quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - QUE MÁRIO???

Amigas e Amigos!

       É do Quintana que lhes falo. Sim, do saudoso Mário de Miranda Quintana, que morreu em maio do ano de 1994. Sobre Mário Quintana, no Projeto Releituras (http://www.releituras.com/) consta que ele:
nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês. [...] Preso à sua querida Porto Alegre, mesmo assim Quintana fez excelentes amigos entre os grandes intelectuais da época. Seus trabalhos eram elogiados por Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto, além de Manuel Bandeira. O fato de não ter ocupado uma vaga na Academia Brasileira de Letras só fez aguçar seu conhecido humor e sarcasmo. Perdida a terceira indicação para aquele sodalício, compôs o conhecido "Poeminho do Contra" - Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho, / Eles passarão... / Eu passarinho! - na antologia "Prosa e Verso", de 1978.


          Abaixo, o poema de Mário Quintana escolhido para nossa Tertúlia desta semana.

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POEMINHA SENTIMENTAL



O meu amor, o meu amor, Maria

É como um fio telegráfico da estrada

Aonde vêm pousar as andorinhas...

De vez em quando chega uma

E canta

(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)

Canta e vai-se embora

Outra, nem isso,

Mal chega, vai-se embora.

A última que passou

Limitou-se a fazer cocô

No meu pobre fio de vida!

No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:

As andorinhas é que mudam.
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          Para acompanhar o grande Mário Quintana, escolhi a música "As andorinhas" (Alcino Alves, Rossi e Rosa Quadros), com o Trio Parada Dura. Espero que gostem e aguardo seus comentários no espaço abaixo.


           Um grande abraço e até a nossa próxima Tertúlia!

Wilmar Machado

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