domingo, 31 de julho de 2011

PROSA DE DOMINGO - FESTIVAL DO BODE

Era desses caras que cruzam cabra com periscópio
pra ver se conseguem um bode expiatório.
(Stanislaw Ponte Preta)

Amigas e Amigos,

               Está terminando mais um domingo e no interior do Ceará chega ao fim uma festa em homenagem ao bode, conforme noticiado pelo portal G1(http://g1.globo.com). A 10ª Tejubode começou na última sexta-feira, no parque de exposições da cidade de Tejuçuoca, distante 142 km de Fortaleza.

(Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)

               Segundo o portal, esse Festival que está terminando hoje tem como grande atração uma feira para mostrar o que pode ser feito a partir de bodes, como comidas, artesanato, livros, chaveiros, bolsas e até lingerie com detalhes em couro do animal. O pessoal da região aproveita a festa para melhorar um pouco a renda familiar, conforme noticiado no G1:
A artesã Edmir da Cruz, 41 anos, vende peças decorativas na feira e produziu um pequeno bode para a festa. Ela cobra R$ 6,00 pela obra e acredita terá bom lucro na feira. José Neto, 54 anos, "o baixinho do couro", faz questão de dizer que fabricou as bolsas  para as placas do evento a serem entregues às autoridades. Na feira, ele vende bolsas e sandálias feitas de couro de bode. [...] O festival gastronômico é dos principais atrativos da feira. Em um dos primeiros estandes, pode-se encontrar um cardápio variado feito a base de bode: churrasco no espeto, buchada e linguiça são alguns dos itens mais pedidos. […] O agricultor Carlos Alberto Farias Duarte, 48 anos, é um deles. Dono de um pequeno rebanho de 20 bodes e 60 ovelhas, durante o ano, ele vende carne e derivados dos caprinos para ser usados no lanche das crianças das escolas municipais. E quando chega o Tejubode, a expectativa é de aumentar em 25% a renda familiar. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Tejuçuoca, Paulo César Uchoa Braga, desde o primeiro Tejubode, em 2001, a economia do município começou a mudar. Naquele ano, o rebanho de ovinos e caprinos em todo o município era de cerca de 5 mil cabeças. Hoje, afirma o secretário, esse número chega a 17 mil cabeças. 

               Na continuação da matéria, o portal comenta a má fama do bode que fazem com que os criadores tenham de, frequentemente, pedir desculpas aos donos de pastos vizinhos, pois os bodes não “respeitam” as cercas que delimitam as propriedades. Na festa, tem até aquela fotografia clássica de criança montada em pônei artificial, mas em Tejuçuoca o pônei dá lugar a um bode confeccionado em fibra. Nas escolas do município, as crianças começam cedo a assimilar a cultura do bode, com livros infantis – como o “Bode Chico e Chico Homem” – e com a participação no cortejo que abre o evento.

               Para encerrar essa Prosa de Domingo, escolhi a música “Ladrão de Bode”, de Rui Morais e Silva, interpretada pelo saudoso mestre Luiz Gonzaga.


               Um grande abraço e que tenhamos uma bela segunda-feira!

Wilmar Machado

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