sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

GALERIA SERTANEJA - SABE, "MOÇO RONALDO"

Amigas e Amigos!

          Continuo de férias, passeando pela Serra Gaúcha - após 10 dias na praia de Capão da Canoa-RS - e assistindo alguns espetáculos de padrão internacional. Às vezes, dá para ver uma notícia aqui, outra acolá, mas sem grande aprofundamento que tempo de férias é para descansar.

          Ainda assim, dá para acompanhar a grande "novela" que virou o retorno de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil. Descartado na Europa, principalmente por seu comportamento fora dos campos de futebol, o craque que ainda tem jeito de moleque virou objeto de leilão por parte de seu irmão que, se foi mediocre como jogador de futebol não parece ser o que se poderia considerar um bom empresário. Essa busca por dinheiro - o máximo que possa extrair do clubes que se submeteram a seu "dramalhão" - poderá prejudicar exatamente a maior fonte de renda do irmão-agente. Aparentemente, não existe qualquer preocupação com a imagem do atleta, mas com a arrecadação propiciada por essa já desgastada imagem.



          Hiltor Mombach, do jornal "Correio do Povo" (http://www.correiodopovo.com.br/), publicou, sobre o assunto Ronaldinho no Brasil, que:
Dito e feito. Luiz Felipe Scolari alertou aos diretores do Palmeiras, em novembro, sobre as dificuldades de se negociar com Assis. Disse que ele é muito esperto e que faria um leilão do irmão.
          No meio dessa confusão toda, lembrei-me de uma música que poderia ser tema para esse retorno com toques de drama com canastrões. De autoria do jornalista, radialista e compositor Francisco Alves, interpretada pelo saudoso cantor pelotense Leopoldo Rassier, a música de nossa Galeria Sertaneja é "Sabe Moço", da qual segue a letra abaixo:

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SABE MOÇO
                                                                  Francisco Alves

Sabe moço, que no meio do alvoroço

Tive um lenço no pescoço que foi bandeira pra mim

E andei mil peleias em lutas brutas e feias

Desde o começo até o fim.

Sabe moço, depois das revoluções

Vi esbanjarem brasões prá caudilhos coronéis,

Vi cintilarem anéis assinatura em papéis,

Honrarias para heróis.

É duro moço, olhar agora prá história

E ver páginas de glórias e retratos de imortais.

Sabe moço, fui guerreiro como tantos

Que andaram nos quatro cantos

Sempre seguindo um clarim.

E o que restou - ah, sim! -

No peito em vez de medalhas,

Cicatrizes de batalhas

Foi o que sobrou prá mim.

Ah, sim!

No peito em vez de medalhas,

Cicatrizes de batalhas

Foi o que sobrou prá mim!
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          Para completar nossa Galeria de hoje - com saudade -, a belíssima interpretação do meu conterrâneo Leopoldo Rassier.


           Por hoje é isso. Espero que tenham gostado e aguardo seus comentários logo abaixo. Um grande abraço e até nossa próxima Galeria Sertaneja.

Wilmar Machado

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ABRINDO A PORTEIRA - BOA VIAGEM, GERALDO FLACH

Amigas e Amigos!

          Com tristeza, recebi a notícia da morte de Geraldo Flach - que tocando junto com Luiz Carlos Borges - freqüentou nosso programa Canto da Terra em tantos domingos. A falta que o meio artístico está sentindo é grande e tem-se externado ao longo destas últimas horas.



          Li a notícia, inicialmente, no portal do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre-RS (http://www.correiodopovo.com.br/) que escreveu:
O pianista, arranjador e compositor gaúcho Geraldo Flach morreu na tarde desta segunda-feira, em consequência de um câncer no mediastino, na região do tórax. Ele enfrentava a doença desde o ano passado e estava internado no hospital Mãe de Deus havia um mês. [...] Geraldo era considerado o maior nome da música instrumental no sul do país e conquistou cinco prêmios Açorianos na década de 1990. Em 1991, foi declarado Instrumentista da Década. Seu primeiro grande reconhecimento ocorreu em 1964, quando recebeu o prêmio de melhor solista no II Festival de Jazz e Bossa Nova do Brasil.Flach teve suas músicas gravadas por Elis Regina, Emilio Santiago, Taiguara e Borghettinho, entre outros, somando ao seu currículo trilhas para cinema, ballet e especiais para televisão. Realizou também diversas turnês ao lado de Ivan Lins e também gravou álbum com Luis Carlos Borges. Foi o autor da trilha sonora do premiado filme "Ilha das Flores", em 1989.Em abril de 2010, Geraldo Flach foi o homenageado do ano no 19ª edição do Prêmio Açorianos de Música por sua vida e obra. Seu último trabalho foi o álbum "Vivências", em outubro do ano passado.
          Ontem, o mesmo Correio do Povo evidenciou que o Grêmio, em seu site oficial, também lamentou a morte de seu ilustre torcedor, dizendo que: "... torcedor do Tricolor, Flach interpretou inúmeras vezes o hino do Grêmio e levou o nome do clube gaúcho aos palcos de todo o mundo, ao lado dos amigos, também gremistas, Yamandu Costa e Renato Borghetti".

          Na noite de ontem, aqui em Gramado-RS (onde estou passando a semana), assisti uma apresentação da cantora Isabela Fogaça, no show "Natal em Família", como atração do Natal Luz, na Rua Coberta, no centro da cidade. Isabela, que se apresentou com banda, coro, participação dos filhos e do marido, José Fogaça, em determinado momento do show prestou uma bela homenagem a Geraldo Flach, lembrando momentos em que se apresentaram juntos.

           Um desses momentos - uma apresentação em Bento Gonçalves-RS (por onde andei hoje à tarde, visitando algumas vinículas no Vale dos Vinhedos), em que Isabela Fogaça canta, acompanhada por Geraldo Flach ao piano - publico abaixo para dar um adeus (com muita saudade) ao Geraldo que, não duvido, já deve estar preparando novos arranjos para os Anjos tocarem suas harpas com novas e sensacionais harmonias.


           E por aqui, deixo a Porteira aberta para 2011. Um grande abraço e até a próxima.

Wilmar Machado

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PROSA DE DOMINGO - A NOVA PRESIDENTE!

Amigas e Amigos,

        Estamos no segundo dia de 2011. Isso significa que já acabou o dia 1/1/11 (ontem). O acontecimento marcante desse início de ano, ainda sonolento, foi a posse da nova presidente (não consigo gostar da forma presidenta, que na minha opinião está entre os devaneios que levam a nenhum lugar como o "politicamente correto" - uma das maiores "chatices" já inventadas pelos que nada tem para inventar).



        Mas vamos a posse (para não pensarem que estou muito atrasado, o que quero dizer é que vou comentar um pouco alguns aspectos da posse). A presidente Dilma levou azar no momento, pois nenhuma festa merece aquele toró que caiu na hora do deslocamento para o palácio. Azar mesmo foi dos seguranças que terminaram o trajeto "ensopados", mas - vendo pela televisão - tive impressão que o pessoal até gostou da chuva porque ninguém merece correr aquele tanto sem estar na São Silvestre.

          Agora, é esperar que a presidente rompa o "cordão umbilical" com o antecessor - o que, aparentemente, vai ser difícil pelo que se viu na cerimônia de ontem - para começar a mostrar se, efetivamente, a escolha do povo brasileiro foi acertada. Só o tempo dirá. Pelo menos da confusão do Batisti ela está livre.

          Boa sorte à presidente Dilma. Espero que resolva na primeira semana a bagunça na aviação civil, pois nunca antes na história desse país se viu tamanha onda de desmandos por parte de quem deveria regular esse caos - afinal de contas, até o final de janeiro necessito voltar para Brasília. Até lá, aproveito ainda dois dias aqui em Capão da Canoa-RS e depois vou para o Natal Luz, em Gramado (passeando por Canela, Nova Petrópolis e, se tiver oportunidade, visitarei algumas vinícolas em Bento Gonçalves).

          Já mudou o governo, mas para iniciar a parte musical de 2011, eu trouxe de Cunha Jr., na interpretação de Tonico & Tinoco, "Marvada Pinga".


          Um grande abraço e até a próxima Prosa de Domingo!

Wilmar Machado