sábado, 13 de novembro de 2010

COM O PÉ NO ESTRIBO - Patrimônio Histórico

      Na coluna desta semana do jornalista Ricardo Boechat, na revista "Isto É", pode-se encontrar que:
Segue a toque de caixa a reforma do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, ­adquirido por Eike Batista. Ocorre que, com as obras, o local perde sua história. Após a derrubada do tradicional teatro e do quarto onde Einstein concluiu o manuscrito da comunicação científica sobre a teoria da luz (1925), sob golpes de marreta caiu a suíte presidencial onde Getúlio Vargas morou. Lembranças do ex-presidente agora só no memorial em frente, na praia do Russel, erguido pela Prefeitura do Rio, ou no Palácio do Catete, um pouco adiante, no bairro do Flamengo.
      Pensar que tratamos nossa história de forma tão leviana deve ser motivo para, pelo menos, refletirmos sobre o que podemos esperar de nosso futuro se nos presente não aprendemos com nosso passado. Preocupante é ver que alguns comentários a essa nota dão conta de que a modernização ou a preparação para a próxima Copa do Mundo de Futebol ou, ainda, a acomodação "confortável" de turistas nas Olimpíadas justificam plenamente as reformas da forma que estão sendo conduzidas. Outra justificativa que não acompanho a magnitude do pensamento fica por conta do "crescimento" econômico.

      Por outro lado, vale a pena um "passeio" por alguns lugares do mundo, através de algumas publicações. Vamos começar esse nosso passeio pela wikipedia, que diz sobre o Palácio de Versailles:
O Palácio de Versalhes (em francês: Château de Versailles) é um château real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas actualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França. Em 1660, de acordo com os poderes reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís XIV,[3] foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos tumultos e doenças da cidade apinhada.
      Ainda nessa mesma enciclopédia virtual, encontramos sobre o Museu do Prado, em Madri:
Quando o rei Carlos III regressou de Nápoles à sua cidade natal, apercebeu-se de que Madrid não havia melhorado em nada desde que de lá tinha saído: Madrid continuava aquele lugar que, convertido repentinamente em capital por obra e graça de Filipe II, cresceu precipitada e desordenadamente e de um modo pouco consistente. Decidiu assim encarregar Juan de Villanueva, o arquitecto real, de projectar um edifício destinado às Ciências e que pudesse albergar o Gabinete de História Natural. [...] As obras de construção do museu prolongaram-se por muitos anos, ao largo de todo o reinado de Carlos IV. Porém, a chegada dos franceses a Espanha e a Guerra da Independência, interromperam-nas. Foi então utilizado para fins militares, tendo-se aqui estabelecido um quartel militar. Neste momento começou a deterioração do edifício, que se notava cada vez mais, à medida que os anos avançavam. Aborrecidos, Fernando VII e a sua esposa, Maria Isabel de Bragança, puseram fim a tal situação, impedindo que o museu chegasse à ruína total e recuperando-o. Isabel foi a grande impulsionadora deste projecto e é a ela que se deve o êxito final, mesmo que não tenha vivido para saboreá-lo, pois morreu um ano antes da grande inauguração do museu, a 19 de Novembro de 1819.
      É importante lembrar aqui o que o Guia da Cidade, de Lisboa, diz sobre o Mosteiro dos Jerônimos, construído próximo ao local de onde sairam as grandes expedições que propiciaram tantas conquistas e o próprio Descobrimento do Brasil:
Obra fundamental da arquitectura Manuelina, o Mosteiro dos Jerónimos foi encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia. A obra iniciou-se em 1502 com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (plano inicial e parte da execução) e João de Castilho (abóbodas das naves e do transepto, pilares, porta sul, sacristia e fachada). No reinado de D. João III foi acrescentado o coro alto. O seu nome deriva do facto de ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX. Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos.
      E quando se visita a Europa, lá estão os Palácios e o Museus que nos propiciam, conforme o professor Matias Pereira, da Universidade de Brasília, com sua sabedoria, comenta com seu alunos emocionado "uma oportunidade de pisarmos em nossa história". Se o franceses, os espanhóis e os portugueses tivessem o pensamento voltado para o lucro e o crescimento econômico, acima de tudo, provavelmente, teríamos grande dificuldades de experimentarmos tantas emoções como as que nos são permitididas por essas visitas.

       Entre o que podemos perder com a modernização do Hotel Glória, sem a preocupação fundamental com sua restauração, estão tópicos descritos no próprio site do hotel que diz:
O Hotel Glória, inaugurado em 1922, foi o primeiro hotel 5 estrelas do Brasil. Construído a pedido do presidente da República Epitácio Pessoa para sediar o Primeiro Centenário da Independência do Brasil, o luxuoso e ousado projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo arquiteto francês Joseph Gire e representou um marco da hotelaria no Brasil e na América do Sul durante décadas, com algumas características, tais como: Primeiro prédio em concreto armado do Brasil; Primeiro hotel com banheiros e telefones em todos os 180 quartos iniciais; Primeiro hotel com heliponto no Rio de Janeiro; Uma das primeiras piscinas em hotéis do Rio de Janeiro; A primeira sauna; Primeiro hotel com central telefônica com tarifador automático;  Primeiro hotel com sala e equipamentos para videoconferência.
      Mas, sempre resta o consolo de que, quando sentirmos necessidade de revisitarmos a história, a Europa pode nos acolher e muito bem. Por aqui, cultura é coisa de gabinete ou... Vou parar por aqui, que já está batendo uma saudade de nossos prédios tão bonitos e tão pouco considerados. Convido vocês para escutarmos, juntos, Renato Teixeira cantando a belíssima "Saudade".



        E por aqui, vou colocando meu pé no estribo para encerrar esta semana. Até o próximo.

       Um grande abraço!

Wilmar Machado




 

    

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FOGÃO DE LENHA - Arroz de Carroceiro Alegre

     No fim-de-semana passado, preparamos uma receita com alguns ingredientes que tínhamos em casa para o jantar de sábado. Ficou tão bom que resolvi passar para vocês. É a nossa sugestão para os próximos dias. Fácil, prática, bom preço e muito (mas muito) gostosa.

     Anote aí:

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ARROZ DE CARROCEIRO ALEGRE

Ingredientes:

2 xic. (chá) de arroz

300 g. de carne (macia) em cubos

500 g. de lingüiça calabresa fina em rodelas

3 ou 4 colheres de óleo

1 cebola média picada

½ lata (ou long neck) de cerveja tipo Malzbier

4 xic. (chá) de água fervente

1 tablete de caldo de carne

1 pimenta verde picada

Cheiro verde a gosto

Sal (se necessário)



Modo de fazer:

Aqueça o óleo em uma panela (preferencialmente de ferro).

Doure a carne, mexendo para não grudar no fundo da panela.

Acrescente a lingüiça calabresa e deixe dourar.

Coloque a cebola e deixe fritar rapidamente.

Despeje a cerveja, misturando tudo e deixe evaporar o álcool.

Coloque a pimenta picada.

Acrescente o arroz e mexa bem.

Dissolva o caldo de carne em uma xícara de água fervente
e despeje sobre os demais ingredientes na panela.

Derrame as restantes três xícaras de água fervente.

Se necessário, ajuste o sal.

Cozinhe em fogo baixo, com a panela semi tampada.

Quando o arroz estiver quase seco, acrescente o cheiro verde,
 tampe a panela e deixe descansar um pouco antes de servir.

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      Depois de experimentar a receita de hoje, volte aqui no blog e deixe seu comentário. Se tiver alguma dica para incrementar ainda mais nossa receita, não se acanhe e passe para nosso leitores através do comentário abaixo.
      Essa receita fica muito boa acompanhada por uma salada simples (tomate e cebolas em rodelas, com folhas de alface) e feijão mexido (que fará parte de outro Fogão de Lenha!).

      Falando em feijão mexido, convido vocês a ouvirem Tonico & Tinoco, cantando a anima "Feijão Mexido" - de Raul Torres - que nada mais é, aqui, de um local de um grande baile.



      Bom apetite! E até nosso próximo encontro aqui no "Fogão de Lenha"!
Wilmar Machado


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

GALERIA SERTANEJA - Despertar do Sertão

     A música escolhida para nossa Galeria Sertaneja de hoje é “Despertar do Sertão”, de Elpídio dos Santos e Pádua Muniz, gravada por Cascatinha & Inhana, em 1955, e é tida como a primeira música brasileira executada na Rádio BBC, de Londres.
     Elpídio dos Santos nasceu, em 14 de janeiro de 1909, no Vale do Paraíba, na cidade de São Luiz do Paraitinga, onde passou a infância, a adolescência e o início de sua juventude. O violão foi escolhido como seu instrumento preferido, mas tocava com destreza todos os instrumentos de corda e de sopro.

     Em 1952, acontece sua primeira gravação, com a música “A cruz de ferro”, em parceria com os amigos Anacleto Rosa Junior e Patativa, contando a lenda da cruz de ferro de Ubatuba.

     Entre as músicas mais conhecidadas de Elpídio dos Santos, pode-se destacar: “Lá no pé da serra (Você vai gostar)”; “A mulher do canoeiro”; “Chegadinho chegadinho”; “Lua na roça”; “Bandinha do interior”; “Milagre de São Benedito”; “Desce a noite”; “Não sei chorar”; “Cai sereno (Na rama da mandioquinha)”; “Velho moinho” e “Namoro antigo”.

     Elpídio foi o compositor preferido de Mazzaropi, para quem criou 25 trilhas para filmes. Participou da trilha sonora das novelas: Cabocla (Rede Globo), Rei do Gado (Rede Globo), Pantanal (TV Manchete/SBT) e Meu Pé de Laranja Lima (Band). Reconhecido como compositor de música caipira, sua obra se estende para vários gêneros musicais como valsa, samba, choro, etc.

     Quando morreu, em 3 de setembro de 1970, Elpídio tinha mais de mil composições – estão todas catalogadas e preservadas por sua família.

     Já sobre seu parceiro, Pádua Muniz, o que encontramos, na página de seu filho Paulo Muniz (o professor Paulo Batera), é que se trata de “saudoso jornalista, radialista, violonista e compositor”. Além disso, no portal da Rádio Record, consta em seu histórico que, nos “primórdios da rádio”, Pádua Muniz figurava entre seus locutores.
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DESPERTAR DO SERTÃO

A barulheira incessante da cascata
Um sabiá cantando alegre lá na mata
O sol que nasce por de trás do verde monte
Unindo a terra com o céu, no horizonte
A natureza sempre alegre e tão festiva
Num prazer ruidoso, comunicativa
O arvoredo com a música dos ninhos
Forma um poema à beira dos caminhos.

Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai,
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai,
Bom dia irmão!

Já é manhã, as aves enamoradas
Falam de amores no alto das ramadas
O caboclo, ligeiro deixa a palhoça
Pega na enxada e vai cuidar da sua roça
A caboclinha tão bonita, um coração
Corre toda aflita cuidar da criação
Tudo se agita em doce harmonia
Assim no meu sertão começa um novo dia.

Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai
Bom dia irmão!
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      Agora, convido você para ouvir a dupla Cascatinha & Inhana interpretando a agradável “Despertar do Sertão”. Espero que gostem e aguardo seus comentários aqui no blog.


 
      Na expectativa que vocês tenham gostado da nossa Galeria de hoje, deixo um abraço e até a próxima semana.


Wilmar Machado

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Fontes: http://pt.wikipedia.org/
               http://www.museumazzaropi.com.br/
               http://paulobatera.com.br/



 



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - O mate do João Cardoso

      A Tertúlia Nativa de hoje inicia com um causo do livro “Contos Gauchescos & Lendas do Sul”, de João Simões Lopes Neto.
      Na parte inicial do livro, é apresentada um pouco da vida e obra do autor, onde é destacado que:
João Simões Lopes Neto nasceu em Pelotas, RS, em 9 de março de 1865, e faleceu em 14 de outubro de 1916, acometido de grave moléstia [...] Seu interesse pelo resgate da cultura gaúcha e a linguagem regionalista utilizada em suas obras levam-nos a crer que o autor faria o tipo “gaúcho tradicionalista”, porém seu biógrafos afirmam que ele jamais vestiu uma bombacha e que seus hábitos culturais eram urbanos [...] Em 1912, publicou Contos Gauchescos, obra que o notabilizou como um dos maiores escritores da literatura do Rio Grande do Sul.
      O quarto conto desse livro é sobre a oferta de um chimarrão para um visitante. O interessante da história é seu desenrolar com diálogos pitorescos, sem que o chimarrão apareça, conforme você confere abaixo:
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O MATE DO JOÃO CARDOSO


— A la fresca!... que demorou a tal fritada! Vancê reparou?

     Quando nos apeamos era a pino do meio-dia... e são três horas, largas!... Cá pra mim esta gente esperou que as franguinhas se pusessem galinhas e depois botassem, para depois apanharem os ovos e só então bater esta fritada encantada, que vai nos atrasar a troteada, obra de duas léguas... de beiço!...
      Isto até faz-me lembrar um caso... Vancê nunca ouviu falar do João Cardoso?... Não?... É pena.
      O João Cardoso era um sujeito que vivia por aqueles meios do Passo da Maria Gomes; bom velho, muito estimado, mas chalrador como trinta e que dava um dente por dois dedos de prosa, e mui amigo de novidades.
      Também... naquele tempo não havia jornais, e o que se ouvia e se contava ia de boca em boca, de ouvido para ouvido. Eu, o primeiro jornal que vi na minha vida foi em Pelotas mesmo, aí por 1851.
      Pois, como dizia: não passava andante pela porta ou mais longe ou mais distante, que o velho João Cardoso não chamasse, risonho, e renitente como mosca de ramada; e aí no mais já enxotava a cachorrada, e puxando o pito de detrás da orelha, pigarreava e dizia:

— Olá! Amigo! apeie-se; descanse um pouco! Venha tomar um amargo! É um instantinho... crioulo?!

      O andante, agradecido à sorte, aceitava… menos algum ressabiado, já se vê. — Então que há de novo? (E para dentro de casa, com uma voz de trovão, ordenava:) Oh! crioulo! Traz mate!
      E já se botava na conversa, falava, indagava, pedia as novas, dava as que sabia; ria-se, metia opiniões, aprovava umas cousas, ficava buzina com outras...
      E o tempo ia passando. O andante olhava para o cavalo, que já tinha refrescado; olhava para o sol que subia ou descambava… e mexia o corpo para levantar-se.

— Bueno! são horas, seu João Cardoso; vou marchando!...

— Espere, homem! Só um instantinho! Oh! crioulo, olha esse mate!

      E retomava a chalra. Nisto o crioulo já calejado e sabido, chegava-se-lhe manhoso e cochichava-lhe no ouvido:

— Sr., não tem mais erva!…

— Traz dessa mesma! Não demores, crioulo!...

      E o tempo ia correndo, como água de sanga cheia. Outra vez o andante se aprumava:

— Seu João Cardoso, vou-me tocando… Passe bem!

— Espera, homem de Deus! É enquanto a galinha lambe a orelha!... Oh! crioulo!... olha esse mate, diabo!

      E outra vez o negro, no ouvido dele:

— Mas, senhor!… não tem mais erva!

— Traz dessa mesma, bandalho!

      E o carvão sumia-se largando sobre o paisano uma riscada do branco dos olhos, como encarnicando...
      Por fim o andante não agüentava mais e parava patrulha:

— Passe bem, seu João Cardoso! Agora vou mesmo. Até a vista!

— Ora, patrício, espere! Oh crioulo, olha o mate!

— Não! não mande vir, obrigado! Pra volta!

— Pois sim…, porém dói-me que você se vá sem querer tomar um amargo neste rancho. É um instantinho... oh! crioulo!

      Porém o outro já dava de rédea, resolvido à retirada.
      E o velho João Cardoso acompanhava-o até a beira da estrada e ainda teimava:

— Quando passar, apeie-se! O chimarrão, aqui, nunca se corta, está sempre pronto! Boa viagem! Se quer esperar... olhe que é um instantinho... Oh! crioulo!...

      Mas o embuçalado já tocava a trote largo.
      Os mates do João Cardoso criaram fama… A gente daquele tempo, até, quando queria dizer que uma cousa era tardia, demorada, maçante, embrulhona, dizia — está como o mate do João Cardoso!
      A verdade é que em muita casa e por muitos motivos, ainda às vezes parece-me escutar o João Cardoso, velho de guerra, repetir ao seu crioulo:

— Traz dessa mesma, diabo, que aqui o sr. tem pressa!...

— Vancê já não tem topado disso?...
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      Para que nào fique uma impressão negativa do chimarrão, vamos ouvir, encerrando a Tertúlia Nativa de hoje, Délcio Tavares, cantando "Mate da Esperança", de Albino Manique e Francisco Castilhos.



E por aqui, encerramos nossa Tertúlia Nativa desta semana. Até a próxima!


Wilmar Machado.
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Fonte: LOPES NETO, João Simões. Contos Gauchescos e Lendas do Sul. Porto Alegre: LPM, 1998.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - Pelos oprimidos.

      No Evangelho de hoje (Jo 2,13-22), Jesus expulsa os vendilhões do Templo de Jerusalém, conforme encontramos até o versículo 17:
Estava próxima a Páscoa dos judeus; Jesus, então, subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nas suas bancas. Então fez um chicote com cordas e a todos expulsou do templo, juntamente com os bois e as ovelhas; jogou no chão o dinheiro dos cambistas e derrubou suas bancas, e aos vendedores de pombas disse: “Tirai daqui essas coisas. Não façais da casa de meu Pai um mercado”! Os discípulos se recordaram do que está na Escritura: “O zelo por tua casa me há de devorar”.

      Como se observa, desde o tempo de Jesus, indivíduos inescrupulosos se aproveitavam de outras pessoas, valendo-se de costumes religiosos. Com essa motivação, convido vocês para orarem, esta semana, por nossos irmãos oprimidos, com a Oração de Santo Antônio de Pádua.


ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO

A vós, Santo Antônio, cheio de amor a Deus e aos homens, que tiveste a sorte de estreitar entre teus braços ao Menino-Deus, cheio de confiança, recorro por nossos irmãos que padecem submetidos a maus tratos.
Peço-te também por meus irmãos mais necessitados, pelos que sofrem, pelos oprimidos, pelos marginalizados, pelos que hoje mais necessitam de tua proteção.
Fazei com que nos amemos todos como irmãos; que no mundo haja amor e não ódio. Ajudai-nos a viver a mensagem de Cristo.
Vós, em presença do Senhor Jesus, não cesses de interceder a Ele, com Ele, por Ele a nosso favor ante o Pai.
Amém!


      Para meditarmos sobre a bondade de nosso Deus e sua preocupação com os que mais necessitam de seu auxílio, escutemos Deluccas e Lucian, cantando "O milagre no caixa 7".


      Um abraço e que a Paz de Cristo permaneça conosco!
 
Wilmar Machado

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - E nem aí com a educação?!

Meus amigos e minhas amigas!

     O início desta semana é marcado com as notícias sobre as “trapalhadas” provocadas pelos responsáveis – nas suas diversas etapas, desde a elaboração até a aplicação das provas – pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

      No espaço “Saber”, do portal da Folha de São Paulo (folha.com), está noticiado que:
Duas ações que falharam anteontem na aplicação do Enem – erro na montagem das provas e revisão do material – estavam sob responsabilidade da gráfica contratada e do Inep (órgão do Ministério da Educação). Segundo o contrato, a gráfica RR Donnelley foi a responsável por imprimir, manusear e diagramar as provas, por R$ 68 milhões. No primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. O MEC ainda analisa o que será feito aos alunos. Já ao Inep cabia checar o material a ser impresso. Nessa etapa poderia ter sido verificado que, no cabeçalho da folha de respostas, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas. O erro só foi constatado durante a prova.

      Prestando atenção aos valores envolvidos (R$ 68 milhões) e ao descaso com os estudantes, fica a preocupação se há, de fato, um foco na educação ou na contratação da empresa (no mesmo espaço da notícia acima, consta que “durante a concorrência para escolha da gráfica, o MEC interveio na Justiça para que a RR Donnelley vencesse”).

      Ainda no portal da Folha de São Paulo, pode-se encontrar que:

Para o advogado Edson Bortolai, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP, a confusão na folha de respostas pode induzir o aluno ao erro. "Uma prova não pode ser considerada uma armadilha. O aluno não se preparou para esse tipo erro. Na minha opinião, a prova deveria ser anulada", disse.

      Nesta mesma linha, o espaço sobre "Vestibular e Educação", do portal G1 (g1.globo.com), destaca que:
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, avaliou neste domingo (7) que  os erros verificados no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são "mais um desastre na área da educação" e cobrou a apuração dos responsáveis. [...] É um erro que se repete e, por isso mesmo, deve ser apurada a responsabilidade das autoridades responsáveis por mais um desastre na área da Educação, principalmente porque é de conhecimento público que o próprio MEC [Ministério da Educação] pressionou as universidades a adotar o Enem como avaliação para ingresso", disse Cavalcante.
      Se a situação não se apresentasse tão estarrecedora, poderia até ser divertida. Divertida por conta nota publicada, conforme noticia o portal G1, pelo Ministério da Educação, dizendo “que ‘estranhou’ as declarações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil”. A notícia continua afirmando que:
Na nota, o MEC diz que a “estranheza se deve à proximidade entre os dois órgãos, que atuam juntos na regulamentação de cursos de direito e ao fato de que quando a prova de ingresso da OAB foi cancelada, em razão de vazamento do gabarito, o MEC ter se solidarizado com a entidade”. 
      Ficou a dúvida, a partir das declarações contidas na nota do MEC.  Será que o considerado “estranho” foi alguma coisa do tipo: “porque quando você se atrapalha, eu dou o maior apoio e quando eu cometo minhas trapalhadas, você me crítica?”.

       E aí, o portal do UOL (www.uol.com.br), no seu espaço de Educação, apresenta a manchete que diz “Gráfica do Enem diz que erro em caderno amarelo está ‘dentro da normalidade técnica’”. Fica a pergunta: se está tudo bem, para que tanto “barulho”?


      Se for somente pelo barulho, acredito ser melhor ouvir alguma coisa bem mais sonora do que “desculpas esfarrapadas”. Para isto, fica para vocês, Gonzagão (o saudoso “Lua”), cantando o “ABC do Sertão”, de autoria do Zé Dantas em parceria com o próprio Luiz Gonzaga.




     E até a próxima segunda-feira, com mais um “Abrindo a Porteira”!


Wilmar Machado


domingo, 7 de novembro de 2010

PROSA DE DOMINGO - Esse jeito de domingo

      A prosa deste domingo é o espaço que preciso para registrar que o programa de hoje foi muito bom. Não sei se essa também foi a impressão dos ouvintes. No fim-de-semana passado não fiz o programa ao vivo (deixei gravado, pois estava viajando) e hoje voltei a ter contato com os ouvintes - como isso me faz bem! - desde que o programa foi ao ar, com participações pelo telefone, pelo e-mail (cantodaterra@gmail.com) e no twitter (www.twitter.com/cantodaterra).

      Na hora de participações ao vivo, os dois telefones não pararam de tocar e foram inúmeras participações. Como no próximo dia 13 terermos o 8º Baile Nova Aliança (na AABB Brasília, a partir das 22h.), perguntei para os ouvintes quando tinha sido o primeiro Baile (que aconteceu em 2003, no Minas Brasília Tenis Clube). Foi bom ouvir os ouvintes que já conhecem esse tradicional baile confirmar que participarão dessa próxima edição. Mais informações do Baile, vocês encontram no site http://www.novaalianca.org.br/. Lá tem todos os detalhes e informações sobre a venda de mesas para o evento com o conjunto "Squema 6".

      Desejando que tenhamos uma excelente semana, deixo para vocês Shana Muller, cantando "Esse jeito de domingo". Espero que gostem e espero seus comentários.


      Um grande abraço e até domingo que vem!

Wilmar Machado