sábado, 19 de fevereiro de 2011

COM O PÉ NO ESTRIBO - PROBRES, RICOS E CONVERSA MOLE...

Amigas e Amigos!

          A semana encerra com a notícia do encontro dos ministros de finanças do G20 (grupo de países ricos e dos principais emergentes) na França para adoção de indicadores que permitam avaliar os desequilíbrios globais. Na página de Economia do portal G1 (http://g1.globo.com/) tem uma matéria, informando que:
A reunião, que teve início na véspera com uma recepção e um discurso oferecido pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, deve finalizar no meio da tarde com um comunicado que deve indicar o grau de aproximação produzido na questão dos indicadores, assunto que a delegação alemã demonstrou otimismo neste sábado. [...] O representante chinês, Xie Xuren, mostrou sua oposição que, entre os indicadores para avaliar os desequilíbrios globais, se incluam as taxas de câmbio e as reservas de divisas. [...] O ministro brasileiro, Guido Mantega, concordou com seu colega chinês em opor-se a limitação das reservas de câmbio, pelo menos enquanto persistir o atual sistema monetário internacional onde o dólar segue monopolizando o espaço. [...] Para o titular brasileiro também não é interessante utilizar como indicador dos desequilíbrios a balança de conta corrente, já que como os chineses estimam que os intercâmbios de serviços e os fluxos de capitais são elementos que podem distorcer o fundamental, os saldos comerciais.

          É interessante perceber o interesse do "grupo de poderosos (ainda que alguns não muito)" em diminuir desequilíbrios globais. Difícil é entender a defesa dessa "bandeira" ao pensar que o mesmo ministro que defende essas idéias, após ter o seu salário majorado (com aumento sem qualquer explicação convincente), defendeu o valor mais baixo para o salário mínimo (não faço aqui qualquer juízo de valor sobre se esse seria ou não o melhor valor para o referido salário mínimo), com pressão sobre os parlamentares.



          Essas coisas que acontecem por aqui, de repente não tem nada a ver com "desequilíbrio global", mas acredito que fomentam o "desequilíbrio nacional", onde o rico está cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre (mesmo com a infinidade de bolsas eleitoreiras que são distribuídas).

          Aí, para manter o ritmo do Com o Pé no Estribo de hoje, convido a ouvirmos Luís Goiano & Girsel da Viola com a múscia "O Pobre e o Rico". 


          Por ora, para terminar a semana, coloco o pé no estribo e deixo um grande abraço. Até a próxima.

Wilmar Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário