terça-feira, 3 de maio de 2011

ABRINDO A PORTEIRA - ESTOU DE VOLTA!

Amigas e Amigos!

 De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça. 
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui Barbosa


               Depois de algumas semanas de ausência – viajando para descansar um pouco em Kissimmee e Miami (Flórida) e aproveitando para fazer um cruzeiro pelo Caribe, saindo de Fort Lauderdale (Flórida), com escalas em St. Maarten, St. Thomas e Nassau – estou de volta ao blog do Canto da Terra.


               Foi um período pequeno mas o mundo não parou. Após queda de ditaduras históricas, populações buscam encontrar novos caminhos. Na Inglaterra, um casamento real tenta reescrever com novas tintas uma história que não deu muito certo algumas décadas atrás. Em Roma, o Papa João Paulo II – que ainda vivo já era visto como Santo – foi, finalmente, beatificado. Nos Estados Unidos, em clima de festa, Obama anuncia a morte de Osama – que deve ter “matado de inveja” o antecessor George, o filho. E no Rio de Janeiro, o Flamengo tornou campeão carioca invicto e – como me foi lembrando ontem pelo meu filho Leonardo Peter – fez o Botafogo vice da Taça Guanabara, o Vasco vice da Taça Rio e o Fluminense vice do Campeonato Carioca.

               Mas, voltando a viagem... O que sempre me chama a atenção durante esse tipo de passeio é pensar como os preços das mercadorias se apresentam mais atraentes em um país onde não há necessidade de explorar a população ativa com taxações e impostos exorbitantes para sustentar uma massa de corrupção de proporções descabidas.

               Em algumas situações, acredito que os impostos em patamares elevadíssimos se tornem necessários para manter uma “máquina” (aparentemente funcionando com alguma forma de energia rudimentar) governamental quase emperrada.

               Aqui no Brasil, por exemplo, não costumamos questionar porque o custo médio de nossos deputados e senadores atingem patamares superiores a R$ 10 milhões por ano, enquanto nosso salário mínimo (R$ 545,00) mal passa do R$ 6,5 mil por ano, ou seja, cada deputado custa cerca de 1.560 salário mínimos por mês ou mais de 18.700 salários mínimos por ano.

               Na França, as informações indicam que o custo anual de um parlamentar é R$ 2,8 milhões para um salário mínimo superior a R$ 3 mil, o que resulta em menos de 880 salários mínimos por ano. E se a França é muito distante, observe-se a vizinha Argentina, onde o custo anual de um parlamentar é de R$ 1,3 milhões contra um salário mínimo superior a R$ 700, resultando em pouco mais de 1.800 salário mínimos por ano. Portando, aproximadamente 10% do custo dos nossos (cada vez mais inoperantes e cada vez mais inoportunos) parlamentares. E olhem que não estou nem mencionando a decorativa Câmara Distrital que, até hoje, não descobri a razão da existência.

               E para marcar o retorno, a música escolhida é de um tempo em que os enganos eram bem menores que os “mensalões”, de PT, DEM e outros parceiros, quando tudo podia até ser mais divertido: o saudoso Luiz “Lua” Gonzaga canta “Dezessete e setecentos”, do próprio Gonzaga em parceria com Miguel Lima.


               Até o próximo encontro e um grande abraço!

Wilmar Machado.

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