terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ABRINDO A PORTEIRA - COINCIDÊNCIAS OU MARACUTAIAS

Amigas e Amigos!   


          Neste final de segunda-feira, abro a porteira para que mais uma semana passe deixando boas novas, mas me deparo com uma notícia não muito agradável sobre o programa Segundo Tempo.

          Para entender um pouco do que é esse programa recorri à página do Ministério do Esporte, sobre a Iniciação Esportiva Educacional Segundo Tempo, ou simplesmente Segundo Tempo, onde se pode ler:
O Segundo Tempo como Programa Estratégico do Governo Federal tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

          O portal do Estadão (http://www.estadao.com.br), que se encontra sob censura há 570 dias, informou que a ONG (organização não governamental) Bola Pra Frente, dirigida pela vereadora Karina Rodrigues(ex-jogadora de basquete), do PCdoB, estaria cobrando uma taxa para implementação do programa federal Segundo Tempo, do Ministério do Esporte – que, talvez por coincidência, é comandado por Orlando Silva, também filiado ao PCdoB. Segundo o Estadão:
Para beneficiar 600 crianças na cidade de Cordeirópolis com o projeto do governo federal, a Bola Pra Frente cobrou da prefeitura uma taxa mensal de R$ 15 por aluno. Segundo os documentos, a prefeitura teve de pagar R$ 90 mil no ano passado para a ONG, em parcelas mensais, num prazo de 10 dias, após o "recebimento dos serviços". O prefeito da cidade decidiu não pagar mais pela intermediação, não renovou o contrato, e pediu em novembro passado, por ofício, a parceria direta ao Ministério do Esporte para "viabilizar a continuação do Programa Segundo Tempo" sem a necessidade de "empresas para assessoria". Até a semana passada, o ministério não havia respondido à prefeitura de Cordeirópolis.


         É interessante observar que, segundo a matéria, a ONG Bola Pra Frente, sem licitação – como assim? –, detém a prerrogativa de implementar o programa Segundo Tempo no interior paulista, o que a tornou a maior receptora de recursos providos pelo programa do Ministério do Esporte. Tudo isso fica um pouco mais preocupante se considerarmos a continuidade do texto do Estadão onde se pode ler que:
Em entrevista ao Estado, Karina Rodrigues admitiu que o prefeito que não paga não leva o programa do governo federal. "Eu não tenho como implantar o projeto na cidade dele", disse. Karina fundou a ONG e hoje atua como "coordenadora-geral". Recebe R$ 5 mil oficiais de salário da entidade. "A Bola pra Frente é a principal referência dentro do Segundo Tempo", disse o ministro Orlando Silva numa visita à cidade de Jaguariúna (SP).
          Ao final da matéria, o Estadão recorda que:
Reportagens publicadas ontem pelo Estado mostraram que o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, serve para gerar dividendos eleitorais e financeiros ao PC do B em todo o País. A reportagem visitou o programa em São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Brasília e Goiás e flagrou entidades de fachada recebendo recursos do projeto, núcleos esportivos fantasmas, outros abandonados ou em condições precárias com crianças expostas ao mato alto e todo tipo de detritos. Em algumas unidades faltam uniforme e calçados para as crianças, os salários de funcionários estão atrasados e a merenda, vencida.

          Em sendo verdade tudo o que foi escrito pelo portal, fica ainda a dúvida sobre a declaração do Ministro sobre a Bola Pra Frente ser a “principal referência”. Referência em ...?
          A única "referëncia" recordada aqui é a utilizada por Mário Barbará Dorneles e Sérgio Napp na música "Desgarrados", interpretada, abaixo, pelo próprio Mário Barbará. Espero que os programas do Ministério do Esporte não leve a nossa juventude para esse difícil caminho por conta de  "duvidosas amizades", de competência ainda mais duvidosa.  
 
 
          Está aberta a porteira para mais uma semana. Grande abraço!
 
Wilmar Machado

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