sexta-feira, 15 de julho de 2011

FOGÃO DE LENHA - QUENTÃO DE VINHO, BAH!


Não poríamos a mão no fogo pelas nossas opiniões: não temos assim tanta certeza delas.
Mas talvez nos deixemos queimar para podermos ter e mudar as nossas opiniões.
(Friedrich W. Nietzsche)

Amigas e Amigos,

               Sexta-feira e mais uma semana chegando ao fim. Mas no início do dia, hoje, os portais de Notícia abordaram a queima da namorada com água quente realizada pelo acusado da morte do jornalista Tim Lopes (Pelotas-RS, 1950 – Rio de Janeiro-RJ, 2002).

               O que chamou minha atenção foi a maneira que os portais grafaram o nome do infrator. No portal portal G1 (http://g1.globo.com):
Um dos responsáveis pela morte do jornalista Tim Lopes, Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, que está preso, jogou água fervendo em sua companheira durante uma visita íntima no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (15) pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

               O portal Terra (http://noticias.terra.com.br), manteve o apelido e trouxe outro nome:
O traficante de drogas Renato Souza Lopes, conhecido como Ratinho, um dos condenados pela morte do jornalista Tim Lopes, foi acusado pela polícia de ter queimado com água fervente sua namorada durante a visita íntima, na tarde de quinta-feira, no complexo penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro. A mulher foi socorrida de ambulância ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste e, após ser medicada, apresentou queixa contra o companheiro.

               Já o portal UOL (http://noticias.uol.com.br), apresentou um novo apelido:
Cláudio Orlando do Nascimento, o Rato, que está detido no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, feriu sua namorada durante visita íntima na tarde de ontem. Ele cumpre pena após ter sido condenado por participação no assassinato do jornalista Tim Lopes. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), Rato jogou água fervente em sua companheira, Fernanda Marins de Carvalho, durante a visita íntima. Ela sofreu queimaduras pelo corpo e imediatamente foi encaminhada para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo.

               Sei que esse é apenas mais um caso de utilização de muitos nomes para a aplicação de golpes contra a sociedade. E o Ratinho usava até mais nomes, conforme notícias do tempo em que foi preso.  Mas o bandido deve ter um nome que o identifica e acredito que os registros policiais devem ter esse registro. Ou será que se pode utilizar pseudônimo para responder por crimes?

               Agora, além – e muito além – dessas confusões com os nomes, como um presidiário tem acesso a água fervente para provocar as queimaduras durante uma visita íntima. Acredito que esse não seria o melhor momento para um banho de assento. Ainda que esse presídio estivesse no Rio Grande do Sul – e não no Rio de Janeiro –, penso que aproveitar uma visita íntima para tomar um chimarrão com a parceira seria, no mínimo, muito estranho.



               A receita de hoje (não tem nada a ver com o calor sentido pela coitada que foi visitar o Ratinho e tomou um “banho” de água fervendo) é motivada pelo tempo frio que vem fazendo em boa parte do país. É a receita de uma bebida muito apreciada no Sul do país, principalmente quando as temperaturas andam rondando a marca de 0ºC: o Quentão de Vinho.

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QUENTÃO DE VINHO

Ingredientes:

1, 5 l. de água

2,5 xíc. (chá) de açúcar

1 xic. (café) de cravos-da-índia

xic. (café) de canela em casca

3 l. de vinho tinto seco

3 gemas

1 limão, em rodelas

Gengibre (opcional)


Modo de preparar:

Leve uma panela ao fogo com a água,  2 xícaras de açúcar, o cravo e a canela.

Pode ser acrescentado um pouco de gengibre (em pedaços ou ralado).

Deixe ferver por aproximadamente 20 minutos.

Acrescente o vinho à mistura que está fervendo.

Deixe levantar nova fervura.

Bata as gemas e acrescente o restante do açúcar, aos poucos, batendo sempre.

Junte as gemas batidas ao quentão ainda no fogo e mexa bem.

Acrescente as rodelas de limão e deixe ferver mais um pouco.

Retire as rodelas de limão para não amargar.

Sirva o quentão, bem quente, em canecas de louça (é uma sugestão).

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               A música para acompanhar o quentão neste Fogão de Lenha é “Noite de São João”, de Kledir Ramil e Pery Souza, com a dupla Kleiton & Kledir.


               Lembrando que a rima “quentão” e “direção” é muito pobre, deixo um grande abraço!

Wilmar Machado 

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