quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ORATÓRIO CAMPEIRO – PELOURINHO E DOM BOSCO




E entregaste a eles esta terra, que tinhas prometido a seus antepassados,

terra onde correm leite e mel.




Amigas e Amigos,


Se perguntarem o que Dom Bosco tem a ver com o Pelourinho, posso garantir que não tenho qualquer idéia. O motivo do título da postagem de hoje está relacionado à festa de Dom Bosco, celebrada nesta terça-feira, e a noticias sobre uma festa ocorrida no Pelourinho, em Savador-BA, no último dia 22 de janeiro.


Começo falando da festa com toques de tragédia, ocorrida em Salvador, e que, segundo a sucursal da Bahia do portal G1 (http://g1.globo.com) nesta terça-feira, resultou na perda do globo ocular de uma participante do evento. Diz a notícia do  que:
Após oito dias, a Polícia Militar  de Salvador abriu um inquérito para apurar a denúncia de agressão de um PM a uma cozinheira, no dia 22 de janeiro, durante o show do Olodum, no Pelourinho. Na ocasião, Almerinda Neves, 34 anos, estava no público do evento quando um dos policiais militares que faziam a segurança no local desferiu golpes de bastão no meio do público e um deles atingiu a cozinheira, que foi socorrida por populares. Almerinda acordou dois dias depois, após ser transferida do Hospital Geral do Estado para o Hospital do Subúrbio. No hospital ela soube que havia perdido o globo ocular do olho esquerdo. [...] Almerinda conta também sobre a preocupação com o futuro seu e do seu filho de 12 anos. "Eu dependo do meu trabalho para sustentar o meu filho. Só o senhor meu Deus para dizer se poderei voltar a trabalhar ou não", lamenta. A Polícia Militar informou que 150 agentes trabalhavam no show e que um inquérito foi aberto para investigar o caso. “Vamos verificar efetivamente o policial militar que tenha cometido essa possível infração e, uma vez identificado, abriremos um processo administrativo disciplinar através de nossa Corregedoria. O policial militar, sendo realmente o acusado identificado, será punido disciplinarmente pela PM e pode chegar ser demitido da corporação”, afirma o coordenador de Planejamento de Operações do 18° Batalhão da PM, Adilson Santana. Almerinda foi à corregedoria da PM, na Pituba, para solicitar o reconhecimento do agressor.

         Entre o acontecimento e a notícia publicada pelo G1 decorreram 8 dias. Esse tempo todo não foi suficiente para identificar o policial. E, se e quando for identificado, o policial estará sujeito a uma punição exemplar: “poderá ser expulso da corporação”. A expulsão, para mim, seria apenas uma conseqüência da possível barbárie objeto da denúncia feita pela cozinheira que perdeu um olho. A necessária exemplar punição somente poderia ocorrer após o processo e julgamento do policial acusado de agressão.

         Fica a impressão de que logo o Botafogo será esquecido da máxima popular, que passará a ser conhecida como “Têm coisas que só acontecem no Olodum”. Pois além desse acontecimento, uma notícia de 30 de maio de 2011, também do G1, dava conta de que um jovem, conhecido com Pé de Bolo, de 21 anos teria sido morto em uma festa do Olodum, também no Pelourinho, quando três mulheres e uma criança, de 11 anos, ficaram feridas pelos disparos efetuados.

         Naquela ocasião, o noticiário dizia que o presidente do Olodum teria descrito a entrada de um homem pelo telhado. Esse homem teria, segundo o presidente, ido direto a vítima já disparando tiros.

         No outro dia, 31 de maio, o portal “Correio” (http://www.correio24horas.com.br), de Salvador-BA dizia que o jovem citado na notícia anterior já havia sido identificado como traficante e que a morte fazia parte de um “ajuste de contas”. E a “fantasia” da entrada pelo telhado ganhou nova versão, segundo o “Correio”:
O acesso ao show do Olodum, no Largo Pedro Archanjo, na noite de anteontem, só era permitido após revista. “Eu estava com a máquina fotográfica e os seguranças pediram pra ver o que tinha dentro. Não entendo como aquela arma entrou”, diz uma amiga da mulher de Diogo. Segundo uma fonte ligada à segurança, o autor dos disparos entrou pela porta principal, acompanhado por duas mulheres. Em nota, a direção do Olodum informou que o autor dos disparos driblou o acesso pela portaria, que é protegida por vigilantes de uma empresa especializada contratada em todos os eventos. 

         Deixando de lado as histórias mal contadas, ocorridas na bela capital baiana, volto a lembrar São João Bosco (João Melquior Bosco), esse santo italiano nascido em 1815. Foi ordenado sacerdote em 1841 e ficou em Turim, iniciando seu apostolado de educação de crianças e jovens carentes.





         Em 1859, Dom Bosco reuniu um grupo de jovens educadores e fundou a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, fundou, também, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Consta que quando lhe perguntavam sobre tudo o que fizera, respondia sempre, com um sorriso sereno, que: “Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez”.

         Dom Bosco morreu no dia 31 de janeiro de 1888, foi beatificado em 1929 e canonizado em 1934. Foi proclamado “modelo por excelência para sacerdotes e educadores.

         A memória de São João Bosco é celebrada, de modo particular, em Brasília-DF, onde é o Padroeiro Arquidiocesano Secundário da própria Arquidiocese, que o honra com Paróquias, Capelas e uma Ermida, no Lago Sul, de onde é possível observar um belíssimo por do sol sobre a Capital Federal.

         Lembrando a vida e a obra de Dom Bosco, recomendo hoje uma oração para esta semana, pedindo que Dom Bosco proteja nossa juventude nas festividades onde a segurança nem sempre está a serviço dos jovens cidadãos.


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ORAÇÃO DE SÃO JOÃO BOSCO


Ó Deus, nosso Pai,

Por intercessão de São João Bosco,

Velai sobre nossos jovens.

Dai-lhes fé e força necessária

Para não se deixarem seduzir pelo mundo da droga,

Da violência e do pecado.

Que encontrem em Vós

A única Luz capaz de orientar suas vidas

E que se sintam responsáveis

Pela paz, pela justiça e pela fraternidade no mundo.

Amém!


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Para acompanhar a oração escolhida, deixo abaixo uma interpretação do Trio Ir ao Povo de uma música que lembra muito a dedicação de Dom Bosco a sua obra. Essa música é "Há mil pobres lá fora", escrita pelo Padre Zezinho.


Com votos de uma ótima semana, que a Paz de Cristo permaneça conosco!


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