sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

GALERIA SERTANEJA - AINDA EXISTE UM LUGAR!

Amigas e Amigos!

          Terminando mais um ano... Bom? Muito bom? Excelente? Acredito que sim (e apesar de tudo).

          A Galeria Sertaneja do Canto da Terra traz hoje uma música, gaúcha, que muito traduz o espírito de esperança que costuma nos acompanhar nessa época. E que essa esperança habite nosso coração ao longo do novo ano, ainda que, novamente, tenhamos de assistir, com pesar, nossas lideranças - corrompidas e corrompedoras - passando ilesas por mensalões e outros escândalos - e irritadas com denúncias, tentando desqualificar a imprensa investigativa.

          É hora de prepararmos nossa mudança, pois a mudança do todo começa pela mudança de cada parte. Vamos então, com muito otimismo, esperar um 2011 renovado e renovador. 

          Para cantarmos juntos - ou somente ler e escutar - eis a letra de "Ainda Existe um Lugar", de Ivo Brum e Miguel Marques.

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AINDA EXISTE UM LUGAR
Ivo B. Brum e Miguel Marques

Venha sentir a paz que existe aqui no campo

O ar é puro e a violência não chegou

O céu bem limpo e muito verde pela frente

E uma vertente que não se contaminou



Pela manhã o sol nascente vem sorrindo

E os passarinhos cantam hinos no pomar

O chimarrão tem um sabor de esperança

E a criança traz um futuro no olhar



(De tardecita tem os banhos de riacho

Jogo de truco junto à sombra do galpão

Uma purinha que faz rima com outro mate

E um cão que late contra o guacho no oitão)



O anoitecer nos apresenta mais estrelas

Entre o silêncio que da paz para o luar

De vez em quando um cometa incandescente

Se faz presente prá um pedido repontar



Aqui a verdade ainda reside em cada alma

Se aperta firme quando alguém estende-lhe a mão

Se dá exemplo de amor, fraternidade

Aos na cidade que não sabem pra aonde vão

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          Agora, vamos ouvir a música de hoje em nossa Galeria, na bela interpretação de João Chagas Leite, da coleção Canto e Encanto Nativo.


          Votos de um Feliz Ano-novo e que o melhor lugar seja o coração de cada uma e de cada um!


Wilmar Machado

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - VIDA NOVA NO ANO NOVO!

Amigas e Amigos!

          O Novo Ano está chegando e a Tertúlia Nativa, do programa Canto da Terra, também faz seu balanço do ano que termina e se prepara para um ano ainda melhor do que o ano de 2010. Aparentemente, não existe uma receita definitiva para isso, mas o poeta Carlos Drummond de Andrade arriscou uma receita que vale ser conferida. Mas antes, vamos conhecer um pouco melhor esse poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro que, conforme a página Pensador (http://pensador.uol.com.br/):
nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Excelente funcionário, passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil. [...] Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


          Após esse breve relato sobre o poeta homenageado hoje em nossa Tertúlia, vamos conhecer seu "poema-receita".

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RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

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          Para acompanhar essa bela obra de Drummond, é difícil descobrir uma boa "parceria musical". Após pensar um pouco, olhando para a televisão ligada (aqui no Rio Grande do Sul, onde estou passando as férias), vi a mensagem de fim-de-ano da RBS TV: uma interpretação bonita de Maria Rita para a música VIDA, que há vários anos acompanha os gaúchos no final de cada ano. Espero que gostem.

     
          E a nossa última Tertúlia vai ficando por aqui. Um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado

  

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - VIVA A MÃE DE DEUS!

Amigas e Amigos!

          Nesta última semana de 2010 - lembrando que o próximo dia 1º do Novo Ano é, como sempre dedicado a Nossa Senhora -, estou sugerindo que nossa oração da semana seja dedicada a essa Mãe.

          Sobre a festa do primeiro dia do ano, o Portal das Irmãs Paulinas (http://www.paulinas.org.br/) diz que:
oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe! [...] O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. [...] Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna.


 
          Sendo Maria a Senhora da Paz, pode-se entender melhor o significado do Dia Universal da Paz nesse início de cada ano. Oremos, então, para que Nossa Mãe e Mãe de Deus olhe por nós em todos os dias de 2011.

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ORAÇÃO À RAINHA DA PAZ

Mãe de Deus e nossa Mãe,

Maria, Rainha da Paz!

Viestes até aqui para conduzir-nos a Deus.

Alcançai-nos Dele a graça de podermos não apenas dizer:

“Faça-se em mim segundo a Vossa palavra!”,

mas também poder vivê-la como Vós o fizestes.

Em vossas mãos colocamos as nossas para que,

em meio a todas as dificuldades e misérias,

possais conduzir-nos a Jesus. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém!    

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          Acompanhando nosso Oratório aqui no Canto da Terra, vamos ouvir Elba Ramalho cantando uma música de Domínio Público, cujo título já é uma exaltação a Maria: "Viva a Mãe de Deus e Nossa".


          Vou encerrando nosso último Oratório de 2010. Ano que vem, se Deus quizer, teremo mais.

          Um grande abraço e que a Paz de Cristo permaneça conosco!

Wilmar Machado

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - ENFIM, ÉTICA...

Amigas e Amigos!

          O ano de 2010 está quase acabando e um acontecimento é digno de ser alardeado pelo conteúdo moral  e ético que lhe reveste. Estava lendo o Portal de Notícia da América Latina e Caribe (http://www.adital.com.br/), quando encontrei uma matéria que me chamou muito a atenção. É bom registrar que visitei, hoje, diversos outros portais de notícias e nada encontrei sobre esse fato (mas percebi que não procurei como deveria, pois o mesmo foi noticiado, talvez não de forma retumbante como merece).



          Olhem o que diz o Portal acima referido sobre a atitude de Dom Manuel Edmilson da Cruz, bispo de Limoeiro-CE, ao recusar a Comenda dos Direiros Humanos Dom Helder Câmara, ofertada pelo Senado Federal:
Dom Manuel Edmilson era um dos indicados, no entanto, em forma de protesto, não aceitou a homenagem e ainda assegurou que "a Comenda outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Camara. Desfigura-a, porém". Em seu discurso, o Bispo de Limoeiro do Norte não perdeu a oportunidade de relembrar aos deputados, senadores e demais presentes as situações extremas enfrentadas cotidianamente pelo povo brasileiro. Entre elas, a tentativa de ter acesso à saúde por meio de atendimento nos hospitais públicos. [...] Dom Edmilson também criticou o não pagamento dos precatórios, o pequeno aumento ofertado para os aposentados/as e o valor do salário mínimo brasileiro para mostrar que o aumento de 61,8% aprovado pelos parlamentares em causa própria é abusivo. "Quem assim procedeu não é Parlamentar. É para lamentar", criticou Dom Edmilson. [...] "Em Fortaleza, os motoristas de ônibus buscavam 26% de aumento, mas com um grande esforço só conseguiram 6%. Quem recebe mais de 60% de aumento hoje em dia no Brasil? Com certeza não são os aposentados. O salário mínimo também não aumenta nessa proporção. Seria justo que o aumento dos parlamentares seguisse o reajuste do salário mínimo", defendeu."O povo brasileiro é contribuinte, ele paga imposto. Por isso, um aumento de mais de 60% é uma afronta a este povo trabalhador, e quem aprova um aumento destes está atentando contra os direitos humanos dos brasileiros", completou o Bispo, esclarecendo que sua atitude foi resultado não apenas de suas ações, mas também da de várias outras pessoas justas que lutam pelos direitos humanos.Em Brasília, Dom Edmilson encerrou seu discurso afirmando que se deve retroceder e pedindo que o erro seja desfeito. O Bispo cearense foi aplaudido pelos presentes.
          Achei interessante perceber que ainda existem brasileiros capazes de colocar o Senado Federal no lugar em que, aparentemente, é muito confortável para nossos parlamentares: a exposição pública dos que se dizem representante do povo e provam, a cada momento de suas atividades (não confudam com trabalho, que isso, provavelmente, eles não conhecem) que representam seus próprios interesses (em muitos casos de difícil entendimento pela maioria da população - inclusive por mim).

          Aqueles que já jogam fora uma boa parte de nossos salários, transformados em vorazes impostos, em um gesto (que já comentamos aqui em nosso blog),  multiplicam o que a população desperdiça com seus salários por um coeficiente que permitirá, com certeza, adiquirir muitos barris de óleo de péroba para lustro e conservação das muitas "cara-de-pau".

          E que povo precisa inimigo com esses "representantes". Só ouvinto Pedro Bento & Zé da Estrada, cantando "BARBARIDADE".


          Por aqui, vou deixando a Porteira aberta para esta última semana do ano, esperando um grupo de representantes do povo  - não para o ano que vem pela impossibilidade, mas em um futuro próximo - pautados por ética e moral.

           Um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado
         

sábado, 25 de dezembro de 2010

FOGÃO DE LENHA - A TAL RABANADA...

Amigas e Amigos!

          Festa de Natal sempre deveria lembrar do aniversariante do dia - Jesus Menino - e algumas vezes lembramos das guloseimas, que deveriam ocupar um plano bem mais abaixo. Talvez, desculpável seja a lembrança da rabanada que, quando bem preparada, deixa sempre a expectativa de que haverá uma repetição no próximo ano (mas não esqueça que será servida no dia do nascimento de Jesus também no próximo ano).

          Mas você já pensou de onde veio essa delícia aqui para o Brasil? Como um docê aparentemente tão simples faz tanto sucesso no período natalino?

          Pois veio das terras de além-mar, como pode se constatar na Enciclopédia Livre (http://www.widipedia.com.br/), ao declarar que rabanada é:
uma fatia de pão de trigo (pão-de-forma ou baguete) que, depois de molhada em leite, vinho (no Minho usa-se Vinho Verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, é passada por ovos e frita. As rabanadas fazem parte de muitas mesas da consoada em Portugal, e em várias ceias do Brasil também. Servem-se polvilhadas com açúcar e canela ou regadas com calda de açúcar ou mel. Outrora, a palavra rabanada era apenas utilizada para norte do rio Mondego e à mesma sobremesa atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida.
         Na definição acima, surge uma palavra que pode nos causar alguma estranheza – caso não estejamos familiarizados com as festas portuguesas – mas que, ao tomarmos conhecimento do seu sentido, descobrimos o quanto essa influência de Portugal se faz presente em nosso tempo de Natal. Segundo a mesma Enciclopédia Livre, a Consoada é uma celebração portuguesa que acontece:
no dia 24 de Dezembro de cada ano, o dia de véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. [...] Na tradição católica os crentes participavam, ao final da noite, na Missa do Galo. [...] A refeição da Consoada consiste, sobretudo, no bacalhau cozido, e termina com os doces, que são diferentes de região para região do país. Algumas destas sobremesas são a aletria, as rabanadas (no Norte do País), as filhoses, as filhó, o arroz doce (no Sul do País) [..] Em Portugal, depois da Consoada, é tradição fazer a distribuição dos presentes de Natal.
         Para o Fogão de Lenha de hoje, sugiro preparar uma rabanada muito especial. Confira a receita logo abaixo.
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Rabanadas

Ingredientes:

• 8 pães franceses amanhecidos;

• 1 litro de leite;

• 1 lata de leite condensado;

• 8 ovos;

• 4 colheres (sopa) de maisena;

• 4 pitadas de sal;

• Manteiga light e óleo de soja;

• Canela;

• 5 colheres (sopa) de açúcar.



Modo de preparar:

1. Corte os pães em fatias de aproximadamente um centímetro.


2. Junte o leite ao leite condensado e mergulhe o pão nessa mistura para amolecer.

3. Bata as claras em ponto de neve, adicione as gemas e continue batendo até obter uma mistura homogênea.

4. Acrescente a maisena e o sal e bata até ficar cremosa.

5. Envolva as fatias de pão nesse creme e, numa frigideira com um pouco de manteiga e óleo, frite-as, virando para dourar dos dois lados.

6. Junte canela ao açúcar até ganhar cor de chocolate e passe nele as rabanadas.

7. Após, empilhe numa vasilha as rabanadas em forma de pirâmide (para ficar bonito) e decore com algumas frutas secas ou castanhas (a gosto) por cima das rodelas das rabanadas.

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           Para saborear as rabanadas, vamos ouvir Sérgio Reis cantando "Então é Natal".


          Um Santo e Abençoado Natal para todos! Que a Paz de Cristo permaneça conosco!

Wilmar Machado

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

GALERIA SERTANEJA - PELO MENOS OS ANJOS...

Amigas e Amigos!

        O Natal está cada dia mais próximo. O que é muito natural. O que não é nenhum pouco natural é a angústia vivida pelos que ainda não viajaram e esperam passa o Natal com familiares ou amigos distantes. Se por um lado a greve dos aeroviários e aero-sei-lá-o-quê foi adiada, por outro lado a confusão nos aeroportos tem sido muito grande.
 
        Essa confusão dos aeroportos foi, e é, muito grande para as pessoas que estão tentando embarcar nos aeroportos desse nosso Brasil. É claro que para a ANAC, uma agência que não diz a que veio ("cabide de emprego???") tudo está dentro do previsto (previsto por quem???) e a expectativa é amanhã (alguém sabe quando é o amanhã que nunca chega) estar tudo normalizado (o que é normal para eles - ou elas?). Depois, só teremos problemas quando a greve dos aéreos-aeros for deflagrada.

        Pelos menos os Anjos continuam voando, como sempre voaram em missões especiais, como Gabriel há mais de 2000 anos ao anunciar a vinda do Salvador. E a nossa Galeria de hoje traz uma música conhecida por "Anjo Gabriel", intgerpretada pela dupla Caçula & Marinheiro, tio e pai do maestro Caçulinha, que conhecemos de diversos programas de televisão.



        Logo abaixo, está a letra da música para os que ainda não a conhecem.

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ANJO GABRIEL
(Caçula & Marinheiro)


Quatro mil e quatro da era mosaica

Na terra judaica que Deus escolheu

O lar de Maria e seu companheiro,

José Carpinteiro, velho plebeu.

Enquanto em coro, os anjos cantavam,

As glórias louvavam ao Filho de Deus,

No mês de Dezembro, ao clarear do dia,

No lar de Maria, um Anjo desceu.

Dia de Natal, a mando do céu,

O Anjo Gabriel contente anuncia

Que vinha ao mundo, Jesus querido,

Deus tinha escolhido aquela moradia.

O casal feliz de joelhos no chão,

Com dedicação do Anjo dizia

Foi Deus quem mandou eu vir lhes dizer,

Jesus vai nascer nesta estrebaria.

E a meia-noite, um galo cantou,

No céu apontou um grande clarão,

Os sinos tocando ao mundo anuncia

A estrela da guia na imensidão.

Para noticiar aos santos pastores

Que o Criador da geração

Que lá em Belém já tinha nascido

O Eterno querido Jesus da Salvação.
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          Com a letra publicada, podemos ouvir, e cantar juntos, a música de nossa Galeria Sertaneja de hoje. Caçula & Marinheiro neste blog do programa Canto da Terra.

 
         Um grande abraço e até a nossa próxima Galeria Sertaneja.
 
Wilmar Machado

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - O NATAL EM UM GALPÃO

Amigas e Amigos!

          A semana do Natal faz com que se acredite que o mundo vai mudar a partir de agora. E o Ano que vem, nessa mesma época, estaremos com esse mesmo pensamento porque acreditamos que a mudança deva ser feita pelos outros: pelos governantes, pelos legisladores, pelos magistrados, pelos...

          A pergunta a ser respondida é sobre quem são essas pessoas a quem atribuímos a possibilidade de transformar nosso mundo, às vezes, tão sofrido. Se conseguirmos fechar o escopo a ser trabalhado para essa resposta, se tivermos uma noção exata (ou muito próxima) do contexto que devemos utilizar, possivelmente percebermos que a resposta está no espelho colocado à nossa frente. Só nós mesmos podemos iniciar essa mudança e agora pode ser o melhor momento para esse início.

          Por isso, nossa Tertúlia de hoje traz um poema que muito representa a mensagem do Natal. É do payador Jayme Caetano Braun, saudoso poeta da Bossoroca-RS (acredito que a época de seu nascimento ainda era São Luiz Gonzaga-RS), a poesia "Natal Galponeiro", que tive oportunidade de declamar na Rádio Aliança FM, de Porto Alegre-RS, quando seu autor ainda vivia, e de homenageá-lo, algum tempo depois, declamando no programa Canto da Terra, em Brasília-DF.



          Espero que vocês apreciem tanto quanto eu - e se emocionem também como eu me emociono a cada vez tenho oportunidade de ler ou recitar essa poesia.

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NATAL GALPONEIRO
                                                              Jayme Caetano Braun

A cuia do chimarrão,

É o cálice do ritual,

E o galpão é a Catedral

Maior da terra pampeana,

Que de luzes se engalana,

Para esperar o NATAL.



A cuia aquece na palma

Da mão da indiada campeira,

Dentro da sua maneira,

Rezando e chairando a alma,

Para recuperar a calma,

Que fugiu do mundo inteiro.

Enquanto o estrelão viajeiro,

Já vem rasgando caminho,

para anunciar o "Piazinho",

A Virgem e o Carpinteiro.



Em nome do Pai,

Do Filho e do Espírito Santo,

É o chimarrão que levanto,

E o vento faz estribilho,

A prece do andarilho,

Ao Piazito Salvador,

Filho de Nosso Senhor,

Do Espírito e do Pai,

De volta a terra aonde vai,

Falar de novo em amor!



Tem sido assim - dois mil anos,

Ninguém sabe - mais ou menos,

Vem conviver com os pequenos,

De todos os meridianos,

E repetir aos humanos,

As preces de bem querer.

Quem sabe até - pode ser,

Que um dia seja atendido,

E o mundo velho perdido,

Encontre paz para viver.



Ele sabe da apertura,

Em que vive o pobrerio,

A fome - a miséria - o frio,

Porque passa a criatura,

Mas que - inda restam - ternura,

Amizade e esperança,

É que pode, a cada andança,

Mesmo nos ranchos sem pão,

Aliviar o coração,

Num sorriso de criança!



Pra mim - que ouvi na missões,

Causos de campo e rodeio,

Do "Negro do Pastoreio",

Cruzando pelos rincões,

Das lendas de assombrações,

E cobras queimando luz.

Foste - Menino Jesus,

O meu sinuelo de fé,

Juntando ao índio Sepé,

O Nazareno da Cruz!



E a Santa Virgem Maria,

Madrinha dos que não tem,

Fez parte - sempre - também,

Da minha filosofia,

Eu que fiz de Sacristia,

Os ranchos de chão batido,

E que hoje - encanecido,

Sou sempre o mesmo guri,

A bendizer por aí,

O pago que fui parido!



E o Nazareno que vem,

Das bandas de Nazaré,

Chasque divino da fé,

Rastreando a luz de Belém,

Ele que vai morrer também,

Pra cumprir as profecias.

É Natal - nasce o MESSIAS,

Salve o Menino Jesus!

Mas o que fogem da luz,

O matam todos os dias.



Presentes - "Papais Noéis",

Um ano esperando um dia,

Quando a grande maioria,

Sofre destinos cruéis.

O amor pesado a "mil-réis",

E mortos vivos que andam,

Instituições que desandam,

Porque esqueceram JESUS,

O que precisa, é mais luz,

No coração dos que mandam!



Que os anjos digam amém,

Para completar a prece,

Do gaúcho que conhece,

As manhas que o tigre tem.

Não jogo nenhum vintém,

Mesmo sendo carpeteiro,

Mas rezo um Te-Déum campeiro,

Nessa Catedral selvagem,

Pra que faça Boa Viagem,

O enteado do Carpinteiro!
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          Quem conhece a obra do Jayme sabe da qualidade de tudo que esse grande representante da poesia gaúcha produziu. Mas, na minha opinião de admirador dessa obra, deseja boa viagem para "o enteado do Carpinteiro" é o ponto máximo. É aquele trecho que todo o escritor lê - ou ouve - e reflete silenciosamente: "Como não pensei nisso antes?".

          Para fazer par com a poesia de hoje, escolhi a música do saudoso compositor e cantor nativista Leonado (Jader Moreci Teixeira), que tem por título "O Homem do Pala Branco", na interpretação do próprio Leonardo.


          Na esperança de que o clima de Natal nos acompanhe ao longo do próximo Ano, e em todos os dias de nossa vida, deixo um grande abraço para vocês e até nossa próxima Tertúlia!

Wilmar Machado

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - POEMA DE NATAL

Amigas e Amigo!

          Na semana do Natal que estamos experimentando, nada melhor que orarmos com a lembrança dessa data tão marcante para todos nós que acreditamos em Cristo. É tempo de perdoarmos as ofensas que porventura tenham nos incomodado no decorrer de 2010 e tempo, também, de renovarmos nossas vidas. É o momento de acolhermos o menino que está prestes a nascer e, com nosso coração livre, aproveitemo-nos desse evento para nascermos novamente para uma vida nova.

          Encontrei, recentemente, uma poesia do autor italiano David Maria Turoldo (1916-1992), que era teólogo, poeta e padre dos Servitas de Maria, que tem por título "Poema de Natal". E é esse poema que trago-lhes, hoje, como sugestão para nossa Oração desta semana.

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POEMA DE NATAL

Vem de noite,

Sabes bem que em nosso coração sempre é de noite;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem no silêncio,

Pois já não sabemos sequer o que dizer;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem na solidão,

Pois cada vez estamos mais sós;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem, Filho da paz;

Pois não sabemos o que é a paz;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem consolar-nos,

Pois cada vez estamos mais tristes;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Estamos longe, desencaminhados,

Não sabemos o que somos nem o que queremos;

Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

 
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          Para que nossa Oração em forma de Poema fique ainda mais bonita, vamos escutar (enquanto recitamos o Poema de Natal) a música "Natal Gaúcho", de Eduardo Monteiro Marques e Wilson Paim, na interpretação de Wilson Paim.


          Meus votos de um Santo e Abençoado Natal. Que a Paz de Cristo permaneça conosco!

          Um grande abraço e até o próximo Oratório,

Wilmar Machado

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - NATAL

Amigas e Amigos!

          Estamos na semana do Natal. Por curiosidade, hoje, percorri um bom número de portais de notícias e jornais, na Internet, buscando alguma lembrança dessa data. Li, em número não muito significativo, alguma referência a Papai Noel (nem sempre positivas) e, em maior número, muitos convites ao exercício comercial propiciado pela época.

          Até que - grata surpresa - encontrei no Jornal do Brasil (http://www.jb.com.br/), do Rio de Janeiro-RJ, um artigo da professora e téologa Maria Clara Bingemer, publicado hoje, com o título "Serão chamados filhos de Deus". Abaixo, transcrevo alguns trechos desse artigo, por acreditar que mereçam nossa atenção:
Natal não é ponto de partida, mas de chegada.  O povo que esperava o Salvador teve seu desejo atendido! Recebeu o que esperava. [...] Avesso ao caos, à desordem, à balbúrdia, o ser humano anseia pela paz. Seu mais profundo desejo é que finalmente essa paz venha e se instale em seu coração, em sua cidade, em suas relações, em seu país. Desejo adiado, adiado, e às vezes tão pisoteado. Parece que a má notícia da paz e da desordem teima em ocupar espaço, fazer barulho, bloquear a boa-nova de que a paz é possível. E que se encontra entre nós alguém capaz de fazê-la acontecer. E, no entanto, em meio a essa situação de desavença, ousamos celebrar o Natal. E assim proclamamos que nossa espera foi plenificada. Recebemos o que tanto desejávamos e esperávamos. “ Nasceu-nos um menino – disse o profeta Isaías ao rei que tinha ao lado a esposa grávida... e ele se chamará... Príncipe da Paz”. [...] No Natal celebramos o nascimento do Príncipe da Paz.  Ele é o único que pode nos dar aquilo que mais desejamos e esperamos.  Mas nós somos responsáveis pela construção e consolidação dessa paz por ele dada, tão cara e fundamental para a vida.

          A responsabilidade pela construção e consolidação da paz, conforme citado no texto, não está entre as tarefas mais simples. Talvez pela dificuldade de exercermos essa responsabilidade, nos entregamos mais facilmente a um Papai Noel, vestido para baixas temperaturas enquanto passamos por momentos de temperaturas elevadíssimas em todo país. E esse "velhinho camarada" nos propõe atividades bem mais simples do que construir e consolidar a Paz. Ele nos convida a comprarmos e trocarmos presentes na noite de Natal, esquecendo que nasce, mais uma vez com poucos "pastores" próximos, o Principe da Paz.

         Não vejo como ruim a troca de presentes. Presentear alegra quem recebe e, na maioria das vezes, alegra muito quem oferece o presente. A troca de presentes sem qualquer sentido é que não consigo considerar razoável. Então, que se troque presentes, mas não nos esqueçamos de homenagear o Senhor de nossas vidas, o Príncipe da Paz que não pede muito para nascer novamente: quer apenas encontrar corações abertos para acolhê-Lo.

          Vamos ouvir a canção "Dádiva de Lã", de Luiz Carlos Borges (que no sábado se apresentou lá em Pelotas-RS, onde eu estava, e não tive tempo para assistir esse show), interpretada pelo próprio Borges, acompanhado por Renato Borghetti.


          Por aqui, deixo a porteira do Canto da Terra aberta e um grande abraço para todos!
 
Wilmar Machado

sábado, 18 de dezembro de 2010

FOGÃO DE LENHA - MACARRÃO NA PRESSÃO

Amigas e Amigos,

      Hoje vou deixar uma receita para aqueles que pouco se atrevem a se aproximar do fogão (ou para quem não está com tempo para "perder"). É uma receita que vale a pena experimentar.

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MACARRÃO NA PRESSÃO

Ingredientes

½ kg de macarrão (Penne ou Parafuso)
1 lata de creme de leite

1 lata de molho de tomate
2 tabletes de caldo de galinha

1 l de aguá

300 g de queijo mussarela em cubos
300 g de presunto em cubos

Modo de Preparar
Coloque na panela de pressão o macarrão, o creme de leite (com soro), o molho de tomate, os caldos de galinha e a aguá.
Misture os ingredientes ligeiramente, tampe a panela de pressão e coloque no fogo.
Quando a panela apitar, deixe por mais uns 7 minutos.
Coloqe no fundo de uma assadeira, metade da mussarela e do presunto.
Quando macarrão estiver pronto na panela de pressão, derrame sobre o queijo e o presunto na assadeira. Cubra com o restantes da mussarela e presunto.
É só servir e comer.
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          Para combinar com esse macarão "cheio de preguiça", convido vocês para ouvirmos Tião Carreiro & Pardinho, cantando a divertida história do "O Mineiro e o Italiano", de Nelson Gomes e Teddy Vieira.


         Depois de experimentar a receita de hoje, deixe seu comentário aí embaixo. De repente, até alguma sugestão para aprimorar a nossa receita.

         Um grande abraço e até o próximo Fogão de Lenha, aqui no Canto da Terra!

Wilmar Machado


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TERTÚLIA NATIVA - SOBRETUDO...

Amigas e Amigos,

          No página de notícias do portal UOL (http://www.uol.com.br/), uma notícia para preocupar a todos que estão pensando em viajar nas próximas férias. A previsão é de tempo não muito bom sobre os aeroportos conforme pode-se observar na matéria que diz:
Em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (15) no Rio de Janeiro, representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e lideranças dos sindicatos dos aeroviários e aeronautas não chegaram a um acordo sobre o percentual de reajuste salarial que será dado aos trabalhadores. Por conta disso, as duas categorias entrarão em greve a partir do dia 23 de dezembro, antevéspera do Natal. [...] Se realmente ocorrer, será a primeira vez que aeronautas (que trabalham em voo) e aeroviários (trabalhadores em solo) paralisam conjuntamente, em nível nacional.
          Enquanto lia essa notícia, lembrei-me de outra publicada no mesmo portal no dia 22 de novembro, passado, que dizia:
A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Amaral, afirmou na manhã desta segunda-feira (22) que o setor estará comprometido a melhorar o atendimento aos passageiros durante a alta temporada – de 1º de dezembro a 31 de janeiro – para evitar problemas no serviço. Entre as medidas adotadas estão a proibição de as empresas aéreas praticarem o overbooking e o corte das férias dos funcionários da agência na segunda quinzena de dezembro. [...] Em seu comunicado, a Anac acrescentou também que nos principais aeroportos brasileiros estarão disponíveis aos passageiros cartilhas informativas.
          Parece que as "cartilhas informativas" citadas acima serão de grande utilidade, pois todos terão na leitura uma forma de passar o tempo até aparecer algum voo que permita começar as férias.

          E aí lembrei de um "causo" do Luiz Odilom Pereira Rodrigues, que pode ser encontrado em seu livro "Entrevero de Causos", publicado pela Martins Livreiro, em 1984 (4ª edição). Esse causo eu apresentei no dia 31 de maio de 1997, no programa "Chimarreando com Deus", da minha amiga Zélia Caetano Braun, na Rádio Aliança FM, de Porto Alegre-RS. Naquele tempo, os funcionários eram bem mais "dedicados".

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          Seu Alcides Souza, funcionário aposentado da RFFSA, é figura das mais estimadas no Alegrete.
          Assíduo freqüentador do clube Cassino, é atleta com lugar cativo no carteado mais baratinho, o currupa.
          Querendo sair do jogo, por azar ou por algum outro compromisso, usa sempre o seguinte monólogo:
           - Vai timbora, Souza; vai dar milho para os teus pintos, Souza.
          Certo dia, Alcides ainda estava na ativa, o Nero Oliveira foi a estação férrea levar um amigo que ia para Quaraí. Eram 4 horas da tarde de um dia terrível de quente em pleno fevereiro. Lá encontra seu Souza completamente uniformizado e com um sobretudo de lã por cima.
          Surpreso, Nero indaga:
          - Mas Alcides, tu não estás com calor?
          - Mas bah! - responde ele - Estou pegando fogo, mas os homens (início do governo Jânio Quadros) estão dando um duro danado. Olha só esta ordem de serviço que recebi.
          Dito isso, passou um papel para Nero, que o leu: "Os funcionários da RFFSA devem usar uniforme completo, sobretudo no horário de trem de passageiros"...

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          Para animar ainda mais a nossa Tertúlia de hoje, vamos ouvir Pena Branca e Renato Teixeira, cantando de Xavantinho, a divertida "Suite do Trem". No primeiro vagão, vem o "Trem das Gerais"; no segundo vagão, se encontra a "Maria Louca", e no terceiro vagão, viaja o "Zé Granfino". É só clicar na "estação" abaixo e iniciar a viagem.


          Aproveite o espaço para comentários e deixe suas observações sobre a publicação de hoje.
 
          Um grande abraço e até nossa próxima Tertúlia Nativa, aqui nesse blog do Programa Canto da Terra!

Wilmar Machado

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ORATÓRIO CAMPEIRO - JOÃO DA CRUZ. OUTROS DE QUEM?

Amigas e Amigos!

          Hoje, dia 14 de dezembro, é dia de São João da Cruz. Na página das Irmãs Carmelitas Descalças (http://www.carmelosantateresa.com/), encontra-se que:
Fez-se carmelita em Medina Del Campo, no ano de 1563. Instrumento provincial nas mãos de Teresa de Jesus, ajudou-a em sua obra desde a primeira fundação dos frades contemplativos, em Duruelo, em 28 de Novembro de 1568.  [...] Célebre são suas obras: “Subida no Monte Carmelo”, “Noite escura”, “Cântico Espiritual”, "Chama Viva de Amor”. Pio XI conferiu-lhe o título de Doutor da Igreja Universal em 24 de agosto de 1926.


          Sobre São João da Cruz, diz o portal das Irmãs Paulinas (http://www.paulinas.org.br/):
Conta-se que ele pedia, insistentemente, três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos seres humanos. Para ele, fazia parte de sua religiosidade mística enfrentar os sofrimentos da Paixão de Jesus, pois lhe proporcionava êxtases e visões. [...] Pouco antes de sua morte, João da Cruz teve graves dissabores por causa das incompreensões e calúnias. Foi exonerado de todos os cargos da comunidade, passando os últimos meses na solidão e no abandono. Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade.
          E nesse dia desse Santo com uma vida plena em desprendimento e entrega a Deus, fico sabendo que, em Brasília, um grupo com menos desprendimento mas com aparente entrega da alma (a não sei quem), mesmo sem dinheiro para educação, segurança e saúde (nem para aposentados e pensionistas), cuida muito bem de  seus salários. Na página do Congresso em Foco, do UOL (http://congressoemfoco.uol.com.br/) é destacado que:
A história se repete. Nos últimos lances do ano legislativo, parlamentares preparam um reajuste que pode elevar de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil os seus próprios salários. Um reajuste de, nada mais nada menos, 62,5%, a incidir já no primeiro contracheque de janeiro de 2011. Hoje (terça, 14), uma reunião prevista para as 20h, na Primeira Vice-Presidência da Câmara, servirá para dar início à formulação de um texto final que, com obrigação regimental e constitucional de ser levado ao Senado antes de ir ao plenário, pode equiparar os vencimentos dos congressistas aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (R$ 26.723, teto remuneratório do funcionalismo público). [...] A intenção de reajuste em discussão na Câmara também vai levar à alteração de subsídios do presidente da República (134%), que hoje é de R$ 11,4 mil, e dos ministros de Estado (130%), que recebem R$ 10,7 mil mensalmente. Ou seja, a proposta em gestação na Câmara pode fazer com que a presidente eleita Dilma Rousseff receba mais do que o dobro do que o que foi registrado, nos últimos oito anos, no contracheque do presidente Lula.
          Depois disso, só implorando "São João da Cruz, rogai por nós!" porque parece que nossos "representantes públicos" só estão representando muito bem suas futuras polpudas contas bancárias. Rezemos, então, para o Santo de hoje.

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ORAÇÃO A SÃO JOÃO DA CRUZ

Nós vos agradecemos, ó Deus
Porque suscitastes na Vossa Igreja e no carmelo
São João da Cruz, sacerdote santo
Que caminhou sua vida ensinando
O caminho da oração.
Ele, que aqui na terra
Experimentou o sofrimento, a pobreza,
As incompreensões, e nunca desanimou.
Olhe as nossas necessidades
E obtenha a graça que lhe pedimos........
Confiantes na intercessão de
São João da Cruz
E na Vossa Infinita Misericórdia e Amor de Pai,
Concedei-nos, percorrer  o caminho da santidade.
E que sejamos atendidos nos nossos pedidos.
Amém!
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          A música escolhida para hoje, na esperança de uma reflexão daqueles que mais precisam, é da dupla Pedro Bento & Zé da Estrada, "Sete Palavras". Não fiquem calados, deixem suas observações em "comentários" logo abaixo.


 
          Um grande abraço e que a Paz de Cristo permaneça conosco!

Wilmar Machado

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ABRINDO A PORTEIRA - PRESIDÊNCIA NO ALTO, EDUCAÇÃO LÁ EMBAIXO

Amigas e Amigos!

          Hoje, estou Abrindo a Porteira para a colunista e diretora da sucursal do Rio de Janeiro da revista Época, Ruth de Aquino, que, em uma crônica sobre a utilização da expressão latina “sine qua non” pelo presidente Lula, escreveu (conforme disponível na página www.epoca.com.br):
Mesmo com um avanço no segundo mandato de Lula, não há como festejar o resultado brasileiro na última avaliação de estudantes de 15 anos em 65 países. São seis os níveis de conhecimento da pesquisa conhecida como Pisa, na sigla em inglês (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Em matemática, 69,1% dos alunos brasileiros não passaram do nível 1, o pior de todos. Em leitura, quase metade (49,6%) dos brasileiros também ficou no nível 1. O estudo é feito a cada três anos e envolve países da OCDE (desenvolvidos) e convidados. O Brasil ficou em 53º lugar, atrás de Bulgária, Romênia, Tailândia, México, Chile, Uruguai e Turquia, entre outros. [...] Na média, a nota do Brasil em leitura melhorou entre 2000 e 2009. Mas as porcentagens escondem uma crueldade: na prática, segundo o relatório oficial, quem melhorou foram os alunos ricos, que já eram bem avaliados dez anos atrás. Os outros continuam com muita dificuldade para ler, entender, discernir. Existe em nosso país uma inversão assustadora de valores. Quando o palhaço Tiririca recebeu a maior votação de um deputado federal, mesmo sem saber ler e escrever direito (ou talvez por causa disso), políticos demagogos se apressaram em apresentar projetos para permitir a candidatura de analfabetos no Brasil. Como se fosse preconceito impedir alguém que não sabe ler de ocupar uma cadeira no Congresso. É claro que cultura não rima necessariamente com honestidade, sabedoria e inteligência. Há os cultos que são ladrões e mal-educados. E os incultos que são honestos e educados. Mas o fato de um ex-torneiro mecânico ser o presidente mais popular da história do Brasil não pode tornar a falta de instrução uma qualidade. [...] Para Lula, hoje, “humilhação” é o avião presidencial precisar fazer escala em suas viagens internacionais. Deve ser constrangedor, não? Por isso, cinco anos depois de comprar um Airbus por US$ 57 milhões, o governo negocia a compra de outro Airbus por US$ 300 milhões. Nossos alunos de matemática podem tentar fazer uma conta simples: a diferença entre o Aerolula e o Aerodilma daria para construir quantas escolas e para alfabetizar quantos brasileiros em um ano?
          Você pode encontrar a crônica completa no endereço de Internet divulgado, mas penso que somente com os fragmentos que separei possamos ter uma idéia do quanto a educação é relegada a planos bem inferiores (houve tempo que seria suficiente dizer que estava em um segundo plano) pelos setores responsáveis em nosso país.

          A imagem de um presidente com pouca instrução, apresentada com verdadeiro ufanismo em determinadas “rodas culturais”, pouco contribui para melhorar a situação desalentadora dos nossos estudantes. Para um país que se orgulha de estar entre os oito primeiros “sei-que-lá” ou entre os dez maiores “também-não-me-interessa” ou, ainda, entre os cinco mais bem “qualquer-coisa”, ocupar o 53º lugar no Programa Internacional de Avaliação de Alunos deveria ser muito (mas muito mesmo) vergonhoso.

          Em vez de demonstrar qualquer preocupação com isso, o que se vê é o Ministro da Educação (mesmo com todos os “desastres administrativos” no Enem) em campanha para sua recondução ao cargo pela presidente eleita. Vê-se, também, que há uma grande preocupação com o avião presidencial que necessita de escalas em viagens internacionais. É como se notícias, pesquisas e constatações sobre as deficiências educacionais brasileiras fosse apenas notícias, pesquisas e constatações – que devem ser lidas e esquecidas. As grandes preocupações estão muito além dessas “picuinhas”, inventadas para distrair eleitor em "entressafra" de eleições.

          Para não "azedar" esse início de semana, vamos ouvir juntos o grupo Os Mirins, cantando "Tempos de Guri", de Leonir.




          E por aqui, com a Porteira do Canto da Terra aberta, deixo um grande abraço e até a próxima!

Wilmar Machado

          

domingo, 12 de dezembro de 2010

PROSA DE DOMINGO - CORRUPÇÃO E COMPRAS.

Amigas e Amigos!

        Neste primeiro domingo sem programa ao vivo (o Canto da Terra será gravado até o final de Janeiro/2011), dediquei-me a leitura de jornais. No caderno Cidades do Correio Braziliense, encontrei duas matérias que quero repartir com vocês.

        A primeira delas é sobre uma corrida de rua que aconteceu em Brasília-DF e diz:
A 1ª Corrida contra a Corrupção foi realizada hoje (12/12), em Brasília, com o objetivo de destacar a importância de fiscalizar e exigir transparência na aplicação do dinheiro público. Segundo os organizadores do evento, cerca de 2 mil pessoas participaram. A iniciativa é a primeira ação do projeto Venceremos a Corrupção, que conta com o apoio de organizações não governamentais.

        A segunda reportagem é sobre compras natalinas e essa avaliação trouxe o seguinte quadro:
O domingo (12/12) deve terminar com mais de 1 milhão de consumidores fazendo compras em shoppings ou nas ruas do Distrito Federal. A previsão é do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), que registrou o grande volume de clientes a partir de sexta-feira (10/12). O penúltimo fim de semana anterior ao Natal deste ano revelou um número maior de pessoas indo às compras do que no ano passado, quando foram somados cerca de 850 mil consumidores.

        Não quero fazer qualquer insinuação, por desconhecer qualquer estudo aprofundado sobre o assunto, mas fiquei com uma dúvida sobre os comportamentos apresentados. Enquanto se realizava uma corrida contra a corrupção - que toma conta dos diversos níveis das nossa estruturas executivas, legislativas e judiciárias -, nós vamos às compras para esquecer um pouco de tudo isso que tanto nos incomodou nos últimos tempos.

        Será? Será que nos acomodamos? Será que estamos sendo vencidos? Lembrei-me, então, de Rolando Boldrin declamando "Sinto vergonha de mim", onde ele cita Ruy Barbosa ao final desse poema de Cleide Canton. Confira abaixo.



       E vou ficando por aqui. Como sempre, convido você, leitor, a deixar sua opinião logo abaixo no espaço para comentários. Até a nossa próxima Prosa. Um grande abraço! 

Wilmar Machado