A
cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira;
a
que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas.
(Padre
António Vieira)
Amigas e
Amigos,
As notícias de hoje mostram o
vice-presidente Michel Temer conclamando o PMDB se preparar, unido e forte,
para as eleições de 2012. O que chamou a atenção é que esse pedido foi feito em
discurso sussurrado pelo vice durante o fórum nacional do partido, em Brasília.
Inicialmente, pensei que Michel Temer
falava baixo por vergonha de pertencer a um partido envolvido em tantas situações
constrangedoras proporcionadas por seus ministros demitidos por suspeitas
(talvez até um pouco mais do que apenas “suspeitas”) de envolvimentos em
desvios de verbas públicas e improbidade administrativa. A fraca voz não tinha
nada a ver com vergonha, mas estava relacionada a problemas, provavelmente, com
a baixa umidade de Brasília.
Acredito que o “toque” mais “surreal” desse
fórum do primeiro partido que “não é de direita, não é de esquerda, nem é de
centro” (o Kassab está tentando fundar o segundo partido com essa mesma
proposta filosófica) ficou para seu presidente, Raupp, que entende serem as
recentes trocas de ministros no atual governo “parte da democracia”. Segundo o
portal G1 (http://g1.globo.com), o presidente
do PMDB teria afirmado que:
as três substituições de ministros do PMDB feitas pela presidente Dilma Rousseff ocorreram a pedido dos próprios ministros. "[Nos casos dos ministros que saíram] não houve comprovação de absolutamente nada. Todos eles pediram para sair. Wagner Rossi, que a presidente não queria que saísse, pediu para sair, e agora Pedro Novais também", afirmou. Desde o começo do governo Dilma Rousseff, três ministros do PMDB deixaram seus cargos. Wagner Rossi, da Agricultura, Pedro Novais , do Turismo e Nelson Jobim, da Defesa - os dois primeiros após denúncias de irregularidades; Jobim após criticar colegas de ministério.
Não dá para ignorar o pronunciamento do
líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, ao se referir a esse processo de
troca de ministros como natural, quando disse que:
"O partido respondeu da melhor maneira possível, com rapidez e precisão, ou seja, deu as respostas que precisavam ser dadas", disse. Para Calheiros, Gastão Vieira é um dos "melhores quadros do PMDB", e a crise no Turismo é "página virada".
E antes que o PMDB encaminhe para o
Vaticano a proposta de beatificação em vida de seus “santos ministros”, seria
interessante indagar como será devolvido todo o dinheiro desviado na gestão
desses ministros. Informações extra-oficiais dizem que as pizzas já foram
encomendadas para mais um final como o dos últimos escândalos.
Com esses ventos nada alvissareiros que
sopram pelo planalto central do país, a música escolhida para essa Galeria
Sertaneja é “Vento Negro”, de José Fogaça, conforme a letra abaixo.
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VENTO NEGRO
José Fogaça
Onde a terra começar
Vento Negro gente eu sou
Onde a terra terminar
Vento negro eu sou
Quem me ouve vai contar
Quero luta, guerra não
Erguer bandeira sem matar
Vento Negro é furacão
Tua vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro, campo afora
Vai correr
Quem vai embora tem que saber
É viração
Dos montes, vales que venci
No coração da mata virgem
Meu canto, eu sei, há de se ouvir
Em todo o meu país
Não creio em paz sem divisão
De tanto amor que eu espalhei
Em cada céu em cada chão
Minha alma lá deixei
Tua vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro, campo afora
Vai correr
Quem vai embora tem que saber
É viração
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A interpretação de “Vento Negro” é com o
grupo “Os Almôndegas”, que contava com os irmãos Kleiton & Kledir iniciando
a carreira.
Um grande abraço e até a próxima!
Wilmar Machado
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