Os
que acreditam que o dinheiro faz tudo
provavelmente
estão dispostos a fazer tudo pelo dinheiro.
(H. Beauchesne)
Amigas e Amigos,
Os jornais do estado de São Paulo
amanheceram com matérias sobre a prisão da mulher, filhos e cunhadas do
prefeito da cidade de Limeira-SP, Sílvio Félix, na madrugada e na manhã desta
quinta-feira, dia 24, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão
ao Crime Organizado (Gaeco) e do MP (Ministério Público) daquele Estado.
Depois das denúncias de fraudes
administrativas na cidade de Campinas-SP, conforme comentado neste Blog na
postagem “TERTÚLIA
NATIVA - "ROLOS" E TOUROS...”, parece que os apenas 60 km
que separam essas duas cidades paulistas facilitaram o alastramento da
corrupção na esfera pública (por coincidência, ou não, as prefeituras são
comandadas pelo PDT).
A primeira-dama de Limeira,
Constancia Berbert Dutra da Silva, conhecida como Constancia Félix, é uma das
11 pessoas que foram presas por suspeita de lavagem de dinheiro, falsidade
ideológica, sonegação fiscal, furto qualificado e formação de quadrilha. A Srª.
Félix, além de primeira-dama, é chefe de Gabinete do deputado de Ribeirão
Preto, Rafael Silva, também do PDT.
No portal EPTV (http://eptv.globo.com), pode-se encontrar
matérias sobre as prisões de todos os suspeitos e outras informações sobre o
caso como:
Os valores da lavagem de dinheiro, segundo o MP, podem ultrapassar os R$ 20 milhões. Documentos e computadores foram apreendidos nas casas dos suspeitos e todos foram levados para a Delegacia Seccional da cidade. O prefeito Sílvio Félix (PDT) disse não saber o que está acontecendo. A prefeitura de Limeira ainda não se pronunciou sobre as prisões.
A família “nadando de braçadas”
(no mar do dinheiro público) e o prefeito (provavelmente por excesso de
trabalho) sem perceber qualquer “nota” suspeita no pagamento das suas contas. A
dúvida sobre a população matinal dos camburões é se o número de ocupantes
presos não teria aumentado caso foro privilegiado e imunidades valessem apenas
para decisões tomadas no exercício do cargo. Enquanto lia a matéria acima,
lembrei de um personagem de desenhos animados, criado nos tempos do cinema
mudo, o Gato Félix, que também era dado a aventuras surrealistas.
Como o dia é de letra e música
aqui no Blog, escolhi uma história de um fronteriço apaixonado, que fala com
carinho da própria família e que, ao contrário de felinos personagens, deve
acompanhar os passos de seus familiares e não deve usar seus parentes como “laranjas”
(talvez, azedas). Abaixo, publico a letra de “Barranca e Fronteira”, de autoria
de Antônio A. Fagundes e Luís Telles.
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BARRANCA E FRONTEIRA
(Antônio Augusto Fagundes e Luiz Telles)
Quando chega o domingo, eu encilho o meu pingo que troteando sai
Rumo as velhas barrancas e histórias tantas do Rio Uruguai.
Eu sou fronteiriço de rédea e caniço e o perigo me atrai
Sou de Uruguaiana, de mãe castelhana igual ao meu pai.
Se a terra não é minha, se a vida é mesquinha o que se há de fazer,
Mais um sonho nasceu e o rio se fez meu e nele vou descer
Pra encontrar quem me espera, morena e sincera que é o meu bem querer
Meu momento é aí, no chão onde nasci e onde vou morrer,
Tem o verde do campo nos seus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar.
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar.
Tristeza e alegria são meu dia a dia já me acostumei,
Sou de campo e de rio, faça sol, faça frio lá domingo estarei.
Barranca e fronteira, canha brasileira assim me criei
Com carinho nos braços galopo aos meus passos e me torno um rei.
Agora o meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei,
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei.
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda, os abraços e me sinto um rei.
Tem o verde do campo nos seus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar.
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar.
Agora o meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei.
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda, os abraços e me sinto um rei.
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Com a letra acima, vocês podem
acompanhar a interpretação desse chamamé com o Grupo Querência, que surgiu na
minha cidade natal – Pelotas-RS –, no ano de 1982.
Até o próximo encontro e um grande
abraço!
Wilmar Machado