Amigas e Amigos!
Continuo de férias, passeando pela Serra Gaúcha - após 10 dias na praia de Capão da Canoa-RS - e assistindo alguns espetáculos de padrão internacional. Às vezes, dá para ver uma notícia aqui, outra acolá, mas sem grande aprofundamento que tempo de férias é para descansar.
Ainda assim, dá para acompanhar a grande "novela" que virou o retorno de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil. Descartado na Europa, principalmente por seu comportamento fora dos campos de futebol, o craque que ainda tem jeito de moleque virou objeto de leilão por parte de seu irmão que, se foi mediocre como jogador de futebol não parece ser o que se poderia considerar um bom empresário. Essa busca por dinheiro - o máximo que possa extrair do clubes que se submeteram a seu "dramalhão" - poderá prejudicar exatamente a maior fonte de renda do irmão-agente. Aparentemente, não existe qualquer preocupação com a imagem do atleta, mas com a arrecadação propiciada por essa já desgastada imagem.
Hiltor Mombach, do jornal "Correio do Povo" (http://www.correiodopovo.com.br/), publicou, sobre o assunto Ronaldinho no Brasil, que:
Dito e feito. Luiz Felipe Scolari alertou aos diretores do Palmeiras, em novembro, sobre as dificuldades de se negociar com Assis. Disse que ele é muito esperto e que faria um leilão do irmão.
No meio dessa confusão toda, lembrei-me de uma música que poderia ser tema para esse retorno com toques de drama com canastrões. De autoria do jornalista, radialista e compositor Francisco Alves, interpretada pelo saudoso cantor pelotense Leopoldo Rassier, a música de nossa Galeria Sertaneja é "Sabe Moço", da qual segue a letra abaixo:
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SABE MOÇO
Francisco Alves
Sabe moço, que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço que foi bandeira pra mim
E andei mil peleias em lutas brutas e feias
Desde o começo até o fim.
Sabe moço, depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões prá caudilhos coronéis,
Vi cintilarem anéis assinatura em papéis,
Honrarias para heróis.
É duro moço, olhar agora prá história
E ver páginas de glórias e retratos de imortais.
Sabe moço, fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim.
E o que restou - ah, sim! -
No peito em vez de medalhas,
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou prá mim.
Ah, sim!
No peito em vez de medalhas,
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou prá mim!
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Para completar nossa Galeria de hoje - com saudade -, a belíssima interpretação do meu conterrâneo Leopoldo Rassier.
Por hoje é isso. Espero que tenham gostado e aguardo seus comentários logo abaixo. Um grande abraço e até nossa próxima Galeria Sertaneja.
Wilmar Machado