Entraram em Cafarnaum.
No sábado, Jesus foi à
sinagoga e pôs-se a ensinar.
Todos ficaram
admirados com seu ensinamento,
pois ele os ensinava
como quem tem autoridade, não como os escribas.
(Marcos 1,21-22)
(Marcos 1,21-22)
Amigas e Amigos,
Por tudo que leio e escuto sobre a prática de ilícitos em
nosso país, tenho cada vez mais clara a opinião de que não nos faltam leis, mas
aplicação de leis. A possibilidade de pequenas penas ou a certeza de impunidade
levam a um crescimento da desobediência a leis como a observada nos noticiários de cada
dia.
A Folha de São Paulo noticiou em seu portal na última
segunda-feira que:
A comissão de juristas que prepara anteprojeto da reforma do Código Penal no Senado aprovou nesta segunda-feira (23) a criminalização do enriquecimento ilícito. Significa que devem responder na Justiça os servidores, juízes ou políticos, por exemplo, que não puderem comprovar a origem de valores ou bens, sejam eles móveis ou imóveis. A previsão de pena varia de 1 a 5 anos. Além disso, o bem deverá ser confiscado. Para o relator da reforma, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, trata-se de 'um momento histórico na luta contra a corrupção no Brasil'. "Criminalizamos a conduta do funcionário público que enriquece sem que saiba como. Aquele que entra pobre e sai rico", afirmou. Segundo Gonçalves, não há qualquer previsão desta natureza hoje no Código. "O país está descumprindo tratados internacionais contra corrupção, que determinam a criminalização. Estamos levando essa proposta para o Senado e os representantes do povo vão discuti-la", completou. O texto prevê ainda que a punição seja aumentada em metade ou dois terços caso a propriedade ou posse seja atribuída a terceiros. Caso se prove também o crime que deu origem ao enriquecimento, como corrupção ou sonegação, por exemplo, o réu deixa de responder por enriquecimento ilícito e passa a responder pelo outro crime, que, em geral, tem a pena mais alta. A mudança do anteprojeto de reforma do Código Penal deve ser entregue até o fim de maio para votação do Senado. Em seguida, as modificações serão apreciadas pela Câmara dos Deputados.
Com esse “momento histórico na luta contra a corrupção no
Brasil” (conforme a matéria), vislumbro como grande mudança nas atitudes dos
infratores a possibilidade de uma nova preocupação para seus advogados, que
lhes poderão exigir maior remuneração por conta das novas penas estipuladas. Como o
“enriquecimento” favorece o pagamento, o problema para o relacionamento dos
meliantes com seus defensores estará praticamente resolvido.
Se a infração for praticada por um parlamentar, a situação
será simplificada, pois não haverá necessidade da contratação de defensores.
Nesses casos, uma CPI se arrastará por longo tempo até concluir que não tem
qualquer conclusão e o caso será encerrado.
Pelo exposto, pode-se concluir que “o momento histórico”
marca a criação de mais uma lei. E só! Veio-me ao pensamento que Deus precisou
de apenas 10 leis para dar origem a um grande número de religiões que até hoje
se submetem a essas mesmas leis e fiquei imaginando o que poderia ter
acontecido se Ele tivesse solicitado a uma comissão de apóstolos juristas a criação
de leis para os homens – talvez, continuassem criando leis até hoje sem
qualquer resultado prático.
Neste dia 25 de abril, celebra-se a Festa de São Marcos, o
evangelista responsável pelo chamado segundo evangelho – apesar de ser o
primeiro a ser escrito –, o mais curto e com uma abordagem especial da paixão
de Jesus. Marcos, ou João Marcos, escreve para mostrar que Jesus é o Messias, o
Filho de Deus, a Boa Nova que Deus encaminha para todos nós.
Como sugestão para esta semana, pode-se invocar a intercessão
de São Marcos pelos que criam e aplicam leis neste nosso Brasil para que
verdadeiramente tenhamos leis que nos permitam – como cidadãos – uma vida com
qualidade.
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ORAÇÃO A SÃO MARCOS
EVANGELISTA
Ó
Deus,
Que
concedestes a São Marcos,
Vosso
evangelista,
A
glória de proclamar a Boa Nova,
Dai-nos
assimilar de tal modo seus ensinamentos,
Que
sigamos fielmente os caminhos do Cristo,
Que
convosco vive e reina
Na
unidade do Espírito Santo.
Amém!
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A música escolhida para este Oratório Campeiro é de Zé Vicente, interpretada pelo próprio Zé Vicente, "Pão em Todas as Mesas", nos chamando a uma reflexão sobre o tempo Pascal que estamos experimentando.
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