sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FOGÃO DE LENHA - CANJIQUINHA MINEIRA

Amigas e Amigos!

          A receita de hoje, conforme pode ser observado no título, vem de Minas Gerais. A primeira vez que preparei esta receita, morava em Porto Alegre-RS. Era início dos anos 90 e por ser um prato muito diferente dos pratos da cozinha gaúcha (e muito saboroso), foi o que podemos chamar de um sucesso culinário.

          É um prato com baixo grau de dificuldade para a sua elaboração e que pode, com um pouquinho de entrega do cozinheiro ou da cozinheira, ser merecedor de muitos elogios. Sobre o prato que sugerimos para seu fim-de-semana, a Canjiquinha Mineira (ou Péla Égua), encontramos no site http://www.alimentares.com/ que é:
Cozido suculento e colorido, com costelinha de porco e quirera de milho. Na Canjiquinha, esse milho - triturado grosseiramente até ficar um farelo que não passe por uma peneira - tem seu sabor aprimorado pelas costelinhas de porco, contribuição das cozinheiras escravas: herança africana. Servida em prato fundo, acompanhada de couve picada bem fina, refogada, com pimenta, a canjiquinha é um prato popular e assíduo freqüentador das casas mineiras, mas não encontrado com facilidade em restaurantes mineiros. Parece haver um preconceito quanto a esse prato...talvez, por ser muito barato, à base de milho...comida de animais...
          Sem mais conversa jogada fora, vamos a nossa receita de hoje.


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CANJIQUINHA MINEIRA

Ingredientes:

½ kg de canjiquinha de milho amarela

1 kg de carne de porco (costelinha, lombo ou pernil)

½ kg de lingüiça calabresa defumada (em rodelas)

½ kg de bacon picadinho

½ xícara de óleo

4 cebolas picadas

8 dentes de alho picados

5 tomates picados

1 tablete de caldo de carne

1 maço de couve cortada em tiras finas

Salsa e cebolinha picada (a gosto)

Sal e pimenta do reino (a gosto)

Água


Modo de preparar:

Coloque a canjiquinha de molho por, pelo menos, duas horas.

Troque a água e cozinhe a canjiquinha até ficar macia (aproximadamente ½ hora).

Tempere a carne de porco, com sal e pimenta.

Em uma panela grande, aqueça o óleo, coloque metade do bacon e frite a carne.

Coloque a lingüiça e deixe fritar também.

Acrescente a cebola e parte do alho (6 dentes) e refogue.

Adicione os tomates ao refogado e deixe mais um pouco no fogo.

Quando a carne estiver cozida, junte a canjiquinha (com a água do cozimento) e espere ferver.

Acrescente o caldo de carne (dissolvido em ½ xic. de água quente).

Se necessário, acerte o sal.

Em fogo baixo, deixe ferver por aproximadamente 5 minutos.

Em uma frigideira em fogo alto, coloque a outra parte de bacon e derreta um pouco.

Acrescente o alho e deixe dourar ligeiramente.

Coloque a couve e refogue rapidamente para que não amarele.

Despeje o conteúdo da frigideira sobre o caldo e mexa.

Polvilhe a salsa e a cebolinha por cima.

Sirva bem quente, acompanhado de pãezinhos.

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          Para harmonizar com o prato de hoje, vem das Minas Gerais, a saudosa dupla Pena Branca & Xavantinho.

          E eles cantam, de Xavantinho, "Trem das Gerais". Vamos ouvir?


          Minha sugestão é chamar alguns amigos e preparar a receita acima. Existem inúmeras possibilidades de começar uma história de sucesso na cozinha. Depois, volte aqui e deixe seu comentário para que mais se animem a experimentar essa receita tão fácil e tão especial.

          Um grande abraço e até o nosso próximo encontro no calor deste Fogão de Lenha!

Wilmar Machado

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GALERIA SERTANEJA - QUE VIDA MALVADA!

Amigas e Amigos!

          No portal UOL (http://www.uol.com.br/), é destacado hoje sobre a cerimônia de balanço do PAC, com obras que já totalizam 444 bilhões de reais em investimento, que após:
quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentado nesta quinta-feira (9) mostra que, a menos de um mês para o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quase 40% das ações e obras do PAC não foram concluídas.

          Por outro lado, também no mesmo portal aparece a declaração, de hoje, do líder do PSDB na Câmara, João de Almeida, da Bahia, dizendo que: 
o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é uma “fantasia” e uma “mentira”. [...] O PAC foi uma montagem de programas existentes que eles botaram uma roupagem. Não são programas articulando ações de governo. É tão frágil que antes de concluir as obras do PAC 1, aí lança o PAC 2”, afirmou Almeida.
          E enquanto esse pessoal que, aparentemente, não diferencia projeto de processo, portfólio de programa nem gestão operacional de governança, vai gastando, (com a pecha de administrar) a parte do nosso dinheiro transformada em impostos, de qualquer jeito, nós esperamos um verdadeiro programa de educação, outro de segurança e mais um de saúde. Eh! Vida malvada...

          Para melhorar o humor, vamos acompanhar a música escolhida de hoje. O autor e intérprete é Rolando Boldring e, sobre ele, pode-se encontrar em http://www.mpbnet.com.br/ que ele:
nasceu em São Joaquim da Barra, SP, em 22 de Outubro de 1936. Aos sete anos, já tocava viola e, aos 12, formando com um irmão a dupla Boy e Formiga, fazia sucesso no rádio de sua cidade. Incentivado pelo pai, resolveu tentar a sorte em São Paulo SP, onde trabalhou como sapateiro, frentista, carregador e garçom, antes de se firmar como artista. Estreou na carreira musical nos anos de 1960, participando de um disco da cantora Lurdinha Pereira, que logo se tornou sua esposa e produtora de seus discos. Foi pioneiro na realização de programas de televisão dedicados a musica brasileira autentica, de inspiração regional, diferenciada da musica sertaneja de consumo: Som Brasil (TV Globo), Empório Brasil (TV Bandeirantes) e Empório Brasileiro (SBT).

          Atualmente, Rolando Boldrin apresenta o programa "Sr. Brasil", na TV Cultura, às 22h e 10min de terça-feira. Abaixo, a letra da música escolhida.

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VIDE VIDA MARVADA
                                                                   Rolando Boldrin

Corre um boato aqui donde eu moro

Que as mágoas que eu choro são mal ponteadas

Que no capim mascado do meu boi

A baba sempre foi santa e purificada


Diz que eu rumino desde menininho

Fraco e mirradinho a ração da estrada

Vou mastigando o mundo e ruminando

E assim vou tocando essa vida marvada


É que a viola fala alto no meu peito humano

E toda moda é um remédio pros meus desengano

É que a viola fala alto no meu peito, mano

E toda a mágoa é um mistério fora desse plano


Prá todo aqueles que só fala que eu não sei vivê

Chega lá em casa pruma visitinha

Que no verso e no reverso da vida inteirinha

Há de encontrar-me num cateretê

Há de encontrar-me num cateretê


Tem um ditado dito como certo

Que o cavalo esperto não espanta a boiada

E quem refuga o mundo resmungando

Passará berrando essa vida marvada


Cumpadi meu que inveieceu cantando

Diz que ruminando dá pra ser feliz

Por isso eu vagueio ponteando

E assim procurando minha flor-de-liz
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          Abaixo, a música para você ouvir. Eu espero que você goste, e goste muito.



          Por aqui, vou encerrando a nossa Galeria de hoje. Se gostou, comenta abaixo.

          Um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado

TERTÚLIA NATIVA - QUE MÁRIO???

Amigas e Amigos!

       É do Quintana que lhes falo. Sim, do saudoso Mário de Miranda Quintana, que morreu em maio do ano de 1994. Sobre Mário Quintana, no Projeto Releituras (http://www.releituras.com/) consta que ele:
nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês. [...] Preso à sua querida Porto Alegre, mesmo assim Quintana fez excelentes amigos entre os grandes intelectuais da época. Seus trabalhos eram elogiados por Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto, além de Manuel Bandeira. O fato de não ter ocupado uma vaga na Academia Brasileira de Letras só fez aguçar seu conhecido humor e sarcasmo. Perdida a terceira indicação para aquele sodalício, compôs o conhecido "Poeminho do Contra" - Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho, / Eles passarão... / Eu passarinho! - na antologia "Prosa e Verso", de 1978.


          Abaixo, o poema de Mário Quintana escolhido para nossa Tertúlia desta semana.

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POEMINHA SENTIMENTAL



O meu amor, o meu amor, Maria

É como um fio telegráfico da estrada

Aonde vêm pousar as andorinhas...

De vez em quando chega uma

E canta

(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)

Canta e vai-se embora

Outra, nem isso,

Mal chega, vai-se embora.

A última que passou

Limitou-se a fazer cocô

No meu pobre fio de vida!

No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:

As andorinhas é que mudam.
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          Para acompanhar o grande Mário Quintana, escolhi a música "As andorinhas" (Alcino Alves, Rossi e Rosa Quadros), com o Trio Parada Dura. Espero que gostem e aguardo seus comentários no espaço abaixo.


           Um grande abraço e até a nossa próxima Tertúlia!

Wilmar Machado

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - IMACULADA CONCEIÇÃO

Amigas e Amigos!

          Amanhã, celebramos a santidade de Nossa Senhora desde o início de sua existência, conforme proclamado no dia 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX, a partir de uma convicção quase absoluta da Igreja desde sempre.


          Conforme escreve José Jacinto Ferreira de Farias, scj, na Agência Ecclesia (www.agencia.ecclesia.pt):
O dogma da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria foi a solene confirmação do mistério central da fé. A Virgem Maria foi pensada por Deus como a mediadora do mistério da Incarnação. Porque chamada a ser a mediadora deste mistério, a Virgem Maria não podia ser pensada senão como a primeira totalmente redimida, e como a primeira redimida é que ela concebeu sem pecado o Filho de Deus, porque sem pecado foi concebida. [...] A ‘Imaculada Conceição’ mostra a Virgem Maria como a primeira na ordem da Redenção, Redenção esta que não pode acontecer sem ela. [...] na ‘Imaculada Conceição’, a Igreja e todos os fiéis exultam de alegria, talvez como em nenhum outro dia, porque aí está o exemplo das maravilhas de Deus na história, do que Ele pode fazer na Igreja e na vida de cada crente se como a Virgem Santa Maria cada qual se colocar na mesma atitude de filial obediência e de amor, naquele cujo Nome é grande e que grandes coisas realizou na sua humilde serva!
          Desde hoje, convido vocês a rezarmos durante esta semana pela Senhora das homenagens de amanhã, com a oração abaixo.

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ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Virgem Santíssima,


Que foste concebida sem o pecado original

E por isto merecestes o título de

Nossa Senhora da Imaculada Conceição

E por terdes evitado todos os outros pecados,

O Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras:

"Ave Maria, cheia de graça".

Nós vos pedimos

Que nos alcanceis do vosso divino Filho

O auxílio necessário para vencermos as tentações

E evitarmos os pecados

E, já que vos chamamos de Mãe,

Atendei-nos com carinho maternal

E ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos.

Nossa Senhora da Conceição rogai por nós.

Amém!
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          Para que possamos fazer nossa oração com todo o nosso ser, deixo para vocês a interpretação do Padre Fábio de Melo da música "Romaria" (Renato Teixeira). Escutem e curtam.


          Aguardo seus comentários logo aí embaixo.

          Até a próxima semana e que a Paz de Cristo permaneça conosco!

Wilmar Machado

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - EPIDEMIA DE DENGUE?!

Amigas e Amigos!

          Ao ler, pela manhã, o Correio Braziliense, encontrei um destaque negativo para a área de saúde. Dizia o jornal sobre o aumento da dengue no Distrito Federal mais de 2.800%, como você pode acompanhar na Internet em http://www.correiobraziliense.com.br/, que:
Este ano, 12.363 brasilienses sofreram com os sintomas da doença. Apesar das sete mortes registradas de janeiro a novembro últimos, todos os fatores que levaram ao crescimento do surto continuam, como a falta de agentes e de cuidados da população [...] O início de uma nova temporada chuvosa traz novamente a preocupação com a dengue. Principalmente porque todos os fatores que levaram à epidemia registrada este ano permanecem sem solução. Seriam necessários pelo menos 1,2 mil agentes de Vigilância Ambiental para percorrer as casas e orientar a população sobre as formas de prevenção contra a doença. Mas o Distrito Federal conta apenas com 500 fiscais, menos da metade do contingente recomendado pelo Ministério da Saúde para uma região com mais de 2,4 milhões de moradores. E não há previsão para ampliar esse quadro de pessoal.
 
          À noite, no Jornal Nacional (disponível em http://g1.globo.com/jornal-nacional), é apresentada uma reportagem sobre o risco de surto de dengue em 24 municípios brasileiros, além de 154 municípios em situação de alerta.

          No dia 2 de dezembro, recebi um e-mail (em cantodaterra@gmail.com), da amiga Ana Maria, que acompanha nosso programa Canto da Terra desde o início, no final do ano de 2003, com uma "receita" para matar mosquitos, inclusive os da dengue. Ainda não experimentei o método ecológico, mas já vou repartindo com vocês, pois acredito que poderá ser útil.

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COMO MATAR MOSQUITOS DE FORMA ECOLOGICAMENTE CORRETA 

        Na luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.

É necessário:

200 ml. de água
  50 g. de açúcar mascavo
   1 g. de levedura (fermento biológico de pão, encontrado supermercado)
   1 garrafa plástica de 2 litros

Com os itens acima, seguir os seguintes passos:

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guardar a parte do gargalo.

2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixar esfriar. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa.


3. Acrescentar a levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono.


4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.


5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.


Em duas semanas você vai ver a quantidade de mosquitos que morreu lá dentro da garrafa.


          Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução do mosquito, podemos utilizar esse método muito útil em escolas, creches, hospitais e residências.

          NÃO SE ESQUEÇA DA DENGUE!
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          Para nos lembrarmos de um tempo onde água parada não chegava a preocupar tanto, tempo em que os mosquitos incomodavam mais pelo barulho chato que produziam e menos pelas doenças que carregavam, vamos ouvir Irídio & Irineu, cantando de João Gonçalves e Produtor, "Bica d'água".


          Espero que aproveitem as "dicas" de hoje e que tenham gostado da música escolhida. Continuo aguardando, sempre, seus comentários logo abaixo, que serão  muito bem-vindos!

           Um grande abraço e até o próximo "Abrindo a porteira"!
Wilmar Machado 



domingo, 5 de dezembro de 2010

PROSA DE DOMINGO - QUE MATE "BUENO"!

Amigas e Amigos!

          Hoje, pela manhã, apresentei o último programa Canto da Terra, ao vivo, de 2010. Na próxima semana, as rádios Nova Aliança - AM e FM - estarão transmitindo mais uma edição do "Vem Louvar", durante todo o dia de domingo. No dia 19, estarei em Pelotas-RS, na formatura de mais uma turma de Arquitetos, entre os quais meu sobrinho, Gabriel Machado da Silva. A partir do dia 26 próximo, gozarei merecidas férias.

          Comentei o programa de hoje para dizer que sentirei falta, até janeiro/2011, desses encontros dominicais com os ouvintes. Foram tantas participações, ao vivo, que quase não tive tempo de saborear meu chimarrão durante esse momento do programa. E gratificante foi receber tantos votos de Boas Festas e boas férias, tão antecipados mas, também, tão sinceros.

          Lembrei, agora, de ter conseguido terminar meu chimarrão somente após o programa, ao pensar que quero repartir com vocês uma belíssima interpretação de

Juliana Spanevello com o Joca Martins da canção "O Sábio do Mate", de Rodrigo Bauer e Joca Martins.

          Espero que gostem, tanto quanto eu, dessa dupla e dessa interpretação.


          Aguardo seus comentários no espaço logo abaixo.

          Um grande abraço e até domingo que vem com mais uma prosa.

Wilmar Machado