segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - E nem aí com a educação?!

Meus amigos e minhas amigas!

     O início desta semana é marcado com as notícias sobre as “trapalhadas” provocadas pelos responsáveis – nas suas diversas etapas, desde a elaboração até a aplicação das provas – pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

      No espaço “Saber”, do portal da Folha de São Paulo (folha.com), está noticiado que:
Duas ações que falharam anteontem na aplicação do Enem – erro na montagem das provas e revisão do material – estavam sob responsabilidade da gráfica contratada e do Inep (órgão do Ministério da Educação). Segundo o contrato, a gráfica RR Donnelley foi a responsável por imprimir, manusear e diagramar as provas, por R$ 68 milhões. No primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. O MEC ainda analisa o que será feito aos alunos. Já ao Inep cabia checar o material a ser impresso. Nessa etapa poderia ter sido verificado que, no cabeçalho da folha de respostas, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas. O erro só foi constatado durante a prova.

      Prestando atenção aos valores envolvidos (R$ 68 milhões) e ao descaso com os estudantes, fica a preocupação se há, de fato, um foco na educação ou na contratação da empresa (no mesmo espaço da notícia acima, consta que “durante a concorrência para escolha da gráfica, o MEC interveio na Justiça para que a RR Donnelley vencesse”).

      Ainda no portal da Folha de São Paulo, pode-se encontrar que:

Para o advogado Edson Bortolai, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP, a confusão na folha de respostas pode induzir o aluno ao erro. "Uma prova não pode ser considerada uma armadilha. O aluno não se preparou para esse tipo erro. Na minha opinião, a prova deveria ser anulada", disse.

      Nesta mesma linha, o espaço sobre "Vestibular e Educação", do portal G1 (g1.globo.com), destaca que:
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, avaliou neste domingo (7) que  os erros verificados no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são "mais um desastre na área da educação" e cobrou a apuração dos responsáveis. [...] É um erro que se repete e, por isso mesmo, deve ser apurada a responsabilidade das autoridades responsáveis por mais um desastre na área da Educação, principalmente porque é de conhecimento público que o próprio MEC [Ministério da Educação] pressionou as universidades a adotar o Enem como avaliação para ingresso", disse Cavalcante.
      Se a situação não se apresentasse tão estarrecedora, poderia até ser divertida. Divertida por conta nota publicada, conforme noticia o portal G1, pelo Ministério da Educação, dizendo “que ‘estranhou’ as declarações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil”. A notícia continua afirmando que:
Na nota, o MEC diz que a “estranheza se deve à proximidade entre os dois órgãos, que atuam juntos na regulamentação de cursos de direito e ao fato de que quando a prova de ingresso da OAB foi cancelada, em razão de vazamento do gabarito, o MEC ter se solidarizado com a entidade”. 
      Ficou a dúvida, a partir das declarações contidas na nota do MEC.  Será que o considerado “estranho” foi alguma coisa do tipo: “porque quando você se atrapalha, eu dou o maior apoio e quando eu cometo minhas trapalhadas, você me crítica?”.

       E aí, o portal do UOL (www.uol.com.br), no seu espaço de Educação, apresenta a manchete que diz “Gráfica do Enem diz que erro em caderno amarelo está ‘dentro da normalidade técnica’”. Fica a pergunta: se está tudo bem, para que tanto “barulho”?


      Se for somente pelo barulho, acredito ser melhor ouvir alguma coisa bem mais sonora do que “desculpas esfarrapadas”. Para isto, fica para vocês, Gonzagão (o saudoso “Lua”), cantando o “ABC do Sertão”, de autoria do Zé Dantas em parceria com o próprio Luiz Gonzaga.




     E até a próxima segunda-feira, com mais um “Abrindo a Porteira”!


Wilmar Machado


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