quarta-feira, 15 de junho de 2011

TERTÚLIA NATIVA - INSEGURANÇA PÚBLICA EM BRASÍLIA

Estou convencido de que o mundo não é um mero pântano
onde homens e mulheres se jogam... e morrem.
Algo magnificente está ocorrendo aqui em meio às crueldades e tragédias
e o desafio supremo à inteligência é fazer prevalecer
o que há de mais nobre e melhor em nossa curiosa herança.
(Charles A. Beard)


Amigas e Amigos,

               Começo a Tertúlia Nativa saudando Dom Sérgio da Rocha, anunciado hoje pelo Papa Bento XVI como o novo Arcebispo de Brasília, onde deve chegar daqui a aproximadamente dois meses. Dom Sérgio é paulista de Dobrada, onde nasceu no dia 21 de outubro de 1959.  Foi ordenado no dia 14 de dezembro de 1984, fez mestrado em Teologia Moral na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutorado na Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

               Ao tempo em que Brasília se prepara para receber com alegria seu novo Arcebispo, aconteceu, ontem, uma situação muito desagradável na Asa Sul, onde a residência dos amigos Adécio e Carminha foi invadida por bandidos no início da manhã. Carminha foi feita refém com suas duas filhas, a mais velha está grávida, e com Ir. Clara, que visitava a família. A negociação com os bandidos – reincidentes – durou aproximadamente 6 horas, quando eles foram presos após liberação das reféns. O perrengue por que passou essa família expõe uma situação perceptível por qualquer habitante de Brasília: a falta de policiamento nas ruas. E a situação fica mais crítica ainda quando essa constatação é confirmada hoje pela própria Secretaria de Segurança, conforme matéria do Correio Braziliense (http://www.correiobraziliense.com.br) hoje:
O drama vivido pelos reféns da 711 Sul confirma o aumento da criminalidade e da insegurança nas quadras 700. Dados do 1° Batalhão da Polícia Militar (BPM), na Asa Sul, apontam que, de janeiro a abril deste ano, 15 ocorrências, entre furtos e roubos, foram registradas apenas no local onde dois bandidos fizeram ontem quatro mulheres reféns. O número de casos encosta no total de 2009, quando houve 17 assaltos só na 711 Sul — a localidade ocupou o topo das mais perigosas daquele ano, entre as 36 quadras das 700. Em 2009, a 1ª Delegacia de Polícia, responsável pela área, investigou 1.153 crimes na Asa Sul, o equivalente a três ataques por dia. [...] O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, admitiu que o Plano Piloto é uma região crítica na questão da criminalidade. Para tentar inibir a ação de bandidos nas asas Sul e Norte, ele prometeu intensificar o patrulhamento. “Estamos avaliando os pontos em que há a necessidade de aumentar o efetivo”, afirmou. O secretário também admitiu que a PM trabalha hoje com uma defasagem de cerca de 4 mil servidores, o que dificulta o emprego da tropa com mais eficiência. Hoje, a corporação conta com 14 mil policiais. Desses, segundo o secretário, 7 mil estão destacados para o policiamento ostensivo, mas, por causa de algumas escalas de plantão, apenas 2,7 mil diariamente combatem a violência. Avelar disse que 800 recrutas devem começar a trabalhar nos próximos meses.


               Observando esses números, fica a impressão de que somente a metade trabalharia, pois 7 mil não estão destacados para policiamento ostensivo. O que até poderia ser razoável, não fosse desesperador observar que pagamos salários para 14 mil policiais e somente 2,7 mil combatem a violência. Por mais que se busquem explicações para este fato, e por mais que as autoridades encontrem desculpas para o contingente de policiais ocioso, o que fica é a sensação de que mais uma vez os altíssimos impostos que pagamos servem para garantir “cabide de empregos” no lugar de segurança pública. E aí?

               Aí, só publicando o causo escolhido essa semana. Lembrando que o amigo Adécio Sartori tem sua vida dedicada a educação, como renomado professor – além de comunicador e colega nas Rádios Nova Aliança, aqui em Brasília –, e busca atualmente um novo desafio como representante da população do DF na Câmara Legislativa – ficou como suplente nas últimas eleições –, escolhi um causo, divertido, de um professor ligado a política com um desfecho pouco convencional.


=====================================
O PROFESSOR POLÍTICO
                                  Luis Alberto Ibarra

               O Colégio Estadual Dom Hermeto tem esse nome em homenagem ao primeiro Bispo de Uruguaiana, cujo nome completo era Hermeto José Pinheiro, natural de Alagoas. Funcionou inicialmente junto ao antigo Colégio Elementar, nas proximidades da estação ferroviária, ocupando todo o quarteirão onde depois passou a funcionar também a Escola Normal Elisa Ferrari Valls.



               Conta-se que na face da rua Júlio de Castilhos havia uma árvore histórica, onde D. Pedro II amarrara seu cavalo e até sesteara, durante a Guerra do Paraguai. Sua majestade efetivamente estivera à frente dos Exércitos da Tríplice Aliança – Brasil, Uruguai e Argentina – contra Solano Lopes, e a rendição dos paraguaios acontecera a pouca distância desse local, segundo o historiador Raul Pont, onde hoje existe um marco – o Obelisco.

               Assim, é possível a veracidade do acontecido, confirmado por alguns e desmentido por outros.

               O fato é que a árvore “imperial” sempre foi respeitada na importância de sua majestade.

               Uma diretora da Escola decidiu plantar mais árvores no lado que dava para a Av. Flores da Cunha, na esperança de que outras autoridades viessem, não amarrar suas solitárias montarias, mas abrigar a tropilha de cavalos de seus modernos carros.

               Para isso, solicitou a colaboração do engenheiro agrônomo e professor José Manuel Blanco que, junto comigo, empreendeu a tarefa.

               Dado que o terreno era ingrato, foi uma luta imensa arborizar aquela área, após muita adubação e rega. Infelizmente, pouco tempo depois, algumas árvores foram sacrificadas para dar lugar a um aumento da Escola.

               Mais recentemente, o Ginásio transferiu-se para nova área entre as ruas 15 de novembro e 13 de maio, próximo aos quartéis.

               Bem, mas isto apenas para descrever o cenário onde se passou este “causo”.

               Um certo professor também político havia marcado a prova para a turma da noite sem dar-se conta que a data coincidia com a realização de um comício. Das as questões, sentou à mesa e abriu o jornal para inteirar-se das novidades políticas.

               A turma aproveitou e “colou” à vontade. E foi entregando a prova pronta.

               Mas um aluno muito tímido, não tinha coragem para colar e ficou sozinho na sala de aula.

               O professor começou a impacientar-se e olhar o relógio com freqüência.

               Como já estava na hora de começar o comício e o aluno não se decidia, estourou:

               – Mas bah, guri! “Cola” de uma vez que eu não posso perder o comício!...


=====================================

               A música de hoje, mantendo a expectativa de melhores dias para a segurança pública, é a divertida “O Alemão e o Delegado”, de Luiz Lara e Bruno Neher, na interpretação do grupo “Os 3 Xirús”.



               Um grande abraço e até a próxima,

Wilmar Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário