sexta-feira, 13 de abril de 2012

FOGÃO DE LENHA – TRACALHICE, COSTELA E PIRÃO


Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa
para ser um mentiroso de êxito.
(Abraham Lincoln)




Amigas e Amigos,

  
Não tomados os devidos cuidados com conduta e imagem de seus integrantes, poderá o principal partido brasileiro de situação deixar de ser lembrado como dos trabalhadores para ser associado à tracalhice. A bravata mais recente foi o jeitinho que tentaram os seus representantes na hora de instalar a CPI do DEM(óstenes), preocupados em não retornar ao mensalão – que as principais cortes jurídicas buscam tornar caduco por decurso de prazo.

Não fosse uma CPI – cujos finais nem sempre conseguem ser superados pelas conclusões das telenovelas brasileiras – e as eminências pardas – que fizeram parte do jogo de cena onde o afastamento simulado de partido não impediu que essas “autoridades” continuassem como manda-chuvas – estariam a demonstrar alguma preocupação.

Juntem-se ao jeitinho da CPI, as entrevistas do governador do DF sobre a completa falta de conexão entre ele e o contraventor Cachoeira. Claro que essa informação foi acompanhada da fanfarrice sobre o escândalo que, segundo o governador Agnelo, “é do DEM e do PSDB. Não é nem de Brasília, nem do PT. É especificamente de Goiás. Há uma tentativa, que eu chamaria desesperada, porque pega fatos soltos, frágeis, contraditórios e inconsistentes. Tentam fazer uma ligação com o meu governo. Mas o Governo do DF não tem ninguém indicado por esse grupo”.

O governador, que nunca tinha encontrado o bicheiro, lembrou de um encontro lá pelos idos de 2009, ou 2010. O governo que não tem nada a ver com a crise já perdeu dois representantes. E se descobrirem que é o “zero-um” ou o “magrão”... Independente disso, seria interessante ver esse governo trabalhar um pouco, pois consegue boa parte da dinheirama que é retirada de forma impositiva de seus cidadãos sem que apareça qualquer investimento (ou o campo de futebol vai solucionar todos os problemas).

Os cidadãos da capital federal dispõem hoje de uma polícia fazendo greve branca (segundo algumas informações, incentivada por representante do legislativo distrital), de hospitais públicos matando até crianças e de uma rede de educação completamente abandonada, mesmo com uma longa de greve de professores cujos direitos foram execrados pelo patrão.



Na proximidade de mais um fim-de-semana, onde não só em Brasília conviveremos com todos esses problemas, restará testarmos uma receita que nos faça, pelo menos na hora da refeição, esquecer de poderes e lembrar só prazeres. A sugestão de hoje é uma costela com batatas e agrião, acompanhada de pirão que pode ser servida, ainda, com arroz branco e um bom pão francês.


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COSTELA COM PIRÃO

Ingredientes:
1 e ½ kg de costela bovina (cortada em pedaços pequenos)
4 colher(sopa) de massa de tomate
3 colheres(sopa) de óleo
½  xícara(chá) de vinagre
1 kg de batatas descascadas e cortadas em 4
1 pimentão vermelho picado
4 dentes de alho amassados
1 cebola grande bem picada
2 folhas de louro
1 maço de agrião picado
4 tomates picados
1 litro de água (aproximadamente)
Sal, pimenta do reino e cheiro verde a gosto

Ingredientes para o pirão:
Caldo do preparo da costela (aproximadamente ½ litro)
2 xícaras(chá) de farinha de mandioca crua


Modo de preparar:

Lavar bem a costela.
Temperar com alho, sal, vinagre, pimenta do reino e louro.
Na panela de pressão, adicionar o óleo.
Dourar os pedaços de costela por 10 min. (aprox.).
Acrescentar a cebola e dourar ligeiramente.
Adicionar a água e tampar a panela.
Cozinhar na pressão, por 30/40 minutos.
Tirar a pressão e abrir a panela.
Colocar batatas, tomates, pimentão, massa de tomate.
Se necessário, acrescentar mais água.
Mexer bem, tampar a panela.
Cozinhar, em fogo brando, por cerca de 10 min.
Retirar do fogo e abrir a panela, novamente.
Separar a costela e as batatas em uma travessa.
Acrescentar o agrião ao caldo quente na panela.
Retirar o agrião e colocá-lo na travessa.
Despeje um pouco de caldo por sobre os ingredientes.
Polvilhe com parte do cheiro verde.

Preparo do pirão:

Levar o caldo que ficou na panela ao fogo brando.
Acrescentar o cheiro verde.
Colocar a farinha de mandioca aos poucos.
Mexer devagar até consistência cremosa (de 3 a 5 min.).

Sugestão: servir a carne com o pirão, acompanhados de arroz branco.


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         A música para este Fogão de Lenha é “Juntando os Gravetos”, de Mauro Moraes, interpretada pelo saudoso José Cláudio Machado em dupla com Luiz Marenco.

  

       Um grande abraço, bom apetite e até o próximo encontro,


2 comentários:

  1. O principal partido brasileiro de situação está carente de trabalhadores... ou bateram a cabeça e esqueceram suas origens, ou já deram o que tinham que dar e estão chegando na fase do Alzheimer.
    As bravatas não são um privilégio do DF, ao menos o RS está nas mesmas condições.
    Amei a receita. Amanhã já testo o pirão que adoro e nunca consigo acertar. Com as medidas vai ser fácil. Também adorei a costela, mas vou testar outro dia... amanhã pra gaúcho é dia de churrasco e descanso da cozinheira!
    Não ouvi a música, ainda! ...e pretendo ler publicações anteriores. Parabéns, adorei este blog.

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  2. Liete,
    Obrigado pelo carinho em relação ao Blog. Espero que o pirão tenha sido um sucesso.
    Quando estiver lendo publicações anteriores, tenha certeza de que seus comentários serão sempre muito bem vindos.
    Um grande abraço
    Wilmar Machado

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