sexta-feira, 1 de julho de 2011

GALERIA SERTANEJA -

Com o dinheiro podemos comprar muitas coisas, mas não o essencial para nós.
Proporciona-nos comida, mas não apetite;
remédios, mas não saúde; dias alegres, mas não a felicidade.
(Henrik Ibsen)


Amigas e Amigos,

               Na Galeria Sertaneja de hoje, quero apresentar uma matéria publicada na página de Notícias do portal Terra (http://noticias.terra.com.br), hoje sobre uma denunciada fraude milionária no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (NEMS). O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF-RO) pediu, hoje, o afastamento imediato da diretora do citado Núcleo, Maria de Fátima Lozich França, por meio de uma ação civil de improbidade administrativa.




               A diretora Maria de Fátima é acusada de - juntamente com mais quatro pessoas e duas empresas - de enriquecimento ilícito através de fraudes milionárias com aluguel de veículos. Diz, ainda, a matéria que:
Maria de Fátima assumiu a função em 2009, e sucedeu os diretores Tânia Magalhães e Dilson Abreu, que foram alvos de acusações de irregularidades. Conforme o MPF, a dirigente manteve as práticas da antiga gestão, com recebimento de diárias sem viajar e retorno antecipado de servidores que estavam viajando para o interior, sem exigir a devolução de benefícios recebidos. O órgão também identificou deslocamentos sem justificativas, de equipes a municípios já visitados. As investigações apontaram que apenas no ano de 2007, durante a direção de Tânia e Abreu, o Núcleo do Ministério da Sáude em Rondônia gastou mais de R$1,6 milhão com pagamento de locação de veículos e superou, neste quesito, todas as unidades do Ministério da Saúde no País, com exceção de São Paulo, que não informou os valores gastos. O dinheiro correspondia na época a cerca de 60% do orçamento do NEMS. Conforme informações do MPF, na ocasião, a empresa de locação de veículos era a Ambiental Transportes, que também prestava o mesmo serviço para Eletronorte. Ao comparar os preços praticados pela Ambiental, descobriu-se que o valor cobrado para o NEMS era 136% superior ao cobrado para a Eletronorte. Desta forma, o superfaturamento ficou evidente. No mesmo ano, a Ambiental Transportes também foi favorecida com um aumento de 7,65% nos valores já superfaturados. Servidores do NEMS simularam uma cotação de preços para um "reajuste contratual", fazendo a pesquisa em duas empresas ligadas ao mesmo dono da Ambiental Transporte - José Rocélio Mendes. O reajuste ainda foi pago antecipadamente e causou prejuízo de mais de R$146 mil aos cofres públicos. Todo o trâmite foi facilitado por Abreu, substituto de Tânia na direção do NEMS. Em interrogatório policial, Dilson Abreu confessou que beneficiou a Ambiental Transportes ainda na licitação. O mesmo benefício foi feito para a segunda empresa contratada pelo NEMS, a Madeiras Fleet. Os réus da ação, que teve origem em 2007, são a atual chefe do Núcleo, Maria de Fátima Lozich França,  Tânia, Abreu e as empresas Ambiental Transportes e Madeira Fleet, além dos empresários José Rocélio Mendes e Nelson Ari Foletto. O MPF pediu a condenação de todos às penalidades previstas na Lei da Improbidade Administrativa, além do pagamento de R$1 milhão a título de danos morais. O processo ainda está em tramitação.

               O que preocupa é as chances que existem - pela tradição de similaridade nessa terra - de nada que possa ser  caracterizado com punição acontecer com os envolvidos nessas barbáries administrativas, mesmo que elas sejam provadas e comprovadas. Pior ainda é imaginar que a possibilidade de sequer ocorrer a devolução do dinheiro público surrupiado durante os últimos anos. 

               E o Impostometro - que foi citado em outra postagem aqui no blog - continua mostrando os números absurdamente crescentes referentes ao que nos é subtraído na forma de impostos federais, estaduais e municipais. Enquanto nenhuma atitude - digna, ética e sem demagogias baratas - não for tomada, a tendência é aumentar a necessidade de arrecadação para sustentar todas essas mazelas da pseudo-administração pública. 

               Para "homenagear" os que "cuidam" com tanta dedicação e decorro desses nossos impostos arrecadados, a música escolhida para a Galeria de hoje é de Domiciano e Dalvan, com o título "Massa Falida".

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MASSA FALIDA
                                   Domiciano e Dalvan
Eu confesso já estou cansado
De ser enganado com tanto cinismo 

Não sou parte integrante do crime

E o próprio regime nos leva ao abismo. 

Se alcançamos as margens do incerto

Foram os decretos da incompetência 

Falam tanto sem nada de novo

E levam o povo a grande falência! 



Não aborte os seus ideais 

No ventre da covardia 
Vá a luta empunhando a verdade 
Que a liberdade não é utopia! 


Os camuflados e samaritanos 

Nos estão levando a fatalidade,
Ignorando o holocausto da fome,


Tirando do homem a prioridade.
O operário do lucro expoente

E a parte excedente não lhe é revertida,
Se aderirmos os jogos políticos
Seremos síndicos da Massa falida! 


Não aborte os seus ideais
No ventre da covardia 
Vá a luta empunhando a verdade 
Que a liberdade não é utopia! 


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               E a interpretação de "Massa Falida" está a cargo de Duduca & Dalvan.


               Um grande abraço e até a próxima.

Wilmar Machado

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