terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ABRINDO A PORTEIRA - E SE FOSSE HOJE?



Experimentai a felicidade da dedicação e entrega,
a felicidade da modéstia e simplicidade e a felicidade da cooperação e solicitude!
Nenhum outro caminho vos conduz tão rápida e tão seguramente
no sentido do conhecimento da unicidade e sacralidade da vida!
(Herman Hesse)



Amigas e Amigos,

         Mais uma segunda-feira, abrindo a porteira para mais uma semana. O comentário de hoje está associado a uma matéria da Folha de São Paulo (http://www.folha.uol.com.br), de hoje, onde é feita referência a um texto – sobre um livro que faz sucesso ao listar arrependimentos de doentes terminais – publicado no site do jornal “The Guardian”, no dia 1º de fevereiro, com grande repercussão internacional.

         Na Folha, pode-se encontrar que:
Nada de desejos como pular de paraquedas ou visitar as pirâmides. Pessoas que estão prestes a morrer arrependem-se de ter trabalhado demais, não ter encontrado tempo para os amigos ou de ter deixado de viver a vida que, de fato, sonhavam. Pelo menos é o que retrata a enfermeira australiana Bronnie Ware, especializada em cuidados paliativos, no livro "The Top Five Regrets of the Dying" ("Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte", em tradução livre).
         Sites que comercializam o livro dizem que a autora – Bronnie Ware – buscou um trabalho que lhe trouxesse alegria ao coração após muitos anos de trabalho que não lhe satisfaziam. Mesmo sem formação ou experiência, dedicou longos anos de sua vida ao cuidado de pacientes terminais, o que acabou transformando sua própria existência. Para apresentar os arrependimentos que lhe eram expressos por aqueles que ela acompanhava, criou um blog na Internet, que acabou acessado por mais de três milhões de pessoas do mundo inteiro.







         No livro “The Top Five Regrets of the Dying: A Life Transformed by the Dearly Departing” – segundo a autora, uma consequência de solicitações dos leitores de seu blog – Bronnie  compartilha sua própria história pessoal, na tentativa de mostrar seu entendimento possibilidade de se fazer as escolhas certas para encontrar a paz de espírito antes da morte.

          A Folha apresenta um gráfico em que aparece a citação dos cinco maiores arrependimentos para antes da morte. No “The Guardian”, do dia 1º de fevereiro, esses cinco “pesares” testemunhados por Bronnie estão mais detalhados e, num pequeno resumo, são eles:
·        Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim (quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, percebem mais claramente quantos sonhos ficaram por realizar);
·        Eu desejaria não ter trabalhado tanto (testemunho dos pacientes que perceberam ter perdido a juventude de seus filhos e companheirismo da/o parceira/o);
·        Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos (as pessoas se vêem em uma existência medíocre por abafarem seus sentimentos, preocupados em uma convivência pacífica com outros);
·        Eu gostaria de ficado mais tempo com meus amigos (manifestação de arrependimentos profundos em relação ao pouco esforço e dedicação de tempo a amizades que, acreditam, mereceriam); e
·        Eu desejaria ter-me feito mais feliz (muitos, presos a velhos padrões e hábitos, não percebem que a felicidade é uma escolha pessoal).

Ainda conforme as reportagens, a autora afirmou que: "As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a morte e experimentam uma série de emoções que inclui negação, medo, arrependimento e, em algum momento, aceitação". É importante deixar bem claro que Bronnie trabalhava com pacientes terminais, com câncer, e em suas últimas semanas. Deixo tudo isso bem claro para, conforme o “The Guardian” perguntar para você que está lendo: Qual seria seu último arrependimento se hoje fosse seu último dia de vida?

         Para acompanhar a sua reflexão com a questão deixada acima, escolhi a música “A Vida do Viajante”, de Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil, interpretada por Maria Dapaz (que eu admiro desde que ainda era Maria da Paz), no CD que carregou essa música como título e foi indicado ao Grammy Latino, como Melhor CD Regional, em setembro de 2004, em Los Angeles.



Um grande abraço e até a próxima!

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