terça-feira, 11 de setembro de 2012

ABRINDO A PORTEIRA - AR NÃO MUITO LINDO NAS ELEIÇÕES

A falsidade é susceptível de uma infinidade de combinações;
mas a verdade só tem uma maneira de ser.
(Jean Jacques Rousseau)

Amigas e Amigos,


Após o feriadão proporcionado pelas festividades da Independência de nossa Pátria, retorno ao blog e observo que a novela do mensalão continua se arrastando, com alguns desdobramentos previsíveis, e outros nem tanto. Ainda de forma tímida, a chatice dos horários eleitorais permite algumas manifestações sobre o desenvolvimento dessa novela.



Charge do cartunista Lane

Talvez minha percepção seja equivocada, mas me parece que programa eleitoral é muito semelhante a advogado de defesa, pois não vislumbro em nenhum deles qualquer vestígio de compromisso com os fatos, mas total comprometimento com os factóides que lhes permitam uma situação mais confortável.


O portal Folha.com, hoje, destacou que uma liderança petista criticou o comportamento 'midiático' de um ministro do Supremo no decorrer do horário eleitoral.  A matéria  do portal – reforçando meu entendimento – diz que:




O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se disse incomodado com o comportamento "midiático" de "um ou outro" ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele não citou nomes nem deu detalhes. A declaração foi feita ontem, em Bauru (a 329 km de São Paulo), onde o deputado federal gravou participação no programa eleitoral do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), candidato à reeleição. A candidata a vice, Estela Almagro, é do PT. Chinaglia afirmou também que o fato de o julgamento do mensalão estar ocorrendo na última instância judicial não garante acerto ou erro na análise do suposto esquema de compra de votos. Para o líder do governo, a repercussão do mensalão não atrapalha as campanhas de candidatos petistas no país. "É um noticiário antigo. Mas não posso comemorar ter pessoas do PT sendo julgadas", afirmou. O deputado contrapôs ao escândalo as políticas sociais dos governos de Lula e Dilma Rousseff. "Elas libertam muita gente da pobreza", disse.


O depoimento começa jogando denúncia “midiática” no ventilador com a precisa informação de "um ou outro". Daí para frente, a participação do líder piora muito com verdadeiras “pérolas” que, se bem avaliadas, podem levar a parceria Agostinho & Almagro à bancarrota.

Não satisfeito com as baboseiras iniciais, Arlindo, o líder, desconfia da capacidade da Suprema Corte. Talvez, pensando ser a única forma de justificar a injustificável calhordice da compra de votos.

 O gran finale apresentado pelo líder Chinaglia apresentando o contraponto do escândalo do mensalão com a libertação da pobreza feita por Lula e Dilma. Seria o líder governista partidário da máxima associada a algumas figurinhas carimbadas da política nacional cuja espécie de lema eleitoral era algo como “ele rouba, mas faz”?

 Para iniciar bem esta semana, a música escolhida é "Comitiva Esperança", de Almir Sater e Paulo Simões, interpretada por Sérgio Reis e Almir Sater.

 

Um grande abraço e até a próxima!