sábado, 29 de janeiro de 2011

FOGÃO DE LENHA - ESPINHAÇO DE OVELHA C/ BATATAS

Amigas e Amigos!

          Depois de passar férias no Rio Grande do Sul, não dava para ter expectativa de que a receita seria das mais "leves". Por isso, nosso Fogão de Lenha, hoje, traz uma receita com espinhaço de ovelha, não recomendada para os que estão com alguma restrição alimentar. Mas, se estiver tudo bem e o único problema for uns "quilinhos a mais" (como está acontecendo comigo), vale experimentar, deixando o "regime" para a próxima segunda-feira.

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ESPINHAÇO DE OVELHA COM BATATAS


Ingredientes:

2 kg de espinhaço de ovelha

2 kg de batata cortada em pedaços (não muito pequenos)

1 xic. de suco de limão

3 cebolas picadas

5 tomates picados

3 dentes de alho socados

1 xic. de óleo

Água (o suficiente para cozinhar as batatas)

Sal, manjerona e pimenta a gosto

Modo de preparar:

Cortar o espinhaço nas juntas.

Temperar o espinhaço com sal, pimenta e suco de limão.

Aquecer o (se possível, use panela de ferro) e fritar bem o espinhaço.

Acrescentar a cebola picada e deixar dourar ligeiramente.

Colocar o alho e em seguida os tomates e a manjerona.

Misture bem todos os ingredientes colocados na panela.

Acrescentar um pouco de água e deixar ferver.

Quando levantar a fervura, acrescentar as batatas.

Se necessário, acrescente mais água até cobrir as batatas.

Com a panela tampada, cozinhe por aproximadamente 10 minutos.

Verificar o sal (se necessário, acrescente mais).

Cozinhar por aproximadamente 30 minutos e servir quente com arroz.
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          Para acompanhar o preparo da iguaria acima, sugiro a música "Panela Velha", de Moraezinho e Auri Silvestre, com o grupo "Os Serranos".


          Desejo uma boa refeição para todos e até nosso próximo Fogão de Lenha. Um grande abraço!

Wilmar Machado

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

GALERIA SERTANEJA - PEALO DE SANGUE

Amigas e Amigos!

          Há pouco, no portal UOL (http://www.uol.com.br/), deparei-me com uma notícia que chamava a atenção para a aposentadoria de ex-governadores sendo questionada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A notícia é da Folha de São Paulo e diz que:
A entidade entrou com duas ações de inconstitucionalidade pedindo a extinção do benefício no Paraná e em Sergipe. [...] Segundo a entidade, as superaposentadorias ferem a Constituição Federal que "não prevê o pagamento de subsídios para quem não é ocupante de qualquer órgão público". [...] Outra irregularidade apontada é a fonte de custeio para o pagamento das pensões, uma vez que os ex-governadores não estariam vinculados ao regime de previdência dos servidores que é contributivo. A ação acusa a Assembleia do Paraná de tentar "mascarar" a inconstitucionalidade da lei ao classificar as pensões de "representação". [...] Levantamento feito pela Folha aponta que os Estados gastam pelo menos R$31,5 milhões por ano com essas aposentadorias, beneficiando 135 pessoas, entre ex-governadores e viúvas. As ações da OAB se somam a um processo da Procuradoria-Geral da República que questiona a aposentadoria de ex-governadores do Maranhão e a extensão do benefício para viúvas dos ocupantes do cargo previsto na Constituição do Estado.
             Mas a indecência não para por aí. O Ministério Público de Minas Gerais, conforme a Folha de São Paulo, também investiga o pagamento de aposentadorias dos ex-governadores. Para os que pensam que a "bandalheira" está restrita aos ex-governadores (em outros estados não citados, também ex-governadores participam dessa "festinha" com dinheiro público), divulgo parte da matéria publicada pelo portal da Folha de São Paulo (http://folha.com/) no último dia 25:
O Congresso vai gastar neste ano R$ 88 milhões para o pagamento de aposentadorias e pensões a ex-parlamentares, seus parentes e ex-servidores que ainda recebem benefícios pelo extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas). [...] Em 2011, o Legislativo vai gastar R$ 1,8 bilhão com o pagamento de aposentadorias e pensões. O valor teve crescimento de R$ 4 milhões, se comparado com o Orçamento de 2010. O aumento acontece principalmente porque os benefícios são vinculados aos salários dos congressistas. Em dezembro do ano passado, deputados e senadores elevaram seus próprios salários de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil --em um reajuste que corresponde a 61,8%.
             Na esperança de que venham "novos dias", onde tenhamos ética e vergonha compondo o currículo de renovados representantes do povo (quando será esse "nosso" sonho?), a Galeria Sertaneja de hoje traz a música "Pealo de Sangue", de Raul Ellwanger .



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PEALO DE SANGUE
                                              Raul Ellwanger

Que mistérios trago no peito
Que tristezas guardo comigo

Se meu sangue é colono, é gaúcho
Lá no campo é que tenho abrigo
O cheirinho da chuva na mata
Me peala, me puxa pra lá

Quero só um pedaço de terra
Um ranchinho de santa fé
Milho verde, feijão, laranjeira
Lambari cutucando no pé
Noite alta o luzeiro alumiando
Um gaúcho sonhando de pé

Quando será
Este meu sonho

Sei que um dia será novo dia
Porém não cairá lá do céu
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão

Velho Rio Grande
Velho Guaíba

Sei que um dia será novo dia
Brotando em teu coração
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão
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             Vamos, agora, ouvir a interpretação dessa bela música por seu autor. Raul Ellwanger, que iniciou sua carreira em 1966, no Circuíto Universitário de Porto Alegre. Após exílio político (entre 1970 e 1977), retornou ao Brasil e em 1979 lançou seu primeiro disco, com as participações de Wagner Tiso, Zé Gomes e Jerônimo Jardim. Em 2001, "Pealo de Sangue" foi apontada, em votação pública, com uma das dez melhores músicas da história do Rio Grande do Sul.


            No início de 1992, quando fui trabalhar em Porto Alegre, tive oportunidade de assistir uma apresentação de Raul Ellwanger em um barzinho (que fechou pouco tempo depois) na Nilo Peçanha, perto do Colégio Anchieta. Os frequentadores cantaram "Pealo de Sangue" como se fosse um verdadeiro hino.

            Por aqui, terminamos nossa Galeria desta semana. Um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

TERTÚLIA NATIVA - O MEU ROSILHO

Amigas e Amigos!

          O governo hoje, em reunião com as Centrais Sindicais, definiu que o salário mínimo será mesmo de R$545,00. No portal G1 (http://g1.globo.com/), pode-se ler que:
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, encarregado de negociar com os trabalhadores, reafirmou a proposta de reajuste para R$ 545, contrariando os sindicalistas, que reivindicam um mínimo de R$ 580 em 2011. [...] De acordo com Carvalho, o governo não vai cometer "irresponsabilidades fiscais".
          Afinal de contas, se aumentar um pouco mais o salário dos trabalhadores, o governo talvez não possa "honrar" os salários indecentes de nossos políticos, sorrateiramente majorados recentemente. Talvez, ainda, não consigua manter a inescrupulosa aposentaria dos ex-governadores (e familiares). Além disso, cada um de vocês sabe muito bem o destino dos impostos recordes brasileiros. Ou melhor, sabe muito bem o quanto o nossos impostos não pagam educação, saude, segurança, aposentadoria digna para trabalhadores (já para os "não-trabalhadores" a coisa é bem melhor). E ainda se fala de irresponsabilidades fiscais!



          Mas como hoje o dia é de Tertúlia Nativa, vamos nos valer da obra de João Simões Lopes Neto. No livro "Casos do Romualdo: contos gauchescos" (tenho em mãos a edíção de 1992, da Martins Livreiro Editor), tem um conto que reparto com vocês para minimizar as mazelas desse início de ano. Esse conto, eu tive oportunidade de contar para os ouvintes do programa "Chimarreando com Deus", da minha amiga Zélia Caetano Braun, na Rádio Aliança FM, de Porto Alegre, no dia 28 de março de 1998.

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O MEU ROSILHO "PIOLHO"
                                                               J. Simões Lopes Neto

Não gosto nem admito fanfarrices perto de mim.

Frequentemente encontro sujeitos maturrangos contando façanhas e fazendo gatimonhas de campeiros e a todo instante falando – no meu cavalo porque e o meu cavalo e vai-se a ver e trata-se de um sotreta qualquer, assoleado ou manco.

Cavalo, o que diz – cavalo –; de chapéu na mão, foi o meu rosilho “Piolho”!

Isso, sim, era de se lavar com um bochecho d’água; de cômodo, era uma rede! De patas, um raio! De rédea, como uma balança! E manso como um cordeiro, de boa boca como um frade, faceiro como uma rosa, e armado, de barba ao peito, como um conde de baralho!

A não se um azulego do capitão Manduquinha Pereira nunca encontrei outro pingaço para cotejo. Foi domado pelo Chico Piola e não preciso dizer mais nada.

Morreu de garrotilho, até hoje ainda me treme quando lembro o garbo do meu rosilho.

Uma vez, andava eu, de escoteiro, para as bandas do Alegrete. Calor de rachar. Lá pelas tantas, desviei-me da cruzada sobre uma restinga, disposto a dar um alce ao rosilho e ao mesmo tempo tirar uma sesteada, até abrandar a quentura.

Apeei-me à sombra de um salsal, dei água ao flete e maneei-o, para um verdeiozito. Era ele cavalo mui mestre nestas cousas.

Em seguida estendi os arreios e aplastei-me sobre os pelegos, de carnal para cima: puxei o chapéu para os olhos e encruzei os braços sobre a boca do estômago, tendo antes posto de jeito o facão e a pistola, por um – se acaso.

Nem as folhas buliam, nem um passarinho cantava, apenas um que outro trilirim de gafanhoto vermelho saltando nas macegas. Nem quero-quero fazia ronda!

Assim, tirei uma cochilada morruda e iria a mais se...

Amigo! Ouvi um tronar forte, de tremer o chão! Era um temporal de verão, desses que não dão tempo nem de se apagar o cigarro!

Foi quando saltei das caronas e trouxe o rosilho, enfrenei-o – num vá! – sentei-lhe as garras – num vu! – e montei de pulo. A trovoada roncava ali, logo no outro lado da canhada.

Via-se cair a chuva, em manga, em linha, e via-se muito bem porque o sol dava de refilão pela esquerda. E, todo aquele borbotão d’água que desabava corria sobre mim, no pé-do-vento.

Levantei as rédeas, firmei-me nos estribos e trepei a coxilha e no que achei campo em frente, rumbei para a estância do falecido João Silvério, que branqueava lá longe, obra de três quartos de légua, cortando à direita.

Nisto, senti um – tchá! tchá! tchá! – atrás de mim; olhei, de relancina apenas, porque nem tempo para mais, tive; era o temporal, a bomba d’água que se despenhava, quase nos garrões do rosilho! Foi o quanto amaguei o corpo e toquei, de meia rédea.

Cupins e buracos de caranguejos, tacurus, macegas e carquejas, sangas, lagoas, barrais – o diabo – não vi nada! Se rodasse, nem o sebo na coalheira se me aproveitava!

Mas o rosilho “Piolho”era firme e bonzão, sem mais nada!

Eu corria, é verdade, porém a manga d’água também corria. A polvadeira que eu levantava a chuvarada engolia logo.

Eu sentia-lhe a frescura, percebia que ela estava-me na garupa, na anca do rosilho, nos garrões dele! Um que outro pingo de chuva mais ponteiro batia-me às vezes na aba do chapéu.

Era um duelo esquisito. Um duelo, em que um valente fugia para ficar vencedor!

Vencer, aqui, era chegar enxuto.

E assim viemos, eu e a tormenta, na mesma disparada: a que eu te pego! a que eu te largo! – Já perto das casas, vi gente do João Silvério, e ele mesmo, todos de mão e pala sobre os olhos, gozando aquela gauchada.

Isso foi rápido, pois logo entraram, a fechar portas e janelas, quando viram que eu vinha feito sobre o galpão.

Quando ia mesmo entrar, saiu-me a cachorrada, furiosa, enovelando-se, em latidos e investidas: suspendi a rédea com pena de matar algum debaixo das patas.

Olhem que isto foi como um pensamento; mas foi o tempinho bastante para o demônio da chuva molhar a anca do cavalo!

Fiquei furioso! Se não tenho a pieguice de poupar um daqueles ladrões daqueles cachorros, a chuva não me tocava, nem na cola do rosilho: chegaria enxuto!

Assim é que entendo cavalo bom.

O João Silvério ficou doido pelo “Piolho”; dava-me cem onças de ouro, um apero completo, de prataria lavrada, por fim, de quebra, por cima de tudo, ainda me tenteou com um rodeio tambeiro.

Um horror de propostas. Mas eu não quis. Durante muitos anos aí esteve ele vivo e são, que podia contar este caso, tal qual eu. Hoje não sei que fim levou essa gente, e mesmo se eu quisesse ir agora a essa estância, talvez não atinasse mais com o caminho, por causa da divisão dos campos, estradas novas, cercas e corredores que despistam muito um vaqueano. Mas que o caso passou-se! Apenas a chuva tocou a anca do baio e isso mesmo por causa dos cachorros do João Silvério!
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          Para fazer uma parceria com esse rosilho, preparei um zaino. Convido, então, para ouvirmos juntos essa gravaçao de 1939 da música "Meu Cavalo Zaino", de Raul Torres, com Raul Torres e Serrinha (Antenor Serra). 


          Um grande abraço para todos e, se quizer enviar alguma crítica ou sugestão, utilize o espaço para comentário logo abaixo.
 
Wilmar Machado          

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ORATÓRIO CAMPEIRO - D. JOÃO NO VATICANO

Amigas e Amigos!

          Ainda aproveitava minhas férias, passeando pela capital de todos os gaúchos, e fui visitar meu amigo Dom Remídio José Bohn, Bispo Auxiliar de Porto Alegre, na Cúria Metropolitana.  Por intermédio de D. Remídio soube que D. João Braz de Aviz, que já marcou a Arquidiocese de Brasília por sua entrega pastoral como Arcebispo, era o novo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Seu antecessor, o arcebispo esloveno Franc Rodé, renunciou (o pedido de renúncia foi aceito pelo Papa Bento XVI no dia 4 de janeiro passado) ao cargo por limite de idade.



          Sobre D. João Braz de Aviz, diz o portal de Arquidiocese de Brasília (http://www.arquidiocesedebrasilia.org.br/) que:
Natural de Mafra-SC, nascido no dia 24 de abril de 1947, é um dos 8 filhos do casal João Avelino de Aviz e Juliana Hacke de Aviz, ambos falecidos. Ainda na infância, a família veio para Borrazópolis, pequeno município do Norte paranaense. Aí se criou juntamente com os irmãos. Prestes a completar 11 anos, foi encaminhado, em 21 de abril de 1958, ao Seminário Menor São Pio X, dos padres do PIME - Pontifício Instituto das Missões Exteriores, em Assis-SP, onde estudavam na época os seminaristas menores da diocese de Londrina. Com a criação, em março de 1964, da Diocese de Apucarana, para ela se transferiu, de vez que a Paróquia Imaculada Conceição de Borrazópolis passou à jurisdição da nova diocese. Seus estudos de filosofia foram feitos no Seminário Maior Provincial Rainha dos Apóstolos, em Curitiba. Transferiu-se, a seguir, para Roma, onde obteve, na Pontifícia Universidade Gregoriana, a licenciatura em Teologia. Ordenou-se presbítero na Catedral de Apucarana, no dia 26 de novembro de 1972. Entre os encargos pastorais exercidos contam-se: pároco de várias paróquias; diretor espiritual e reitor do Seminário Maior-Instituto de Filosofia de Apucarana; diretor espiritual no Seminário do Ipiranga-SP, e reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina-PR. De 1989 a 1992 esteve novamente em Roma, estudando na Pontifícia Universidade Lateranense para o doutorado que obteve em Teologia Dogmática. Eleito bispo auxiliar de Vitória, recebeu, dia 31 de maio de 1994, em Apucarana, a ordenação episcopal. Todos sejam um (Jo 17, 21) é o lema de sua missão de bispo. Empossado a 9 de junho do mesmo ano, permaneceu na capital do Espírito Santo por 4 anos.Recebeu a nomeação em 12 de agosto de 1998, de bispo diocesano de Ponta Grossa, sede que assumiu no dia 15 de outubro daquele ano. Aos 17 de julho de 2002, surpreendeu-o a comunicação de sua transferência para Maringá, onde tomou posse como 3º arcebispo de Maringá, no dia 4 de outubro de 2002. No dia 28 de janeiro de 2004 foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II para Arcebispo Metropolitano de Brasília onde tomou posse dia 27 de março do mesmo ano.
           A missa de despedida de Dom João está marcada para o dia 13 de fevereiro próximo e dentre as homenagens que receberá, vale destacar a participação nessa missa do Coral de Mil Vozes. Esse Coral se apreentou na missa de abertura do XVI Congresso Eucarístico Nacional, realizado Brasília, e está ensaiando, desde o fim-de-semana passado, todos os sábados de 10h às 1h na Catedral de Brasília.

           A nossa oração de hoje é na esperança de que o Espírito Santo continue agindo em D. João nessa nova missão a ser exercida no Vaticano. Recordando o lema episcopal de nosso Arcebispo - Ut unum sint (que todos sejam um) -, rezemos uma Oração proposta para o primeiro dia da Semana pela Unidade dos Cristãos de 2011:

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ORAÇÃO
Deus Todo-poderoso e Misericordioso,
Com grande poder
Reuniste os primeiros cristãos na cidade de Jerusalém,
Pelo dom do Espírito Santo,
Desafiando o poder terreno do Império Romano.
Concede-nos que,
Como essa primeira Igreja de Jerusalém,
Possamos unir-nos corajosamente na pregação
E na vivência das boas novas da reconciliação e da paz,
Onde houver desigualdade e injustiça.
Pedimos em nome de Jesus,
Que nos liberta da escravidão do pecado e da morte.
Amém!
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           Para acompanhar nossa oração de hoje, que poderá ser repetida ao longo dos próximos dias, sugiro ouvirmos a bela canção do Pe. Ezequiel Dal Pozzo, "Não estou só", na interpretação do próprio autor.

         

           Encerrando nosso primeiro Oratório Campeiro, nesse blog do programa Canto da Terra, desejo que a Paz de Cristo permaneça conosco! Até o próximo.

Wilmar Machado

ABRINDO A PORTEIRA - FÉRIAS, CAPÃO, SERRA E LARANJAL

Amigas e Amigos!

          Final de férias e estou voltando. Brasília continua com tempo chuvoso, mas até que o fim-de-semana foi com muito sol.

          Meu passeio foi pelo Rio Grande do Sul, onde comecei por Capão da Canoa - belíssima entrada de 2011, com queima de fogos, praia cheia e dias de muito sol. Depois, subi a serra gaúcha para passar uns dias por Canela, Nova Petrópolis, Bento Gonçalves - passeio de Maria Fumaça até Carlos Barbosa, com parada em Garibaldi - e Gramado - o Natal Luz, que se extende até meados de janeiro, está a cada ano mais bonito, com noites de espetáculos maravilhosos e uma parada noturna que, em minha opinião, mais interssantes do que as dos parques temáticos da Disney.

          Após o passeio na serra gaúcha, desci (acompanhado pela Lagoa dos Patos) até Pelotas. Mais uns dias no Laranjal (praia da Lagoa - foto abaixo - cantada pelos conterrâneos irmãos Kleiton & Kledir) e, para "fechar" as férias, um passeio pela capital dos gaúchos, a acolhedora Porto Alegre, onde se come uma "parrilla" para uruguaio nenhum encontrar defeito.



          Para quem dirigiu um bom trecho por estradas do Rio Grande do Sul, uma boa notícia no portal Terra (http://www.terra.com.br/), sobre a recuperação de pontes:
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quer investir R$ 5,8 bilhões, com apoio do Banco Mundial, para recuperar 2,5 mil pontes em rodovias federais em todo o País. A intenção é que até 2014 todos os Estados sejam beneficiados com as melhorias. As obras devem começar em maio deste ano nos locais com maior urgência de melhorias. Segundo o Dnit, esta é a primeira vez que o governo federal lança um grande programa de recuperação em pontes de rodovias federais.As prioridades de recuperação, reforço e alargamento das pontes foram definidas por um extenso diagnóstico de campo. Atualmente, o Dnit tem sob sua responsabilidade mais de 4,3 mil pontes, viadutos e pontilhões.
          Essa ação do Dnit poderia ser ainda mais alvissareira se se fizesse acompanhar de alguma determinação - amparada por Lei, Decreto ou outra forma de regulamentação - que proibisse uma verdadeira aberração presente (e muito presente) nas estrada gaúchas: o pedágio em estradas não duplicadas. Nada há que justifique tais cobranças de quem tanto paga para nossos governos em todas as esferas. Se a estrada for importante, por algum motivo, mereceria uma duplicação, antes da cobrança. Se não for tão importante, mas apresentar grande movimento em determinados períodos, também poderia ser duplicada. O que não consigo entender é a cobrança de pedágios (e com valores "salgados") em estradas não duplicadas. Não que a duplicação justifique o pedágio, mas uma boa estrada - com boa infraestrutura de apoio ao viajante, com pistas em ambos os sentidos em todo o seu percurso - irrita bem menos quem tiver de parar para pagar - novamente - as benfeitorias que foram pagas nos impostos muito bem cobrados de todos nós.

          Para não deixar que nosso humor se estrague com nossas reflexões, vamos ouvir de Kledir Ramil e Fogaça, com Kleiton & Kledir, a música "Lagoa dos Patos".


          E assim, encerrando as férias, abrimos a Porteira para mais um ano de trabalho. Um grande abraço para todos!

Wilmar Machado