Amigas e Amigos!
É do Quintana que lhes falo. Sim, do saudoso Mário de Miranda Quintana, que morreu em maio do ano de 1994. Sobre Mário Quintana, no Projeto Releituras (http://www.releituras.com/) consta que ele:
nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês. [...] Preso à sua querida Porto Alegre, mesmo assim Quintana fez excelentes amigos entre os grandes intelectuais da época. Seus trabalhos eram elogiados por Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto, além de Manuel Bandeira. O fato de não ter ocupado uma vaga na Academia Brasileira de Letras só fez aguçar seu conhecido humor e sarcasmo. Perdida a terceira indicação para aquele sodalício, compôs o conhecido "Poeminho do Contra" - Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho, / Eles passarão... / Eu passarinho! - na antologia "Prosa e Verso", de 1978.
Abaixo, o poema de Mário Quintana escolhido para nossa Tertúlia desta semana.
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POEMINHA SENTIMENTAL
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
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Para acompanhar o grande Mário Quintana, escolhi a música "As andorinhas" (Alcino Alves, Rossi e Rosa Quadros), com o Trio Parada Dura. Espero que gostem e aguardo seus comentários no espaço abaixo.
Um grande abraço e até a nossa próxima Tertúlia!
Wilmar Machado
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