assumirá o cargo com o peso de denúncias oriundas de sua vida pregressa. O jornal Folha de São Paulo, hoje, já traz uma singela apresentação do novo ministro, com a seguinte matéria:
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tem posse marcada para hoje como novo ministro das Cidades, é dono de duas emissoras de rádio no interior da Paraíba que foram registradas em nome de empregados. As emissoras Cariri AM e PB FM estão no nome da empresa AE Comunicações da Paraíba Ltda., sediada no escritório político que Ribeiro mantém em João Pessoa. Os sócios da empresa, contudo, segundo registro da empresa na Junta Comercial da Paraíba, são um ex-contador e um assessor pessoal do ministro. A firma foi criada em fevereiro de 2010. Uma das rádios controladas pela AE Comunicações, a Cariri AM, funciona no mesmo endereço, em Campina Grande (a 121 km da capital), da sede da River Comunicações Ltda., criada pelo ministro em setembro de 2009. Como a Folha revelou ontem, a River é uma das quatro empresas que o ministro omitiu em sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral em 2010, quando se elegeu deputado federal.
         Pelas considerações até aqui, salvo melhor juízo, parece que a importância no “revezamento” ministerial, no que diz respeito a pasta das Cidades, está mais na substituição de denúncias do que propriamente em preencher o cargo com alguém que possa exercê-lo com dignidade.

         Os trabalhadores nas rádios do novo ministro, mesmo que em nome de “laranjas”, têm clareza do verdadeiro dono e, talvez com expectativa de uma “boquinha”, propiciaram algumas pérolas também registradas pela Folha, como:
Na sexta-feira, logo após a confirmação do nome de Aguinaldo Ribeiro como novo ministro, a rádio dedicou duas horas de homenagem a "Aguinaldinho", como era chamado pelos locutores. "Isso aqui é rádio de ministro, rapaz!", afirmou um dos apresentadores, minutos após ser confirmado que Aguinaldo comandaria a pasta das Cidades. A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), irmã do ministro e pré-candidata à Prefeitura de Campina Grande, tem um programa próprio na rádio, "Mandato Popular".
         E se ainda tem ministro que se queixa de ter sido “fritado” por ocupar o “importante” cargo, acredito que o empossado agora não reclamará, pois já tomará posse imerso em um caldeirão com óleo fervente. Agora, é só ele torcer para que a presidente não diga que ele está “prestigiado” – como os dirigentes do futebol qualificam os treinadores em processo de demissão – para se manter no cargo. Afinal, no último dia 30 de janeiro a presidente, em uma cerimônia em Camaçari-BA, elogiou o ex-ministro das Cidades pela sua atuação para o desenvolvimento da Bahia e nos primeiros dias deste mês de fevereiro ele já estava afastado da pasta.


         Para combinar com uma reforma ministerial de araque, nada melhor do que ouvir “Saco Cheio”, de João Gonçalves e João do Rio, interpretada pela dupla Pedro Bento & Zé da Estrada.


Um grande abraço e até a próxima!