A desordem é sinal de
ausência de autoridade.
(Santo Atanásio)
Amigas e Amigos,
O portal
G1 (http://g1.globo.com) publicou hoje, no
início da tarde, mais uma notícia sobre o churrasco regado a cerveja, com muita
música e banhos de piscina, promovidos por detentos da carceragem de uma
delegacia do norte do estado do Paraná, no mês de dezembro de 2011.
No momento em que essa balbúrdia foi divulgada pela RPC TV, no
dia 8 de fevereiro, o delegado responsável pela carceragem, Alessandro Luz,
disse não ter conhecimento da festa e que abriria um inquérito para apurar se
houve ou não falhas de conduta por parte dos funcionários da delegacia. Notícias
do dia 10 de fevereiro informaram que o referido delegado fora afastado de suas
funções pela Secretária de Segurança Pública do estado.
Na matéria do G1, hoje, pode-se ter uma idéia um pouco
melhor da farra dos marginais realizadas na delegacia de Bandeirantes-PR com
dinheiro público, dentro de uma carceragem onde os presos usam aparelhos
celulares sem qualquer repressão e onde os responsáveis pelo xilindró não vêem o
que acontece, não sabem o que se passa e, mesmo trabalhando, são surpreendidos
por notícias televisivas sobre seu ambiente de trabalho. Só está faltando
alguém denunciar que o assador e os garçons eram funcionários da delegacia. Diz
o citado portal que:
De acordo com a Corregedoria, a piscina que aparece nas imagens foi usada mais de uma vez. Um dos presos disse em depoimento que ela foi comprada pela filha dele. A mangueira que encheu a piscina também entrou clandestinamente na delegacia. A corregedoria disse ainda que a festa mostrada nas imagens foi registrada na véspera do Natal. A cerveja que os presos consumiram entrou escondida em caixas de leite. Agora, a Corregedoria quer desvendar se houve falha dos carcereiros durante a revista das visitas ou se houve facilitação para que todo o material pudesse entrar na cadeia.
Eu fico imaginando o tamanho da possível falha, investigada
pela Corregedoria, conforme a notícia, que permite a entrada em uma prisão de uma
piscina de 2 mil litros, de um rolo de mangueira para encher a piscina, de cerveja
para uma farra, de aparelho de som (porque festa sem música é muito sem graça), de churrasqueira,
carvão e carne para o churrasco e de celulares para os detentos. E nenhum
funcionário percebeu qualquer patuscada até virar notícia em um telejornal.
Nesta
Galeria, a letra e música de “O Alemão e o Delegado”, de Luiz de Lara e Bruno
Neher, para mostrar que uma delegacia pode ser mais inocente – sem deixar de
ser divertida – do que a de Bandeirantes.
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O ALEMÃO E O DELEGADO
Luiz de Lara e Bruno
Neher
Delegado de polícia conhecia
a profissão
Prá ele não existia um caso
sem solução
Até que um certo dia na
delegacia entrou
Um alemão bem nervoso e
desse jeito falou :
- Eu vim fazer um queixa,
acabo de ser roubado
Só quem pode me ajudar é o
senhor seu delegado
Enquanto eu trabalhava veja
que um tipo qualquer
Entrou lá no meu casa e
roubou o meu mulher
O delegado sorriu, desse
jeito respondeu:
- Parece até uma piada todo
esse problema seu
O senhor deve ser louco,
nunca vi ninguém mais bobo
Quando que roubar mulher foi
considerado roubo ?
- Oba oba! para ali uma
veiz, espera ali seu doutor
É melhor olhar direito
nesses livro do senhor
Pois eu não pode entender
porque motivo e razon
Quem roubou o meu mulher não
possa ir prá prison
Delegado disse assim: Vou
explicar a verdade
Saiba que sua mulher não é
sua propriedade
Veja se entende bem esta
minha explicação
Quem roubou sua mulher, prá
lei não é um ladrão
- Oba oba! Já pode parar já
de novo
Me responda seu doutor,
De quem é esse relógio aí no
pulso do senhor ?
É um relógio bonito muito
dinheiro valeu
Como é que o senhor me prova
que esse relógio é seu?
O delegado irritado já
saindo do normal
Disse: O relógio é meu tenho
aqui nota fiscal!
- Há há há bichon! Muito bem
seu delegado,
O senhor chegou no ponto que
eu queria ter chegado
Eu tenho junto comigo
certidão de casamento
Vale mais que essa nota, é
um grande documento
Assinada pelo juiz com a
benção do vigário
Com diversas testemunhas e
registrada em cartório
Aonde o meu mulher jurou
comigo ficar
Até o dia em que a morte
viesse nos separar
Mas como eu não morri e nem
ela está morta
Se vire seu delegado, que eu
quero ela de volta!
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A
interpretação é do Grupo “Os Três Xirús”.
Um grande abraço e até a
próxima!
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