Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim.
A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política.
(Ernest Renan)
Amigas e Amigos,
No último domingo, dia 28, foi festejado Santo Agostinho, o santo converso, que, mesmo em seus momentos mais afastados de uma vida sadia, jamais foi acusado – e, muito menos, filmado, até porque ainda não havia sido inventada a câmera – de receber dinheiro para participar de esquemas como mostrado no filme sobre a compra da deputada absolvida, nesta terça-feira, por seus pares que, provavelmente, ficaram temerosos de serem os próximos a serem julgados. A pizza preparada pelos deputados deverá, como dita a lógica dos últimos julgamentos, ser assada pelo Supremo e servida para indigestão do povo brasileiro. Santo Agostinho se converteu por conta das intensas orações de sua mãe, Santa Mônica. A deputada escapou com a ação vergonhosa de seus “colegas” por alguma ação paterna que em nada poderá ser associada à oração.
Enquanto os deputados acreditam que a corrupção não é motivo para cassar um companheiro (ou uma companheira), o dinheiro público se esvai para contas escusas sem passar por perto da solução de problemas de segurança, educação e saúde neste Brasil. Em contrapartida, o Governo está trabalhando para “ressuscitar das cinzas” a CPMF – com nova roupagem e sem qualquer conotação de provisória – e abandonar promessas de campanha. Esta é a preocupação provocada pela matéria do portal G1 (http://g1.globo.com) ao afirma que:
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (30) que não descarta criar uma tributação exclusiva para financiar a saúde em substituição à Emenda 29, que fixa percentuais de investimentos da União, estados e municípios para o setor. Entre as opções analisadas também estão o aumento do DPVAT – imposto utilizado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito – e a tributação sobre jogos de azar. Após almoço com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e líderes da base aliada, Vaccarezza afirmou que a busca por outras fontes de financiamento para a saúde é agora a prioridade do governo. “Para ter uma saúde universal e de qualidade precisamos de mais recursos que os previstos na Constituição, nós precisaríamos de uma fonte extra de financiamento e é sobre isso que vamos nos debruçar até o dia 28 [de setembro]”, disse Vaccarezza. Na reunião, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), definiu 28 de setembro como o prazo final para colocar em votação a Emenda 29. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, já havia determinado aos líderes do governo que não permitam a votação de projetos que gerem aumento de gastos.
O blog Reinaldo Azevedo (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo) publicou um trecho de discurso da presidente da república, quando em campanha, e fez alguns comentários, conforme abaixo:
“Quando eu assumi o compromisso com a regulamentação da Emenda 29, o que tem por trás do meu compromisso é a certeza que nós entramos numa nova era de prosperidade; que esse país vai crescer, sim; vai arrecadar mais, que nós podemos, priorizando a saúde, ter recursos suficientes pra assegurar que haja saúde de melhor qualidade. A participação da União é fundamental”.De quem é a fala acima? Ora, da então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ela discursava na XIII Marcha dos Prefeitos, no dia 18 de maio de 2010.Pouco mais de um ano depois, alegando os riscos da crise internacional — que já existia no ano passado —, Dilma mobiliza a sua base CONTRA a Emenda 29, descumprindo de modo nada solene a sua promessa. E não parou por aí: acenou, por intermédio de prepostos, com a volta da CPMF, desrespeitando outra promessa de campanha. Dilma será, é batata!, fortemente elogiada pela decisão de ter reforçado o superávit primário em R$ 10 bilhões. Há muito de truque aí — e pouco de corte de gastos — por causa do aumento da arrecadação. [...] Não será a crise internacional que vai me levar a aplaudir um estelionato eleitoral consolidado — a sua mobilização para não votar a Emenda 29 — e outro anunciado: a tentativa de recriar a CPMF.
Santa Mônica, com uma vida de oração, conseguiu tirar seu filho de uma vida completamente desregrada e conduzi-lo à santidade. Para tirar os mais de 260 deputados que votaram a favor da corrupção criminosa no exercício do cargo de suas não muito claras vidas políticas e trazê-los para o caminho da representatividade com ética, acredito que seria atividade difícil mesmo que aparecessem centenas de santas como Santa Mônica. Por tudo isso, o Oratório Campeiro desta semana recomenda uma oração, pedindo a intercessão de Santo Agostinho, pedindo a conversão (ética) de nossos nem tão ilustres representantes.
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ORAÇÃO A SANTO AGOSTINHO
Tu, Senhor, que cuidas do mundo
E escolhes os homens para anunciar a felicidade,
Concede-nos que, através de Sto. Agostinho,
Te encontremos em nós mesmos
E caminhemos na perfeição do espírito.
Que sejamos capazes de amar a quem Te ama,
Ao amigo em Ti e ao inimigo por Ti;
Que nossa felicidade seja conhecer-Te,
Ainda que ignoremos tudo e fiquemos só contigo.
Tu, Senhor, que iniciaste uma obra de perfeição
Em cada um de nós e nos deste a vocação e liberdade
Para cumprir nosso destino,
Faz presente Tua promessa em cada um de nós
Para que sejamos felizes portadores
De Tua santidade e de Tua graça.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém!
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A música escolhida para hoje é “Iguais”, de Padre Zezinho, “a capella” com o grupo Cantores de Deus, que no próximo dia 7 de setembro gravará o DVD do “Show Mulheres”, ao vivo, no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, em São Paulo.
Até o próximo encontro e que a Paz de Cristo permaneça conosco!
Wilmar Machado
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