terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - NATAL

Amigas e Amigos!

          Estamos na semana do Natal. Por curiosidade, hoje, percorri um bom número de portais de notícias e jornais, na Internet, buscando alguma lembrança dessa data. Li, em número não muito significativo, alguma referência a Papai Noel (nem sempre positivas) e, em maior número, muitos convites ao exercício comercial propiciado pela época.

          Até que - grata surpresa - encontrei no Jornal do Brasil (http://www.jb.com.br/), do Rio de Janeiro-RJ, um artigo da professora e téologa Maria Clara Bingemer, publicado hoje, com o título "Serão chamados filhos de Deus". Abaixo, transcrevo alguns trechos desse artigo, por acreditar que mereçam nossa atenção:
Natal não é ponto de partida, mas de chegada.  O povo que esperava o Salvador teve seu desejo atendido! Recebeu o que esperava. [...] Avesso ao caos, à desordem, à balbúrdia, o ser humano anseia pela paz. Seu mais profundo desejo é que finalmente essa paz venha e se instale em seu coração, em sua cidade, em suas relações, em seu país. Desejo adiado, adiado, e às vezes tão pisoteado. Parece que a má notícia da paz e da desordem teima em ocupar espaço, fazer barulho, bloquear a boa-nova de que a paz é possível. E que se encontra entre nós alguém capaz de fazê-la acontecer. E, no entanto, em meio a essa situação de desavença, ousamos celebrar o Natal. E assim proclamamos que nossa espera foi plenificada. Recebemos o que tanto desejávamos e esperávamos. “ Nasceu-nos um menino – disse o profeta Isaías ao rei que tinha ao lado a esposa grávida... e ele se chamará... Príncipe da Paz”. [...] No Natal celebramos o nascimento do Príncipe da Paz.  Ele é o único que pode nos dar aquilo que mais desejamos e esperamos.  Mas nós somos responsáveis pela construção e consolidação dessa paz por ele dada, tão cara e fundamental para a vida.

          A responsabilidade pela construção e consolidação da paz, conforme citado no texto, não está entre as tarefas mais simples. Talvez pela dificuldade de exercermos essa responsabilidade, nos entregamos mais facilmente a um Papai Noel, vestido para baixas temperaturas enquanto passamos por momentos de temperaturas elevadíssimas em todo país. E esse "velhinho camarada" nos propõe atividades bem mais simples do que construir e consolidar a Paz. Ele nos convida a comprarmos e trocarmos presentes na noite de Natal, esquecendo que nasce, mais uma vez com poucos "pastores" próximos, o Principe da Paz.

         Não vejo como ruim a troca de presentes. Presentear alegra quem recebe e, na maioria das vezes, alegra muito quem oferece o presente. A troca de presentes sem qualquer sentido é que não consigo considerar razoável. Então, que se troque presentes, mas não nos esqueçamos de homenagear o Senhor de nossas vidas, o Príncipe da Paz que não pede muito para nascer novamente: quer apenas encontrar corações abertos para acolhê-Lo.

          Vamos ouvir a canção "Dádiva de Lã", de Luiz Carlos Borges (que no sábado se apresentou lá em Pelotas-RS, onde eu estava, e não tive tempo para assistir esse show), interpretada pelo próprio Borges, acompanhado por Renato Borghetti.


          Por aqui, deixo a porteira do Canto da Terra aberta e um grande abraço para todos!
 
Wilmar Machado

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