FOGÃO DE LENHA - Quibebe e Feijão Mexido

Amigas e Amigos!

        Hoje, apartei duas receitas regionais que são vistas como acompnhamento dos pratos principais, mas, em muitas situações, acabam se tornando grandes atrações nos almoços ou jantares onde são apresentadas.

       

        Essas duas iguarias são o Quibebe e o Feijão Mexido, companheiros perfeitos para um Arroz Carreteiro ou para o Arroz de Carroceiro Alegre (que estão à disposição de vocês aqui no blog). São muito fáceis de preparar e, normalmente, arrancam suspiros de admiração e comentários favoráveis quando vão para a mesa.

       Anotem aí e se preparem para fazer sucesso nesse próximo fim-de-semana.

QUIBEBE

Ingredientes

1 kg de abóbora

¼ litro de água

½ col. de sopa de açúcar

¼ col. de sopa de sal

2 dentes de alho picados

1 cebola média picada

30 g de bacon defumado picado

2 col. de farinha de milho média

2 col. de sopa de óleo

1 molho de salsa/cebolinha picado

Como preparar

Descascar a abóbora.

Cozinhar em ¼ de litro de água.

Em uma frigideira, aquecer o óleo.

Dourar o bacon, a cebola e o alho picados.

Colocar esse refogado na panela da abóbora depois que esta estiver cozida.

Baixar o fogo.

Acrescentar o sal e o açúcar.

Colocar a farinha de milho, aos poucos, mexendo por cerca de 15 minutos.
Depois de pronto, colocar o cheiro verde picado.

FEIJÃO MEXIDO

Ingredientes

1kg de feijão preto cozido

Azeite de oliva à gosto

3 fatias de bacon picado

½ xícara de lingüiça calabresa fina picada

1 cebola grande picada

3 dentes de alho picados

2 pimenta de cheiro (verde) picada sem sementes

Cheiro verde picado à gosto

1 folha de louro

Farinha de mandioca crua à gosto

Como preparar

Aqueça o feijão já cozido em uma panela.

Esquente o azeite em uma frigideira e frite o bacon e a linguiça.

A seguir, acrescente a cebola, o alho e o louro.

Despeje o refogado sobre o feijão e, se necessário, acrescente água.

Espere engrossar um pouco o caldo.

Polvilhe farinha de mandioca aos poucos, mexendo sempre.

Cuide para não colocar farinha demais!

Quando estiver cremoso, retire do fogo e acrescente o cheiro verde.

Na hora de servir, coloque mais um pouco de azeite de oliva por cima.

      E para "inspiração" de vocês, para o preparo de uma receita que marque de forma muito particular a satisfação de seus convidados, disponibilizo a música "Iguaria Campeira", de Régis Marques, na interpretação do Grupo Rodeio.

     Experimentem a receita e deixem seus comentários, abaixo, com "dicas" que possam melhorar ainda mais esses pratos.

      Um grande abraço e até nossa próxima receita!

Wilmar Machado

GALERIA SERTANEJA - As águas do São Francisco

Amigas e Amigos!

        Hoje, a música escolhida fala de São Pedro, associado a crença popular de que ele é o responsável por abrir e fechar as "torneiras do céu". E fala de São Pedro porque hoje é o dia da Solenidade de Dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

        A música de hoje, que tem por título "As águas do São Francisco", foi composta por Gino, Geno e Otávio Pimentel, e a interpretação escolhida é da dupla Gino & Geno, citada no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (http://www.dicionariompb.com.br) como uma dupla em que:

Um de seus maiores sucessos foi "As águas do rio São Francisco", de Gino, Geno e Otávio Pimentel, gravada originalmente em 1981 e relançada em 1999 pela EMI na série "Raízes sertanejas". Em 2003, tiveram participação especial, juntamente com Borghettinho, na música "Paixão dupla", de Lourival dos Santos, Chicão Pereira e Pardinho, no álbum "Meu Reino encantado II", de Daniel.

      Sebastião de Almeida, o Gino, e Geraldo Alves, o Geno, iniciaram uma tímida carreira na década de 70 e fizeram uma pausa na carreira após algum tempo, já com alguns sucessos. Conforme o site Letras (http://www.letras.com.br):

Gino & Geno voltaram à ativa de forma avassaladora, fazendo mais sucesso que no passado, chegando a gravar, inclusive, dois DVD´s. Nos anos 2000, Gino & Geno emplacaram grandes sucessos, iniciando com o hit Coração Cigano, que contou com a participação da dupla Rick & Renner.

      Para que você possa cantar junto com Gino & Geno, logo abaixo, essa é a sua letra:

AS ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO

As águas do São Francisco estavam por cima da ponte

Este é o grande motivo que eu não pude atravessar

Mas isso eu achei foi bom, fui obrigado a voltar

Pra casa do meu amor,  passei a noite por lá

Fiquei a noite inteirinha

Ao lado da moreninha, esperando as águas baixar

Enquanto as águas baixava, eu tomava café quente

Muitos beijos e abraços, aumentava o amor da gente

E eu pedindo ao São Pedro, que aumentasse a enchente:

São Pedro eu estou gostando

As águas pode ir aumentando,  meu amor fica contente

Falado:
" É meus amigos,

as águas do São francisco me impediram de

atravessar a ponte

e eu voltei pra casa do meu amor,

e isto eu achei bom demais".

      E por aqui terminamos mais uma Galeria Sertaneja. Deixe sua opinião na parte de "Comentários" abaixo para que possamos melhorar nossas publicações.

      Um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado

TERTÚLIA NATIVA - Saudade de Raquel de Queiroz

Amigas e amigos,

      Se Raquel de Queiroz fosse vida, comemoraria hoje seu centenário. Por isso, dedicamos este espaço hoje a esta mulher brilhante, que se tornou a primeira imortal da ABL - Academia Brasileira de Letras.

      Sobre Raquel de Queiroz, encontramos na fonte global de resumos e críticas (http://pt.shvoong.com/) um breve resumo de uma vida intensa:

Raquel de Queiroz é considera uma das maiores escritoras brasileira de todos os tempos. Nasceu em Fortaleza em 17 de novembro de 1910 e morreu no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 2003. Ficou notoriamente reconhecida já pela repercurssão de seu primeiro romance “O quinze”. Nesse livro conta a saga do povo nordestino para conviver com a miséria e a seca. Raquel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977. Dentre sua diversa obra, que inclui peças de teatro , contos, crônicas e diversos romances destacou-se além de “O quinze” outro romance “Memorial de Maria Moura” que conta a saga de uma mulher cangaceira. Dentre suas obras estão: O quinze, romance (1930); João Miguel, romance (1932); Caminho de pedras, romance (1937); As Três Marias, romance (1939); A donzela e a moura torta, crônicas (1948); O galo de ouro, romance (folhetins na revista O Cruzeiro, 1950); Lampião, teatro (1953); A beata Maria do Egito, teatro (1958); Cem crônicas escolhidas (1958); O brasileiro perplexo, crônicas (1964); O caçador de tatu, crônicas (1967); O menino mágico, infanto-juvenil (1969); Dora, Doralina, romance (1975); As menininhas e outras crônicas (1976); O jogador de sinuca e mais historinhas (1980); Cafute e Pena-de-Prata, infanto-juvenil (1986); Memorial de Maria Moura, romance (1992) e Teatro, teatro (1995).

     Nessa homenagem de hoje, publico o belo poema dessa autora que, entendo, muito se identifica com a proposta deste Canto da Terra, conforme você pode conferir a seguir.  

TELHA DE VIDRO

Quando a moça da cidade chegou

Veio morar na fazenda, na casa velha...

Tão velha!

Quem fez aquela casa foi o bisavô...

Deram-lhe para dormir a camarinha,

Uma alcova sem luzes, tão escura!

Mergulhada na tristura de sua treva

E de sua única portinha...

A moça não disse nada,

Mas mandou buscar na cidade uma telha de vidro...

Queria que ficasse iluminada sua camarinha sem claridade...

Agora, o quarto onde ela mora

É o quarto mais alegre da fazenda,

Tão claro que, ao meio dia,

Aparece uma renda de arabesco de sol

Nos ladrilhos vermelhos, que — coitados — tão velhos,

Só hoje é que conhecem a luz do dia...

A luz branca e fria também se mete

Às vezes pelo clarão da telha milagrosa...

Ou alguma estrela audaciosa careteia

No espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!

Você me disse um dia

Que sua vida era toda escuridão cinzenta,

Fria, sem um luar, sem um clarão...

Por que você não experimenta?

A moça foi tão bem sucedida...

Ponha uma telha de vidro em sua vida!

      Para combinar com a poesia de Raquel de Queiros, escolhi uma musica de Lauro Rodrigues, Oswaldo Carvalho e José Bernardes, gravada pelo grupo Os Montanari, em 1975: "Velha Tapera". Espero que tenham gostado da homenagem de hoje e, se gostaram, comentem (ou critiquem) abaixo.

E por aqui, encerramos nossa Tertúlia Nativa desta semana. Até a próxima!


Wilmar Machado.



ORATÓRIO CAMPEIRO - Santa Gertrudes

        Amigas e Amigos,

       Hoje é dia de Santa Gertrudes, "a Grande", uma cristã admirável da era medieval e grande incentivadora da devoção ao Coração de Jesus. Sobre Sante Gertrudes, encontramos no portal da Irmãs Paulinas que:

A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos. Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. [...] A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. [...] Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.

      Façamos hoje, então, a Oração atribuída a Santa Gertrudes, que lhe teria sido passada pelo Senhor, com a promessa de libertar mil almas do purgatório sempre que a mesma fosse rezada:

ORAÇÃO DE SANTA GERTRUDES

Eterno Pai,

Ofereço o Preciosíssimo Sangue

de Vosso Divino Filho Jesus,

em união com todas as missas

que hoje são celebradas

em todo o Mundo,

por todas as santas Almas do Purgatório,

pelos pecadores, em todos os lugares,

pelos pecadores, na Igreja Universal,

pelos da minha casa e meus vizinhos.

Amém!

      E para concluir nosso momento de oração desta semana, vamos ouvir a dupla Beto & Betinho - que já nos visitou no programa Canto da Terra - cantando de Padre Zezinho - que também já esteve conosco - a canção "Amar como Jesus Amou"!

      Como as estatísticas de nosso blog tem apresentado muitas visistas dos Estados Unidos e, recentemente, contamos com visitas da Europa, gostaríamos que todos vocês deixassem seus comentários e suas críticas para melhorarmos nosso trabalho. Vale também esse convite para o pessoal do Brasil que nos visita. Todos vocês são motivo de grande alegria.

      Um abraço e que a Paz de Cristo permaneça conosco!

Wilmar Machado

ABRINDO A PORTEIRA -

     Nesta segunda-feira - preguiçosa - vou abrindo a porteira para desejar uma semana de realizações para todos vocês, amigas e amigos deste Canto da Terra.

     Por conta do feriado e sem muito assunto, deixo com vocês uma gravação de Jacó & Jacozinho para a música "Menino da Porteira".

     E até a próxima segunda-feira com um novo "Abrindo a Porteira" que, espero, esteja com mais inspiração!

Wilmar Machado

PROSA DE DOMINGO - Feriado em 15/11

     Hoje não é apenas domingo, é algo como domiiiiiiiingooooo! Afinal de contas, amanhã é feriado, o que nos dá uma idéia de domingo de 48 horas.

     Mas esse feriadão já deu o que falar, pois tem gente que só sabe que é folga mas não tem idéia do porque, e nem tem muito interesse em saber, de voltar ao trabalho somente na terça-feira.

     Boa parte da população que descansará durante o feriado sabe que em 15 de novembro de 1889 foi instaurado o regime republicano no Brasil com o golpe militar que derrubou a monarquia. É claro que um grupo grande (muito!!!) de brasileiros garante que o feriado foi pelo acontecimento de 6 anos após o anteriormente citado, pois foi também em 15 de novembro, no ano de 1895, que foi fundado o Clube de Regatas do Flamengo. Mas como dizem que essa data pode ser 17 de novembro, vamos ficar com a opção 1 e festejar a Proclamação da República.

     E aí? Como é que se festeja Proclamação da República? Tem show?... Baile?... Festa à fantasia?... Bandas marciais?... Circo (com Tiririca ou com os outros)? Se você não sabe, garanto que eu também não sei.

     Como sugestão, vamos ouvir o Gaúcho da Fronteira cantando, de autoria dele e do Vaine Darde, "Herdeiro da Pampa Pobre".

    

      Um grande abraço e até domingo que vem, com mais uma prosa!

Wilmar Machado