Amigas e Amigos!
Acompanhando pela televisão a ação policial no Rio de Janeiro contra a ocupaçao de alguns morros por traficantes, lembrei-me de uma citação:
Em operações militares, o terreno é um aliado importante do comandante. Avaliar, corretamente, a situação do inimigo, criando condições favoráveis para a vitória, e analisar os tipos de terreno e distâncias com muito cuidado, são os deveres básicos de um comandante sábio. Aquele que avalia corretamente esses aspectos e sabe aplicá-los, vencerá; aquele que é ignorante nestas normas e não sabe como empregá-las em guerra, será derrotado.
Esse texto é do capítulo 10, do livro "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, um general chinês que viveu por volta do século IV, a.C. Fiquei intrigado ao ver a quantidade de pessoas que fugiram, conforme mostravam as imagens da cobertura televisiva, sem que os policiais conseguissem interceptá-las. Para mim, estava claro que nem a situação do inimigo fora corretamente avaliada nem fora analisado o tipo de terreno.
Minha idéias eram reforçadas pela entrevista do professor Paulo Sérgio Pinheiro, um dos autores do livro "Violência Urbana", à Livraria da Folha (http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha), falando da política bélica reativa do Estado do Rio de Janeiro, dizia achar uma situação estranha a PM não ter conseguido interceptar os criminosos saindo por uma rota de fuga que deveria ter sido prevista.
Preocupado com isso, comentei hoje com o Léo (Peter), meu filho e parcerio na produção do programa Canto da Terra e ele me trouxe um dado que eu não havia considerado: a principal rota de fuga deixada levava ao morro do Alemão, outro complexo habitacional dominado por traficantes. Cercar esta rota traria, pelo menos, dois incovenientes: a) a ação da polícia poderia ficar entre fogo cruzado dos que fugiam e dos que dominam o outro morro; e b) poderia levar a uma dispersão dos que ocupavam o morro do Alemão.
A ação policial conduzida como foi permite que, agora à noite, as forças policiais cerquerm e atuem no morro do Alemão onde diversas facções (ou que nome se dê a esse tipo de coisa) estão concentradas. Essa análise me fez pensar que, de repente, o melhor lugar para a passagem do Ano Novo volte a ser a praia de Copacabana, em um Rio de Janeiro onde as pessoas se encantem de novo com a Cidade Maravilhosa.
Espero, então, que essa "Tropa de Elite 3", ao vivo, tenha um final feliz para a população do Rio de Janeiro, como a maioria das produções cinematográficas, salientando que essa tem o cenário mais bonito do que qualquer outra: a própria cidade.
E para homenagear a Maravilhosa Cidade do Rio de Janeiro de São Sebastião, vamos ouvir Renato Teixeira, cantando uma homenagem na história de "A primeira vez que fui ao Rio".
E por aqui, vou colocando meu pé no estribo para encerrar esta semana. Até o próximo.
Um grande abraço!
Wilmar Machado