Procura, diante dos acontecimentos ter as tuas reações, não as dos
outros.
(Agostinho da Silva)
Amigas e Amigos,
Após mais de vinte dias passeando por terras portenhas
(saboreando assados de variados tipos de cortes de carne), me dediquei hoje a
um antigo hábito que gosto de cultivar. Li um jornal impresso – após muitos
dias de atualização somente pelos portais dos nossos periódicos – e constatei
que o período não é mesmo de grandes mudanças.
Na capa
do Correio Braziliense encontro, como principal manchete, o destaque “O mundo
em crise e o Brasil de Férias”, informando que o país voltou a crescer além do
projetado pelo mercado e salientando o atestado da ONU de que os gastos dos
brasileiros viajantes contribuíram para a salvação do turismo no mundo.
No
Correio, na coluna “Nas entrelinhas”, pode-se perceber que a guerra de vaidades
entre PT e PMDB está começando, de olho nas próximas eleições, e a disputa pelo
maior número de prefeituras (o cargo de vice-prefeito – aquele que como todo
vice em nosso governo ganha para ficar parado – também entra nesse embate)
tende a ditar novos procedimentos para os próximos passos governamentais. Já há
quem diga que a propalada reforma ministerial será um “arranjinho” pontual e
com o pensamento voltado para os próximos palanques a serem visitados.
Sobre a
Justiça, o Correio trouxe uma matéria sobre “O julgamento, 13 anos depois do
assassinato” da deputada federal Ceci Cunha. São 13 anos de recursos
protelatórios (o nome que a justiça arrumou para embromação) e só está
acontecendo porque o Conselho Nacional de Justiça mandou apressar o julgamento.
Como toda tramóia envolvendo políticos em nosso país, esse julgamento também
está transformado em grande confusão, onde testemunhas e acusados trocam
versões (e caem em contradições) periodicamente.
Na “queda
de braço” entre o ministro Guido Mantega e o secretário executivo de sua pasta,
Nelson Barbosa, parece que a vantagem está com Barbosa, pois quando o ministro
disse que a crise européia era uma “marolinha”, o secretário falou que o
problema era mais grave e que poderia afetar a economia brasileira. Mas, nesse
caso, a “luta” continua...
Enquanto
o combate ao crack segue a passos lentos, após dois meses do lançamento do
programa federal, o BBB vira caso de polícia com um suposto estupro que, até
prova em contrário, desde o primeiro programa do gênero – em todas as emissoras
que se dispõem a apresentar esse tipo de “atração” – vem sendo estimulado pelos
responsáveis pelos programas, com excesso de bebidas, festas sensuais, alcovas
estimulantes e sei lá o que mais. Mas nada que não seja resolvido com um bom
acordo entre todos os envolvidos, pois os participantes se preparam para este
tipo de orgia, a emissora terá bons argumentos para convencer polícia e quem
mais vier sobre suas “boas intenções”, lembrando que as eleições já estão aí
e...
A nota
tragicômica fica por conta da página 5 do jornal, onde se encontra que a
ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria
do Rosário, está frequentando aulas noturnas no Detran-DF para recuperar a
Carteira Nacional de Habilitação (CNH), vencida e com multas por estacionar em
local proibido. Lembra a nota que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo,
também fez aulas no Detran-DF para recuperar a sua CNH, suspensa por uso de
celular enquanto dirigia. São apenas dois “grandes exemplos” de como nossos
ministros se preocupam com nossas leis – e até com nossa segurança. Ainda bem
que os ministros não precisam enfrentar o “stress” de uma reforma ministerial,
já que, no máximo, haverá uma marolinha na Esplanada.
Leitores
deste blog, como estive fora de nosso pais por alguns dias, inicio está semana
com Marcello Caminha, um dos maiores violonistas do Rio Grande do Sul,
interpretando de sua autoria “Alguém distante”.
Um grande abraço e boa
semana para todos!
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