sábado, 23 de outubro de 2010

COM O PÉ NO ESTRIBO - Agenda Semanal

     Meus amigos e minhas amigas!

     Estamos encerrando a primeira semana de atividades neste Blog, que esperamos tornar um espaço, a cada novo dia, mais agradável.

     Já fizemos uma primeira experiência com uma agenda provisória de postagens que, com as sugestões de vocês, temos grande expectativa de melhorá-la. Nossa agenda não poderá ser um fardo, nem para vocês, que receberão os trabalhos e os comentarão, nem para nós, que os postaremos. Será, com a oração de cada uma e de cada um de vocês, muito prazeroso para todos.

      Para ser criticada por vocês, publico, abaixo, minha sugestão de agenda para as publicações neste Blog.

      2ª   -    ABRINDO A PORTEIRA (uma saudação para a semana que começa).
      3ª   -    ORATÓRIO CAMPEIRO (uma oração para um boa semana).
      4ª   -    TERTÚLIA NATIVA (causos, poesias, curiosidades...).
      5ª   -    GALERIA SERTANEJA (uma música especial para a semana).
      6ª   -    FOGÃO DE LENHA (uma receita especial, para o fim-de-semana).
 SAB    -    COM O PÉ NO ESTRIBO (momento especial para "fechar" a semana).
 DOM  -    PROSA DE DOMINGO (uma prosa amiga sobre qualquer coisa).

      E aí, gostaram da agenda? Um grande abraço, pois já estou com o pé no estribo...

Wilmar Machado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FOGÃO DE LENHA - Arroz Carreteiro

     O arroz carreteiro, conhecido também como “arroz-de-carreteiro” ou, simplesmente, “carreteiro” é um prato característico da culinária gaúcha e que, atualmente, pode ser encontrado por todo o Brasil. Sua origem está relacionada aos carreteiros, que atravessavam o extremo sul do Brasil em carretas puxadas por bois, transportando as mais diversas cargas. Em um tempo quando não era possível a utilização de geladeiras para a conservação das carnes, os carreteiros viajavam com mantas de charque e arroz, que preparavam, juntos, em panelas de ferro, com muita água para amolecer o charque.

     Atualmente, existem inúmeras receitas para o preparo de arroz com carne, que são chamados “carreteiros” pela relação com o prato típico tradicional. A sobra da carne do churrasco (e até a lingüiça), preparada na hora do almoço, é picada no fim do dia e todos são convidados para um gostoso “carreteiro”. Na maioria das vezes, fica tão saboroso que poucos teriam coragem de lembrar que o prato é feito com charque (se você lembrar disso, não comente para não ser considerado o “chato do pedaço” e, se o cozinheiro for vingativo, poderá nem convida-lo para o jantar). Mas, se você quizer preparar um "Carreteiro", aí vai uma receita (com algumas dicas):

CARRETEIRO
Ingredientes para 4 pessoas:
1 kg. de charque;
350 g. de arroz;
1 cebola grande;
2 dentes de alho;
40 g. de toucinho ou bacon;
Água fervente suficiente para cozinhar o arroz;
Sal e pimenta a gosto.
Acompanhamentos:
1 recipiente com salsa e cebolinha bem picadas;
1 recipiente com ovos cozidos e triturados com auxílio de um garfo.
Modo de fazer:
Coloque o charque, cortado em pequenos cubos, em uma vasilha com água, trocando periodicamente, durante aproximadamente 12 horas.
Em uma panela de ferro (preferencialmente), derreta o toucinho (ou o bacon).
Se desejar um prato mais “gordo”, acrescente um pouco de óleo (ou azeite).
Doure a cebola, sem deixar escurecer, e acrescente o alho para fritar ligeiramente.
Coloque o charque, e a pimenta a gosto, acrescentando água fervente (1 xícara, mais ou menos).
Deixe cozinhar, por cerca de 20/30 minutos, acrescentando água, se necessário. Quando o charque estiver macio, deixe a água evaporar e acrescente, em seguida, o arroz.
Frite, ligeiramente, o arroz e acrescente água fervente (cerca de duas vezes o volume do arroz).
Verifique o sal e, se necessário, acrescente mais.
Deixe cozinhar com a panela semifechada até evaporar quase toda a água.
Sirva em seguida, permitindo que cada um sirva os acompanhamentos à vontade.


Dicas:

Se não dispuser de muito tempo para retirar o sal do charque, ferva-o, já picado, para tirar o sal, jogando fora a água desta fervura;
Sirva o arroz de carreteiro assim que ficar pronto, quente e sem estar bem seco;
O arroz cozinha em, aproximadamente, 20 min., dependendo do fogo;
Quanto mais tempo cozinhar o charque (antes de colocar o arroz), mais macio fica.



       O nosso quadro Fogão de Lenha, foi durante o início do programa conduzido por Léo Peter e, a cada semana, tínhamos deliciosas receitas, sempre seguidas de dicas para os ouvintes. Naqueles tempos, o programa ia ao ar durante 3 ou 4 horas. O tempo foi reduzido, o número de ouvintes aumentou (e muito), mas até hoje eu, e acredito que muitos dos ouvintes dos primeiros programas, sinto saudades da lenha daquele fogão que tomava conta de nossa imaginação durante a apresentação do quadro.

       Se você clicar na caixa abaixo, irá ouvir Palmeira & Biá, cantando de Palmeira e Mário Zan, a música "Arroz a Carreteiro".

  
      Aguardamos seus comentários e suas sugestões e, na próxima semana, tem mais receita na sexta-feira. Grande abraço, minhas amigas e meus amigos!    

Wilmar Machado


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

GALERIA SERTANEJA - Canto Alegretense

     A música Canto Alegretense está entre as mais populares do Rio Grande do Sul, cantada sempre com muita emoção pelos gaúchos, de forma especial pelos que vivem longe da pampa.

     Seus autores são Antônio Augusto Fagundes (o Nico) e Euclides Fagundes Filho (o Bagre).

     Nico Fagundes é bacharel em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e mestre em Antropologia Social, mas é muito reconhecido na cultura gaúcha como poeta, novelista, compositor, autor, ator e comunicador. Atualmente apresenta o programa Galpão Crioulo, com seu sobrinho Neto Fagundes, na RBS TV.

     Bagre Fagundes também é formado em Direito, foi funcionário do Banrisul, elegeu-se vereador no Alegrete, em 1976, e participou dos grupos “Os Angüeras” e “Inhanduy” (com seus filhos Neto e Ernesto). Atualmente, mantém uma coluna no jornal Diário Gaúcho e integra, com familiares, o grupo "Os Fagundes".

     Pode-se encontrar no Alegrete pessoas que não conheçam o Hino da cidade, mas será muito difícil encontrar alguém que não saiba cantar o Canto Alegretense. Para que você também possa cantar, enquanto escuta, publico a letra e a belíssima interpretação do grupo "Os Serranos" para esse verdadeiro hino da fronteira gaúcha.

CANTO ALEGRETENSE

Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão

Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no rio Ibirapuitã

Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí

E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros, vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer

E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão




      
 
      E aí? Gostou da nossa Galeria Sertaneja? Mande seu comentário e suas sugestões, utilizando o espaço abaixo, aqui no blog. Grande abraço para todos.

Wilmar Machado


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - Saudade

     A enciclopédia livre Wikipédia, na Internet, ao tratar de Tradicionalismo Gaúcho, diz que:

Em 1947 um moço, nascido em Santana do Livramento, chamado João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, estudante do Colégio Estadual Júlio de Castilhos viu um pano colorido, já desbotado, rasgado e sujo, sevindo de cortina em um bar de quinta categoria. Desconfiado, puxou uma das pontas: era a admirada bandeira do Rio Grande do Sul! Dizem que foi essa a única vez na vida em que Paixão Côrtes chorou. Então, como o governo do Estado ia trazer de Santana do Livramento os restos mortais do herói farroupilha David Canabarro, ele conseguiu reunir mais sete companheiros, cavalos e arreios e assim, bem pilchados e de-a-cavalo, oito rapazes deram escolta gauchesca de honra aos gloriosos despojos. Na Praça da Alfândega, onde fizeram um alto para uma cerimônia, aproximou-se deles um guri tímido, tipo precoce: Luiz Carlos Barbosa Lessa, de Piratini, por coincidência também estudante do “Julinho”. Logo depois, no mesmo lugar, outro moço, já mais velho, de óculos e poeta conhecido: Glaucus Saraiva. Assim se reuniu, meio por acaso, a Santíssima Trindade do Tradicionalismo gaúcho: Paixão, o dínamo propulsor. Lessa, o estudioso, o teórico. Glaucus, o organizador, o disciplinador. Poucos dias depois, sempre por iniciativa do Paixão, realizou-se no Colégio Júlio de Castilhos a primeira Ronda Crioula do Tradicionalismo. E a mais longa de todas: durou 12 dias, desde que um piquete de cinco cavalarianos recolheu no Altar da Pátria, na hora da extinção, a zero hora de 8 de setembro de 1947, uma “mudinha” da chama simbólica. Em rápida galopeada, queimando as mãos, os cinco levaram essa chama para inflamar o Candeeiro Crioulo armado no “Julinho”, onde ardeu até 20 de setembro, o Dia do Gaúcho, data magna do Rio Grande do Sul. Durante essa primeira Ronda Crioula houve festa com música, poesia, fandango, concursos e discursos. Verificado assim o enorme êxito, no que ajudou o convite que os rapazes fizeram a homens maduros, como Manoelito de Ornellas, Amândio Bicca e Valdomiro Souza, os moços resolveram fundar uma entidade permanente para a defesa das tradições gauchescas.

     Resgatei um pouco da história recente (pode-se dizer que ainda ontem, ou talvez anteontem, estávamos em 1947) do Rio Grande do Sul para mostrar em que momento Amândio Bicca inicia sua contribuição mais efetiva para com as tradições gaúchas.

     De Amândio Bicca foi a poesia que enriqueceu a nossa Tertúlia Nativa do último domingo e que, a seguir, publico na expectativa de que, independente de ter escutado durante o programa, vocês gostem desta bonita obra:



SAUDADE

Saudade é armada de laço
que aos poucos vai apertando,
enquanto a gente sonhando
com a liberdade passada,
não sente o aperto da armada
que aos poucos nos vai matando.

É tapera abandonada
no fundo de algum rincão.
Saudade é água passada
que deixa valos no chão,
é cruz de angico cravada
no alto de um coxilhão.

Saudade é coice certeiro
do tordilho de confiança,
cornada de vaca mansa,
punhalada traiçoeira
que embora a gente não queira
deixa a marca por lembrança.

A brasita que se esconde
entre as cinzas do fogão
conserva quente o galpão
onde o passado se apeia.
Saudade é brasa vermelha
nas cinzas do coração.

     O moço citado no início do texto da Wikipédia (João Carlos D'Ávila PAIXÃO CÔRTES) foi entrevistado pelo Canto da Terra no primeiro ano do programa, quando esteve em Brasília para participar de uma bonita festa folclórica no Teatro dos Bancários.

     Aguardo seus comentários sobre a poesia e sugestões para nossas próximas Tertúlias Nativas.

    Grande abraço para você, minha amiga, e para você, meu amigo!

Wilmar Machado

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - Nossa Senhora do Brasil

      No Oratório Campeiro de hoje, vamos juntos lembrar daquela mãe de todos nós, brasileiros, residentes aqui no Brasil ou no exterior, com a música de Bruno e Felipe, interpretada por Padre Marcelo Rossi, Bruno & Marrone, Nossa Senhora do Brasil.



        Que nossa Mãe Morena de Aparecida espalhe seu véu de proteção e amor por sobre todos nós.
        
        Se você gostou do nosso Oratório Campeiro, deixe seu comentário. Mas se você está pensando que precisamos melhorar, nos envie sua crítica. O Programa Canto da Terra quer, cada vez mais, estar próximo de você.




domingo, 17 de outubro de 2010

Abrindo a Porteira!

Minha amiga e meu amigo,

Estamos começando, hoje, o nosso Blog do Canto da Terra. Disse "estamos" porque este espaço é nosso e só terá sentido se contar com sua participação, com seu entusiasmo e com sua crítica.
Espero fazer deste nosso cantinho na Rede Mundial um espaço agradável para que vocês sintam vontade de repetir as visitas, que sempre serão motivo de muita alegria.
Para iniciar bem, estou deixando para vocês ouvirem (quantas vezes quiserem e sem precisar pedir para tocar) a música que foi a mais solicitada nos últimos programas: Um jantar para Jesus, de Lucian, com Deluccas e Lucian.
Espero que gostem!!!



Mandem seus comentários e peçam novas músicas!