quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

GALERIA SERTANEJA - INTERNET GRÁTIS E O CAVALO PRETO


             
Prefiro o sonho à ilusão; no sonho sabe-se que temos os olhos fechados
 na ilusão julgamos tê-los abertos.
(Condessa Diane de Beausacq)

Amigas e Amigos,

            Na madrugada de hoje, o portal d’O Estado de São Paulo (http://www.estadao.com.br) trouxe uma boa notícia para os viajantes de nosso país sobre internet ilimitada e gratuita nos aeroportos brasileiros, conforme promessa da Infraero, com prazo máximo da medida até março do próximo ano.

            Segundo o portal, o acesso gratuito a internet, hoje, está restrito a somente 15 minutos antes do embarque em Cúbica, Congonhas, Galeão e Brasília. Diz a matéria que:
Hoje restrita a apenas 15 minutos antes do embarque, a internet sem fio gratuita nos aeroportos agora vai ser ilimitada. A decisão é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que tem 20 dias para contratar uma ou mais empresas de telefonia que vão prestar o serviço. A estatal garante que todos estarão conectados a partir do começo do ano que vem - março é o mês limite para a medida entrar em vigor. A decisão vai valer nos aeroportos de São Paulo (Cumbica, Congonhas, Viracopos e Campo de Marte), Rio de Janeiro (Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá), Belo Horizonte (Confins e Pampulha), Brasília, Manaus, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Natal, Salvador e Cuiabá.

            É um começo, e apenas um começo, pois o acesso “ilimitado” está dentro de certos limites ditados pela região geográfica do início da viagem, ou seja, a “regra imposta pela Infraero é que a internet gratuita só pode ser usada a partir do aeroporto de origem”. O gratuito é válido, também, na circunstância acima, pois na volta, se quiser ter acesso deverá pagar pelo tempo de conexão.

            Ainda segundo o Estadão, os locais de acesso gratuito e ilimitados (na ida) terão algumas restrições, conforme publicado:
A internet livre não vai ficar disponível no aeroporto inteiro - somente na área de embarque, depois do raio X. Para que o passageiro consiga se conectar à rede, duas alternativas estão sendo estudadas. A primeira é deixar o processo funcionando como é hoje: com o cartão de embarque na mão, o passageiro vai ao balcão de informações da Infraero e pega um cartãozinho com uma senha e um passo a passo de como se conectar. [...] A segunda alternativa é negociar com as empresas o desenvolvimento de um aplicativo específico que o usuário possa baixar em vários equipamentos - computador, tablet ou smartphone - e, com ele, fazer login e senha para entrar na internet.

            Como a Galeria Sertaneja desse Blog é o espaço para a publicação de uma letra, seguida de sua interpretação, de alguma obra caipira ou regional de nossa música brasileira, vamos conhecer (ou relembrar) uma moda campeira escrita por Anacleto Rosas Jr, que nasceu em 18 de julho de 1911, em Mogi das Cruzes (SP), e morreu em 4 de fevereiro de 1978, em Taubaté (SP). Essa moda é “Cavalo Preto”, gravada em 1946 pela dupla Palmeira e Luizinho.



            Nessa história, um “caboclo folgado” viajava muito sem preocupação com acesso a internet, mesmo que grátis e ilimitada, sendo conhecido “por esse Brasil inteiro”. Imagino que com toda essa popularidade, com os 15 minutos grátis de internet, teria um séqüito considerável no Twitter e diversos perfis lotados no Facebook.


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CAVALO PRETO
                             Anacleto Rosas Jr.

        Tenho um cavalo preto por nome de ventania 
        Um laço de doze braças do couro de uma novilha 
        Tenho um cachorro bragado que é pra minha companhia 
        Sou um caboclo folgado, ai eu não tenho família. 

        No lombo do meu Cavalo eu viajo o dia inteiro 
        Vou de um estado pra outro, eu não tenho paradeiro 
        Quem quiser ser meu patrão me ofereça mais dinheiro 
        Eu sou muito conhecido por esse Brasil inteiro. 

        Tenho uma capa gaúcha que troquei por boi carreiro 
        Tenho dois pelegos grandes que é pura lã de carneiro 
        Um me serve de colchão, o outro de travesseiro 
        Com minha capa gaúcha eu me cubro o corpo inteiro 

        Adeus que eu já estou partindo vou posar noutra cidade 
        Depois de amanhã bem cedo quero estar em piedade 
        Deus me deu este destino e muita felicidade 
        Onde eu passo com meu preto deixo rastro de saudade! 


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            Para ouvir a música acima publicada, escolhi a interpretação de da primeira gravação dessa música que teve um regravação muito conhecida, 1970, por Sérgio Reis, e mais recentemente pelos irmãos Victor e Léo. Vamos ouvir, então, Palmeira e Luzinho cantando "Cavalo Preto".


  
            Um grande abraço para todos e até o próximo encontro.

Wilmar Machado

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