quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

GALERIA SERTANEJA - CHEIRO DE RELVA

Amigas e Amigos!

          Hoje, na novela "Passione", da Rede Globo, vi uma "vovó", que para ser considerada um mau elemento teria de melhorar muito o seu comportamento, responsável por transformar uma de suas duas netas (a mais velha) em um tremendo mau caráter. A mais nova escapou de ser vendida para um "amiguinho" tarado da vovó por intervenção da vizinhança e... e mais não perguntem porque não sei da trama toda. No capítulo de hoje a bandida da velhinha aparece fora da cadeia por ação de um bom advogado contratado pelo marido da neta mais e que é uma pessoa considerada "de grandes posses".

          Na hora, lembrei da revista Veja (http://www.veja.abril.com.br/) desta semana, que traz na seção "Panorama-Datas", uma referência, no dia 23 de novembro, passado, sobre a condenação pela Justiça Paulista do médico Roger Abdelmassih a 278 anos de prisão. Ele foi considerado culpado pela consumação de 52 estupros e pela tentativa de mais quatro, entre os anos de 1995 e 2008. Diz a nota, ainda, que a promotoria considerou a pena pequena e pretende recorrer. Na página da Veja, na Internet, diz também que: "Abdelmassih chegou a ficar preso por quatro meses no ano passado, mas foi solto em dezembro de 2009 por determinação do Supremo Tribunal Federal. A mesma decisão permite agora que ele recorra à condenação do TJ-SP em liberdade". A clínica desse médico condenado ficava em um dos bairros caros de São Paulo.

          A ficção se aproxima da realidade, conforme os dois parágrafos acima, quando vemos que estar dentro ou fora da cadeia é diretamente proporcional ao saldo bancário do acusado (ou de seus amigos). Você lembra algum pobre preso injustamente e que tenha sido solto por uma nobre ação de algum Tribumal (Supremo, Superior ou outro), defendendo a inconstituicionalidade, ou a ilegitimidade, (ou qualquer outra ...ade) da ordem que jogou o injustiçado na prisão? Pode ser que apareça, mas não vai ser muito fácil lembrar.

          Que isso não cheira muito bem, tenho certeza. Mas para hoje, preparei algo muito melhor de se sentir, e de se ouvir: a canção "Cheiro de Relva", de autoria de José Fortuna e Dino Franco.

         José Fortuna nasceu em Itápolis (SP), no dia 2 de outubro de 1923, e morreu em São Paulo, capital, no dia 10 de novembro de 1983. Em 1947, formou com o irmão, Euclides Fortuna, a consagrada dupla Zé Fortuna & Pitangueira. Segundo o Dicionário Cravo Albin: "Em 2010, Euclides Fortuna, o Pitangueira lançou o livro 'Vida e arte de Zé Fortuna e Pitangueira', pela Editora Fortuna. O livro traz uma biografia da vida pessoal e artística do compositor José Fortuna, juntamente com seu irmão Pitangueira, retratando a infância, a luta para alcançar reconhecimento na carreira artística, o sucesso com o Trio 'Os Maracanãs', o trabalho nos circos e inspiração, indo até a morte de José Fortuna em 1983".

          Dino Franco, nome artístico de Osvaldo Franco, nasceu no dia 8 de setembro de 1936, em Paraguaçú Paulista (SP) e começou a cantar em 1949, em uma rádio de sua cidade natal. O nome artístico Dino Franco só foi assumido em 1968, após ter sido Pirassununga (em dupla com Tibagi), Junqueira (em dupla com Juquinha) e, novamente, Pirassununga (em dupla com Piratininga).

          "Cheiro de Relva" foi gravado, entre outros, por Dino Franco & Mouraí, Irmãs Galvão, Chitãozinho & Xororó e Daniel. Mas a interpretação escolhida para hoje é de Paula Fernandes, jovem cantora e compositora de Sete Lagoas (MG), logo abaixo da letra da música.

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CHEIRO DE RELVA
José Fortuna e Dino Franco

Como é bonito estender-se no verão
As cortinas do sertão na varanda das manhãs
Deixar entrar pedaços de madrugada
E sobre a colcha azulada
Dorme calma a lua irmã.

Cheiro de relva
Trás do campo a brisa mansa
Que nós faz sentir criança
A embalar milhões de ninhos
A relva esconde as florzinhas orvalhada
Quase sempre abandonadas
Nas encostas dos caminhos.

A juriti madrugadeira da floresta
Com seu canto abre a festa
Revoando toda a selva
O rio manso caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva.

O sol vermelho se esquenta e aparece
O vergel todo agradece
Pelos ninhos que abrigou
Botões de ouro se desprendem dos seus galhos
São as gotas de orvalho
De uma noite que passou.
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          E aqui terminamos mais uma Galeria Sertaneja. Semana que vem tem mais.
 
          Enquanto aguardo os seus comentários, logo abaixo, deixo para todos um grande abraço!

Wilmar Machado       

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