Amigas e Amigos!
Recebi, tanto em meu e-mail pessoal quanto no do programa Canto da Terra, mensagens de amigos – alguns até muito empolgados – com um texto de Luís Fernando Veríssimo sobre a décima primeira edição do Big Brother Brasil.
O referido texto (algumas vezes, carrega o título “A Vergonha – crônica de Luiz(sic) Fernando Veríssimo sobre o BB”; outras, vem somente com assunto, no e-mail, preenchido com a expressão “Eu odeio o BBB – a pura verdade”; e, ainda outras, é apresentado com “O BBB (segundo Luiz(sic) Fernando Veríssimo)” carrega um falso moralismo, ácido, e alguns momentos de preconceito indisfarçável. Por tudo isso, desconfiei da autoria atribuída e continuei “navegando” na Internet.
Encontrei uma crônica do dia 30 de janeiro deste ano, no blog do Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat), assinada por Luís Fernando Veríssimo e com o título “Não é meu”. Nessa crônica, Veríssimo escreve que:
Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas ou se alteram suas feições, sua idade e sua quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada. A frase “prova fotográfica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar qualquer coisa fotograficamente. [...] Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura muito menos. Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge Luís Borges, que nenhum de nós escreveu — a não ser que o Borges esteja mandando matérias da sua biblioteca sideral sem que a gente saiba —, rolam na internet [...] Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha assinatura, que não é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no espelho todas as manhãs com alguma desconfiança. Esse cara sou eu mesmo? E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um eu apócrifo? E – meu Deus – se esta crônica não for minha e sim dele?!
Dada a quantidade de locais em que encontrei o falso texto, publicado com se efetivamente fosse de L.F. Veríssimo (se acharem que estou exagerando, usem uma página de busca na Internet para comprovação), fiquei imaginando se, daqui a pouco, aparecer o “verdadeiro” e medroso (ou, talvez, covarde) autor, dizendo: “Sim, fui eu mesmo que escrevi este texto. Eu, Luís (ou Luiz como divulgado) Fernando Veríssimo”. Será difícil para o verdadeiro e reconhecido Veríssimo provar que ele é ele mesmo. Até lá, os textos apócrifos não serão promovidos, ainda que (por deslumbramento, talvez, de quem os recebe) estejam a cada dia se espalhando mais.
Sem querer fazer qualquer tipo de censura (muito pelo contrário), acredito que cada um tem o direito de ler qualquer disparate que receba em seu e-mail. Gostaria de pedir, apenas, que não sejam tão rápidos ao repassar essas parvoíces para seus amigos, pois fico muito preocupado de que, muito em breve, amigos “repassadores dinâmicos de e-mail” acabem por se tornar “spams” nas caixas postais dos receptores de suas mensagens. E isso poderá ser “trágico” para a amizade, se descoberto...
Recordando um tempo em que “sobrevivíamos” sem e-mail, fui buscar no cancioneiro popular a música “Velhas Cartas”, de Tonico e Paioça, interpretada, aqui no blog, por Nardel Silva e Os Oliveiras.
Se sua caixa postal anda "cheia" dada a boa vontade de seus amigos, use o espaço de comentários, abaixo, para desabafar. Por aqui, deixo da porteira do Canto da Terra aberta para mais uma semana. Grande abraço!
Wilmar Machado
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