quarta-feira, 27 de junho de 2012

ORATÓRIO CAMPEIRO – JOSEMARÍA E JOSÉ MARIA, SANTOS!


Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres,
ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas.
Todos aqueles que ouviam o menino
ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas.
(São Lucas 2,46-47)





Amigas e Amigos,

Esta terça-feira de festas juninas traz uma agradável notícia para a educação brasileira, com a criação de 77 mil cargos em universidades e institutos federais. Desses cargos, mais da metade são para professores.

A Lei 12.677, sancionada hoje pelo governo, que cria 77.178 cargos efetivos, cargos de direção e funções gratificadas para o Ministério da Educação é objeto de matéria no portal G1, que informa:
As vagas são destinadas às universidades e aos institutos federais de ensino e foram publicadas na edição desta terça do "Diário Oficial da União". Do total, 56% das novas vagas são para docentes: 19.569 são cargos de professor de terceiro grau, que integram a carreira do magistério superior, e 24.306 são cargos efetivos de professor do ensino básico, técnico e tecnológico. A lei criou ainda 27.714 cargos de técnicos administrativos, além de 1.608 cargos de direção, em quatro categorias diferentes, e 3.981 funções gratificadas em três categorias. No texto assinado pela presidente Dilma Rousseff, ficam extintos 2.751 cargos de técnicos-administrativos e 2.013 funções gratificadas de categorias inferiores às criadas nesta terça. [...] Além disso, a criação de novas unidades e das vagas "dependerá da existência de instalações adequadas e de recursos financeiros necessários ao seu funcionamento". Segundo o texto, "os cargos e funções criados por esta lei destinam-se às instituições federais de ensino superior, institutos federais de educação, ciência e tecnologia, ao Instituto Nacional de Educação de Surdos, ao Instituto Benjamim Constant, às escolas técnicas e colégios de aplicação vinculados às instituições de ensino superior, aos centros federais de educação tecnológica e ao Colégio Pedro II".  

As alvíssaras para essa boa nova se revestem de alguma obscuridade pelo aparente descaso dedicado pelo mesmo governo que cria os cargos para com os que ocupam cargos semelhantes nas instituições de ensino superior. Essa desconsideração fica evidente na notícia do mesmo portal G1, do último dia 18, quando foi publicado que:
A reunião que estava programada para esta terça-feira (19) entre o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e representantes dos professores e servidores para discutir a greve nas universidades federais foi adiada. [...] A assessoria da secretaria do ministério confirmou o adiamento e alegou envolvimento do ministério com outras questões de governo esta semana. Além disso, houve pouco tempo desde a última reunião para definir uma proposta consolidada para os professores que estão em greve há pouco mais de um mês que agregue vários setores do governo, como o Ministério da Educação, a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. [...] A greve dos professores das universidades federais completou um mês neste domingo (17). O movimento começou em 17 de maio e, segundo o sindicato nacional (Andes), atualmente professores de 54 instituições federais de ensino superior paralisaram as atividades: 49 universidades (cerca de 90% do total) e cinco dos 40 institutos ou centros federais de educação tecnológica estão parcial ou totalmente parados. Estudantes de pelo menos 19 das 46 universidades também entraram em greve para pedir melhores condições de ensino. Segundo a Andes, a greve afeta mais de 1 milhão de alunos.

A publicação acima dá idéia de que os ministérios do governo que cria cargos têm “questões de governo” tão importantes que tornam insignificantes a paralisação dos ocupantes de cargos semelhantes aos criados por um período que ultrapassa um mês. Para não parecer que o pouco-caso é direcionado para os educadores, novas evidências surgem para demonstrar que a indiferença é com a educação no sentido amplo. Os estudantes entram em greve por melhores condições de ensino e, em momento seguinte, os servidores de universidades federais também aderem ao movimento por melhores condições de trabalho.

Fica a percepção de que educação é importante para “fazer pose”, mas a intenção dos que deveriam ser responsáveis pela consolidação dessa eterna “promessa de campanha” é eternizá-la como promessa, cada vez mais. O lado melancolicamente jocoso dessa situação está representado no gracejo de estudantes de universidades públicas que afirmam saber a data de início de seus cursos, mas que a conclusão – independente de aprovações em todas as disciplinas – é sempre uma equação, onde uma incógnita (maior do que 1) é multiplicada pelo número de semestres do curso.

Neste Oratório Campeiro, lembramos de dois Santos, fundadores de obras para as quais conseguiram incontáveis seguidores a partir da educação pelo exemplo de suas vidas. Falo de São Josemaría Escrivá e de São José Maria Hurtado.



São Josemaria Escrivá de Balaguer e São José Maria Hobles Hurtado


São Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro, Huesca, na Espanha, no dia 9 de janeiro de 1902. Com autorização do seu bispo, em 1927 foi para Madri, com o objetivo de formar-se em Direito. Um ano depois, durante um retiro espiritual, pediu a Deus para mostrar-lhe com clareza o que precisava ser feito e fundou a Opus Dei, um caminho moderno de evangelização para a Igreja. A missão da Opus Dei é a de promover entre os fiéis cristãos de qualquer condição social uma vida plenamente coerente com a fé no meio do mundo e contribuir, assim, para a evangelização de todos os ambientes da sociedade. Josemaría morreu em consequência de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975, em seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lançou o seu último olhar. Foi Beatificado no dia 17 de maio de 1992 e foi canonizado em 6 de outubro de 2002 pelo papa João Paulo II na praça de São Pedro em Roma.

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a Constituição anticlerical e antirreligiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu. Dentre os mártires desse período, encontramos padre José Maria Robles Hurtado, que nasceu em Mascota, Jalisco, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado". No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, e mantido assim até morrer. O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles.

Como sugestão deste Oratório, fica uma oração escrita por São Josemaría, pedindo a intercessão de Maria Santíssima, a quem podemos nos dirigir para que a responsável pela educação de Cristo interceda pela educação em nosso país.
        
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ORAÇÃO DE SÃO JOSEMARÍA ESCRIVÁ

Maria, Mãe de Jesus,
Que O criou, O educou e O acompanhou
Durante a Sua vida terrena
E que agora está junto d’Ele nos céus,
Nos ajudará a reconhecer Jesus
Que passa ao nosso lado,
Que se faz presente
Nas necessidades dos nossos irmãos, os homens.

Santa Maria, esperança nossa,
Escrava do Senhor,
Sede de Sabedoria,
Roga por nós!
Amém!

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         A música escolhida para este Oratório é do Padre José Fernandes de Oliveira, o Pe. Zezinho, interpretada por ele mesmo, e tem por título "Águia Pequena"




Um grande abraço e que a Paz de Cristo permaneça conosco!

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